DA REDAÇÃO: Estiagem provoca baixa produção da cana-de-açúcar e canavieros terão mais perdas
A estiagem que afetou a região Centro-Sul do país no início do ano prejudicou a produção da cana-de-açúcar. A situação é preocupante, com os níveis dos rios da região muito baixos. A seca vem causando muitas perdas no setor sucroenergético, na citricultura e na cafeicultura.
Em fase de moagem, os sucroenergéticos sofrem com perdas na área canavieira, com a produção de menos toneladas por hectares. Os maus resultados também acompanham o processo industrial, com reflexos negativos para o etanol e para o açúcar. “A cana não se desenvolveu bem e isso afetará a produtividade para quilos de açúcar e toneladas para litros de etanol”, falou João Oswaldo Baggio, presidente da G7 Commodities. O analista de mercado ainda mostrou preocupação com o ATR, que, se for aumentado, gerará um rendimento menor para as usinas e uma remuneração menor para o produtor de cana.
Em Pirassununga-SP, a usina Dedini tem sérios problemas com a captação de água do rio Mogi-Guaçu, que está com pouco volume. “Ela está correndo um sério risco de não trabalhar esse ano, pois a água é fundamental para se trabalhar”, disse Baggio.
O ATR da cana tem reduzido e está em 145 kg por tonelada, praticamente igual ao mesmo período do ano passado, com leve tendência de queda. “Se voltar a chover em setembro e outubro, a ATR talvez diminua um pouco e fique 2,5% abaixo do ATR do ano passado, que foi na média de 142”, analisou. A tonelada do produto na esteira está em R$ 53,40, R$ 55,40 (PR) e R$ 55 (SP), preços praticamente estáveis em relação ao mesmo período do ano passado.