Em Nova Mutum (MT), caminhoneiros liberam rodovias e aguardam resultado da reunião com representantes do Governo

Publicado em 03/03/2015 12:36
Em Nova Mutum (MT), caminhoneiros liberam rodovias e aguardam resultado da reunião com representantes do Governo, que acontece nesta 3ª feira. Em muitas propriedades, falta óleo diesel para a continuidade da colheita da soja. No milho, plantio já está atrasado devido à falta de insumos e fertilizantes. Ritmo dos negócios também caiu em função da paralisação.

À espera do resultado da reunião com os representantes do Governo, os caminhoneiros desbloquearam a BR-163 no estado de Mato Grosso nesta terça-feira (3). Apesar da manhã mais tranquila, os manifestantes não descartam a possibilidade de retornar à rodovia caso não haja uma solução com as autoridades.

Na região de Nova Mutum (MT), todos os setores têm sentido o reflexo da paralisação do setor. Inclusive, o presidente do Sindicato Rural do município, Luiz Carlos Gonçalves, destaca que, o cenário pode afetar a arrecadação das cidades. “Estamos muito preocupados e as lideranças sindicais, assim como, as entidades do setor, têm se reunido para evitar que essa conta recaia aos produtores”, sinaliza.

Em muitas propriedades, os produtores foram obrigados a interromper os trabalhos com a colheita da soja devido à falta de óleo diesel. “E tivemos dois dias de clima bom e nos próximos dias deveremos ter chuvas, situação que também preocupa. No caso do milho, também faltou insumos e fertilizantes para fazer o plantio da safrinha”, ressalta Gonçalves.

A semeadura da safrinha já deveria estar finalizada na região, entretanto, com o atraso no plantio da safra de verão, boa parte da produção será cultivada fora da janela ideal. “Se o produtor perder entre 4 a 5 dias de plantio, poderá comprometer a produção, já podemos considerar um atraso na semeadura. Muitos produtores estão tentando negociar e devolver parte das sementes adquiridas”, explica o presidente.

Paralelamente, com esse cenário da greve dos caminhoneiros, o ritmo de negócios também caiu na localidade. Com o receio de não entregar o produto a tempo nos portos, as traders reduziram os negócios. “E as traders já sinalizaram que talvez não terão condições de pagar os agricultores dentro do prazo estabelecido nos contratos em função dessa situação”, diz Gonçalves. 

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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