Frango não acompanha alta das proteínas animais, mas ainda assim rentabiliza produtor.
Ao contrário das demais proteínas, a carne de frango não tem acompanhado o intenso ritmo de valorização dos últimos meses, alavancados pela demanda russa. Com o embargo da Rússia aos Estados Unidos, União Europeia, Canadá e Austrália, a procura do país por proteína tem se voltado para o Brasil e beneficiado os números de exportações. Segundo o presidente da Associação Paulista de Avicultores (APA), Érico Pozzer, em setembro os embarques chegaram a 360 mil toneladas e deve se aproximar dos 370 mil toneladas, com um ritmo mensal de 30 mil toneladas.
Para Pozzer, a reação mais lenta da carne de frango se deve a uma demanda que já é alta no Brasil, principalmente em São Paulo, em que o consumo per capita chega a 60 kg por ano. E com o bom ritmo de exportação, a oferta tem que se mantido equilibrada, o que não traz espaço para novas altas. Érico também alerta que o momento é de manter a produção ajustada ao consumo e trazer investimentos em qualidade.
Apesar do momento de estabilidade, a margem de lucro dos produtores está muito favorável, devido a queda do valor dos insumos, principalmente do milho, e das últimas altas registradas no início do mês. Apesar do milho ter volta de a apresentar recuperação, com a margem de lucro maior, tanto ao produtor quanto ao varejo, ainda se torna um negócio interessante.
Pozzer explica que com a aproximação do fim do ano, quando o consumidor está melhor capitalizado, o consumo deve aumentar e trazer uma alta de até 10% aos preços praticados atualmente. “O poder de troca é muito favorável e com um pouco mais de renda em dezembro e novembro o consumo deve aumentar sim", afirma o presidente.
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