DA REDAÇÃO: Com previsão de chuvas nos EUA, mercado da soja passa por movimento negativo

Publicado em 18/09/2013 10:52 e atualizado em 18/09/2013 18:52
Soja: para analista, mercado aposta em uma recuperação das lavouras nos EUA com as chuvas do últimos dias e mais as que estão previstas para o longo da semana e por isso recua nesta quarta-feira (18). No entanto, baixas devem ser pontuais e, passada a pressão sazonal da colheita, preços devem se focar da demanda aquecida, na oferta ajustada e voltar a subir.

Nesta quarta-feira (18), a soja encerrou o pregão eletrônico da Bolsa de Chicago com leves baixas, enquanto o milho fechou em terreno misto.

No mercado da soja está ocorrendo um movimento negativo mesmo após a divulgação na última semana de um novo relatório do USDA indicando uma redução de produção e produtividade.

De acordo com Mário Mariano, analista da Novo Rumo Corretora, as chuvas durante o último final de semana nos EUA e a previsão de mais chuvas esta semana trazem a possibilidade de recuperação nas perdas de rendimento da safra norte-americana: “Agora, aparentemente, onde a soja foi plantada irá haver um pouco mais de tempo para reabilitar a produtividade, portanto a produção pode ser um pouco maior e é nisso que o mercado aposta com as baixas desta semana”.

Ainda esta semana, alguns números divulgados aumentaram a área de plantio para soja e milho nos EUA em relação à estimativa de agosto, mas as áreas abandonadas também aumentaram. Isso foi um fator positivo para os preços, que subiram momentaneamente, entretanto o clima se sobrepôs no mercado, com a possibilidade de recuperação da produção.

No entanto, Mariano afirma que a demanda deve influenciar positivamente as cotações após a passagem da pressão sazonal da colheita: “A demanda existe e irá participar quando os preços estiverem menores. Enquanto isso, a perspectiva de início de plantio no Brasil já traz o conforto de mostrar um aumento na produção da América do Sul, que pode recompor os estoques que os EUA perderão com um menor rendimento da sua safra”.

No Brasil, o produtor já passou pelo momento de boa composição com receitas altistas para o aumento da sua renda e agora o cenário já não é mais assim, porém o produtor vendeu e aproveitou a alta dos preços para fazer vendas. Nesse momento, segundo Mariano, o agricultor deve estar mais focado em fazer o plantio do que em fazer novas vendas porque os números caíram bastante e esse não é o momento ideal para se fazer novas vendas, uma vez que ainda podem correr problemas climáticos na safra da América do Sul.

Milho: A colheita do grão já foi iniciada nos EUA, o que estimula ainda mais a pressão nos preços. No entanto, Mariano diz que a colheita este ano está atrasada e até o último domingo (15), apenas 4% das lavouras tinham sido colhidas, enquanto nos últimos 5 anos a média para essa época era de 10%: “Esse atraso deve continuar devido às chuvas ao longo desta semana, impedindo a entrada mais rápida da safra no mercado e, portanto, os preços do milho devem ficar estáveis, mas ainda assim é um mercado em que a previsão de alta pode estar limitada porque, na próxima semana, a colheita pode se desenvolver com mais rapidez”.

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Por:
Carla Mendes e Paula Rocha
Fonte:
Notícias Agrícolas

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