DA REDAÇÃO: É preciso ter cautela com investimentos da China, diz analista

Publicado em 17/07/2014 14:16 e atualizado em 17/07/2014 16:31
Economia: Reunião da Brics trouxe lideres de países emergentes ao Brasil e China demonstrou interesse em investir no país. É preciso ter cautela para aceitar os investimentos, para que não prejudique a soberania brasileira.

Nesta semana aconteceu a VI cúpula da BRICS (grupo constituído por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em que pretendem criar um banco para atender os países do grupo. O analista financeiro, Miguel Daoud, conta que a decisão é extremamente comum, mas que causa estranheza a vontade de unir o banco da BRICS com o da Unasul. 

Com a possível união, a presidente Dilma quer resolver a questão da situação econômica da Argentina, em que a presidente Cristina Kirchner chegou a criticou a decisão judicial sobre o pagamento da dívida internacional a credores americanos.  Para Daoud, a crítica não faz sentido, já que o país realizou a negociação e portanto sabia que o pagamento deveria ser efetuado. 

Com a visita dos líderes de países do grupo, o presidente da China, Xi Jinping, demonstrou interesse em investir nas ferrovias brasileiras, para facilitar o escoamento de grãos para a Ásia. O analista explica que é preciso entender a intenção da ajuda chinesa e não ser tão otimistas, já que se trata de um país que não abre dos produtos. Ele compara a situação com que acontece na África, pois se empresas chineses forem responsáveis pelas obras, a China poderá trazer trabalhadores de seu país para gerenciar o processo e podem ferir a soberania brasileira.

O analista também fala sobre a preocupação do presidente da Rússia, Vladimir Putin, em participar do grupo por estar enfraquecido politicamente, visto que a Europa e Estados Unidos aumentaram as retaliações contra a Rússia. 

Já para a situação do Brasil, Daoud não concorda com a decisão do Copon (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, em manter as taxas de juros em 11%. A inflação permanece subindo e com as taxas fixadas o crescimento do país deverá ser menor. 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Por:
João Batista Olivi // Sandy Quintans
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

9 comentários

  • Liones Severo Porto Alegre - RS

    Caro ARLINDO ALBRECHT | CAMPO ALEGRE DE GOIÁS – GO, os projetos já conveniados para investimentos na infraestrutura brasileira, privilegiando o setor agropecuário são suficientes para a tonar nosso país o maior produtor agrícola mundial e, naturalmente com imensurável melhoria para a vida de nosso povo. Então você saberá ao que me referi. abraços

    0
  • ARLINDO ALBRECHT Campo Alegre de Goiás - GO

    Muito bem então não precisa cautela com os investimentos chineses "sigam nossas façanhas"08/05/2014

    0
  • ARLINDO ALBRECHT Campo Alegre de Goiás - GO

    No primeiro semestre deste ano,vários analistas de mercado foram linchados e acusados de estarem a serviço das tradings neste Fala Produtor,por recomendarem cautela na venda da soja, pois os preços poderiam cair.Os cautelosos estavam certos!Agora quando um analista recomenda cautela nos negócios com os chineses o Sr. Liones se envergonha!!

    0
  • Liones Severo Porto Alegre - RS

    Prezado Telmo, realmente me referi a criação do Banco de Desenvolvimento dos BRIC´s. Nos anos 70/80, no período da guerra fria, o Brasil estabeleceu um sistema de convenio de créditos recíprocos (dólar clearing) com alguns países da cortina de ferro da época, o que possibilitou as exportações de soja e, principalmente de farelo de soja brasileiro, altamente demandado por aqueles países da época, que não precisava troca da moeda dólar que continuou sendo referencial, porém sem o fluxo de transito de pagamento de ambos os lados que permitia pagar um bônus sobre a taxa cambial da época. O Banco dos BRIC´s, certamente irá proporcionar essas mesmas vantagens que são extremamente facilitadora para as exportações da origem brasileira (industrias, produtores, cooperativas e cerealistas). Não muda em nada o modelo atual de negociação dos produtos. Na época criou-se uma câmara de negociação de estoques de dólar clearing para países que queriam participar dos negócios entre os países conveniados, adquirindo o direito de se beneficiar daquele sistema de liquidação de pagamentos que era serão os mais garantidos. E um grande estímulo ao comércio entre esses países e não exige mudanças na gestão econômica dos países envolvidos. Negociei muito nesse sistema no passado. abraços

    0
  • Telmo Heinen Formosa - GO

    Prezado Liones, V. citou textualmente "Todos verão que tudo irá melhorar a partir da criação dos BRIC´s. Era o contraponto que precisávamos para o nosso crescimento e sair das amarras daqueles que tentam impedir o avanço da agricultura brasileira" Estimo que queria ter dito "criação do Banco próprio dos BRIC's" é isto? [O Grupo em si já existe há alguns anos] Se querem se livrar dos EUA mas ao mesmo tempo usar o dólar? Teria que ser o EURO ou a Libra Esterlina, não? Todo dólar interbancário que circula no mundo deixa seu rastro para americano analisar. A China e seu Capitalismo de Estado ainda não estão ao alcance intelectual dos demais membros do Grupo principalmente o Brasil com seu PT que teima em instalar um Capitalismo Partidário em nosso país. O tal no "Venha a nós o Vosso reino" - Por outro lado, um dos ultimos que tentou transformar todas as suas reserva em EUROS foi o Saddam Hussein e todos sabemos o que os americanos fizeram com ele...

    0
  • Liones Severo Porto Alegre - RS

    A fábrica de automóvel não se instalou na Bahia porque após todas as tratativas, a lei brasileira mudou de 30pct para 50pct de componentes nacionais, inviabilizando o negócio. É forte o lobby das montadoras e aqui se pode questionar a questão da hegemonia...

    0
  • Liones Severo Porto Alegre - RS

    Se não confiamos num país que compra a bons preços 80pct da soja brasileira exportada e é o maior parceiro comercial do Brasil, então não quem este analista sugere para ser nosso parceiro. Esse comentário me envergonha tanto quanto aos 7x1 que levamos da Alemanha.

    0
  • Liones Severo Porto Alegre - RS

    Este é um momento único para o Brasil e principalmente para o agronegócio brasileiro. Todos verão que tudo irá melhorar a partir da criação dos BRIC´s. Era o contraponto que precisávamos para o nosso crescimento e sair das amarras daqueles que tentam impedir o avanço da agricultura brasileira.

    0
  • victor angelo p ferreira victorvapf nepomuceno - MG

    Fico admirado com o oportunismo da Presidenta da Argentina,,,Depois de encostar no Putin pra fotografia ainda sugeriu participar do novo Banco criado e mesmo entrar para o BRICS,,,O Putin recusou delicadamente a oferta dizendo que não estava nos planos da organização um aumento de participantes e sim um fortalecimento dos cinco participantes... Momento impróprio esta solicitação, visto que, aquele pais está as voltas com pagamentos e taxado de inadimplente pela comunidade internacional...Aliás o Mercosul não decolou até hoje por imposições espertas de los hermanos argentinos...

    0