DA REDAÇÃO: Suinocultor deve ter cautela com demanda russa
A Bolsa de Suínos de São Paulo registrou uma negociação nesta quinta-feira (7) a R$80/@ (R$4,27/kg). De acordo com Valdomiro Ferreira Junior, presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), as próximas negociações devem ser motivadas pelo mercado internacional, considerando o embargo russo que favorece as exportações brasileiras. "A moeda que prevalece na carne suína é o dólar", aponta.
Valdomiro lembra que, em julho de 2009, o preço internacional da arroba de suínos bateu o recorde a US$41/@, o que, no câmbio atual, significaria R$95/@. A expectativa, portanto, é de um mercado com tendência de alta para os próximos meses.
Os produtores também irão ter de atender uma maior demanda aumentando o peso dos animais na granja. "Irá se criar um buraco entre o mercado interno e externo que é onde os preços devem se elevar um pouco mais", explica.
No entanto, o presidente aconselha os suinocultores a não se "iludirem" com a oportunidade russa. A mudança não será tão grande - trará uma melhora de 3% a 5% para as exportações - e, com o mercado russo instável, as novidades podem não ser permanentes.
"Temos que focar sempre o mercado interno", pondera, destacando que as eleições e a inflação irão trazer novos movimentos. "Não podemos só olhar o preço interno pensando no mercado internacional senão vamos atrapalhar o preço para o consumidor final. O mercado interno é o ideal para a suinocultura brasileira".