DA REDAÇÃO: Leilões de Pepro para o milho deverá ser liberado nas próximas semanas
Está cada vez mais próximo a realização de leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) para o milho, visto que os preços comercializados estão abaixo dos preços mínimos em diversas regiões do país. O secretário de politicas agrícolas, Seneri Paludo, afirmou que a portaria para a realização do Pepro já foi assinada pelos Ministérios da Agricultura e da Fazenda, e aguarda apenas a assinatura da ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Além da realização do Pepro, Seneri explica que a intenção é de que também haja Aquisição do Governo Federal (AGF) para algumas regiões do país. Ainda não é possível saber para quais localidades serão destinadas as aquisições, mas já está nos planos do Ministério da Agricultura.
Parte da demora na organização dos leilões de Pepro deste ano se deve a queda rápida dos preços do milho, tanto no mercado externo, quanto no interno. Já em relação ao Pepro referente ao ano passado, o atraso se deve a desorganização dos processos e na falta de funcionários na Conab de Mato Grosso. Segundo Seneri, o problema já está sendo resolvido com a transferência de mais funcionários para unidade e a contratação de uma empresa para agilizar os processos.
Seneri comenta que a Conab possui capacidade mensal de pagamentos de R$ 50 milhões. Com o aumento desta capacidade para R$ 80 milhões ou R$ 100 milhões, os R$ 200 milhões que ainda faltan ser pagos deverão resolver a questão em curto prazo. O secretário enfatiza que não há falta de verbas para realizar as transações e que se trata apenas de problemas operacionais da unidade.
Sobre a reclamação da Federação do Paraná, relacionados a verba destinada à subvenção de seguro rural, Seneri explica que trata-se de uma questão orçamentária. No Plano Agrícola divulgado para este ano, foram destinados R$ 700 milhões para a subvenção de seguro rural, mas o Ministério da Agricultura possui apenas R$ 400 milhões. Deste valor, R$ 260 milhões já foram gastos de janeiro a junho deste ano, e os próximos R$ 140 milhões deverão ser gastos até setembro. Com isso, o secretário aguarda a liberação de um orçamento extra do Ministério do Planejamento para os restantes R$ 300 milhões propostos no plano.