DA REDAÇÃO: Com clima favorável a colheita nos EUA, soja recua na Bolsa de Chicago

Publicado em 26/09/2013 10:52 e atualizado em 26/09/2013 12:58
Soja: Mercado volta a recuar nesta quinta-feira (26) em Chicago, com foco dos negócios novamente na evolução da colheita dos Estados Unidos. Porém, passada a pressão temporária, preços deverão voltar a encontrar suporte na demanda mundial aquecida e na oferta que, em mais um ano, deverá ser bastante ajustada.

Nesta quinta-feira (26), a soja voltou a recuar na Bolsa de Chicago, fechando com leves baixas após algumas sessões consecutivas de alta.

O mercado está um pouco pressionado em função da situação climática dos EUA, em que os mapas para o Centro-Oeste norte-americano mostram uma diminuição das chuvas e, nos próximos dias, isso deve aumentar o ritmo da colheita que está atrasada devido à demora do encerramento do plantio e, recentemente, por algumas chuvas que deixaram os trabalhos mais lentos. Com isso, há uma pressão sazonal nos preços frente à entrada de produto novo no mercado.

De acordo com Steve Cachia, analista da Cerealpar, a pressão sazonal da colheita é evidente e o importante é que o mercado não cedeu tanto e tão rápido quanto poderia, conseguindo se segurar acima dos US$ 13,00/bushel, o que dá um pouco de calma para o preço ceder e ficar longe daqueles níveis que o mercado falava semanas atrás.

“Mesmo com uma pequena quebra da safra dos EUA, a produção é grande e é normal que ocorra essa pressão nos preços. Porém, o mercado deve absorver isso até quando 50% da colheita estiver em andamento e, posteriormente, volta a focar na situação de oferta e demanda para 2013/14, que terá um quadro historicamente apertado, com isso a soja será a líder em uma tentativa de alta nas commodities agrícolas em Chicago”, afirma Cachia.

Além disso, o mercado também já começa a trabalhar com o início do plantio na América do Sul. Na próxima semana as chuvas devem voltar ao Centro-Oeste do Brasil e deixar o início de plantio adequado, o que aponta perspectivas de uma safra recorde na América do Sul, com o Brasil produzindo em torno de 90 milhões de toneladas. Esse cenário também tem um efeito negativo, com a entrada da safra norte-americana e o início do plantio na América do Sul, o que contribui para a pressão nos preços.

Milho: A colheita do grão já está mais avançada do que a de soja e, além da pressão sazonal, o mercado também segue em tendência de baixa devido a grandes produções de milho no mundo.  

Cachia diz que o caso do milho é diferente porque a situação é de uma recuperação nos estoques, principalmente dos EUA, mas o Brasil também tem uma grande oferta e, com isso, o mercado deve continuar pressionado: “Qualquer situação de alta que ocorra será mais em função da soja do que pela situação do milho. No entanto, não se sabe até quando o produtor norte-americano estará disposto a vender milho abaixo de US$ 4,00/bushel e ele pode querer esperar por preços melhores, podendo criar uma falsa escassez no mercado, o que pode abrir uma janela para as exportações brasileiras”.

Trigo: O cereal tem uma boa perspectiva em médio e longo prazo devido a uma demanda aquecida. Segundo Cachia, o mercado de trigo é uma grata surpresa para quem é altista porque a nível internacional o mercado estava com medo da grande oferta da Europa, mas, por outro lado, a demanda surpreendeu com a China, que não é um player tradicional, fazendo grandes compras, e o Brasil, que em função da falta de produto na América do Sul, também acabou comprando grandes volumes de trigo nos EUA, o que ajudou os preços em Chicago.

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Por:
Carla Mendes e Paula Rocha
Fonte:
Notícias Agrícolas

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