DA REDAÇÃO: Safra 2014/15 – No PI, agricultores já adquiriram os pacotes e custos de produção estão mais altos
No estado do Piauí, os produtores rurais já adquiriram os pacotes para a próxima safra 2014/15 e sentiram no bolso o aumento nos custos de produção. Frente aos problemas em relação ao ataque de pragas nas últimas safras, especialmente, Helicoverpa, falsa medideira e mosca branca, os agricultores aumentaram as compras de defensivos químicos.
“Na safra anterior, tivemos que aumentar a dosagem para combater as pragas. A quebra da resistência do milho Bt também impacta fortemente a aquisição de inseticidas, que antes não tínhamos mais essa programação e preocupação”, destaca o diretor executivo da Aprosoja Piauí, Altair Fianco.
Já a área destinada ao cultivo da soja deverá apresentar um incremento e passará de 627 mil hectares para 680 a 700 mil hectares na safra 2014/15. No caso do milho, a área deverá permanecer em 100 mil hectares.
Em relação às vendas antecipadas, o diretor executivo a entidade destaca que os produtores rurais estão mais cautelosos em função da recente queda nos preços no mercado internacional. “O agricultor está em compasso de espera e aguarda o desenrolar da safra dos EUA que tem expectativa de safra cheia. Com o aumento no custo de produção e recuo no preço internacional, já começamos a ver com preocupação a lucratividade da próxima safra”, destaca Fianco.
Com isso, o diretor executivo sinaliza que, nesse momento, o mercado disponível está mais atrativo ao produtor rural. Na localidade, a saca é cotada entre R$ 56,00 a R$ 58,00. “Ainda nesses valores, os produtores conseguem fechar as contas”, diz.
Safrinha de milho
Os produtores já finalizaram a colheita da safrinha de milho no estado e a produtividade das lavouras ficou próxima de 4.800 mil quilos por hectare. Já os preços do cereal, recuaram de R$ 29,00 para R$ 23,00, mesmo estando em uma importante região produtora, o Nordeste.
“Mas o anúncio dos leilões de Pepro acabam impactando os nossos preços. Consequentemente, os compradores vão se abastecer em outros estados. Ainda assim, os produtores têm feito negócios pontuais”, finaliza Fianco.