EXCLUSIVO: Grupo JBS vai arrendar cinco unidades de abate de gado em MT
Publicado em 07/07/2009 13:19
e atualizado em 07/07/2009 15:05
A notícia do arrendamento de 5 unidades de abate em Mato Grosso, pelo grupo JBS, anima pecuaristas. Mas Acrimat avisa que, antes, o grupo terá que negociar as dívidas deixadas pelo Quatro Marcos.
Cinco unidades de abate e desossa de gado que estava desativadas em Mato Grosso serão arrendadas pelo grupo JBS. As plantas vinham sendo operadas pelo frigorífico Quatro Marcos, que está em recuperação judicial. Luciano Vacari, superintendente da Acrimat, informa que a notícia é boa para os pecuaristas do estado, mas afirma que o JBS terá que fazer uma proposta de pagamento das dívidas deixadas pelo Quatro Marcos. “Estávamos esperando esse anúncio há mais de 40 dias... O JBS é um o maior grupo frigorífico do mundo e acho que virá solucionar a questão dos abates nessa região”.
Vacari afirma que a recuperação judicial de frigoríficos como Quatro Marcos, Independência e Arantes prejudicaram muito os pecuaristas da região. “A gente vê como a viabilização de lugares para abater nossos gados, que até agora nós não tínhamos”.
Dívidas
Representantes da Acrimat participaram de reunião em Joara, com dirigentes do JBF, onde a questão dos débitos com os fornecedores do Quatro Marcos foi levantada. “Na ocasião eles disseram que ainda não tinham um posicionamento sobre isso, que ficaria a cargo da parte financeira, mas a gente sabe que o JBS é uma empresa séria e que trabalha diferente. Nós temos a absoluta convicção de que eles farão uma proposta de pagamento para os pecuaristas credores do Quatro Marcos”.
O superintendente diz ainda que os abates só poderão ser retomados quando essas questões forem esclarecidas. “Ninguém vai entrar onde não têm frigoríficos, e onde existem débitos de frigoríficos anteriores e começar a abater como se nada tivesse acontecido. O respeito com o pecuarista tem que vir em primeiro lugar... Até a retomada dos abates isso tem que ficar bem esclarecido”.
Concentração de plantas
Vacari explica que a concentração de plantas é uma questão que deve ser cuidada. “Nós vamos ter três unidades do JBS em um raio de 200 km. Isso vai requerer das entidades um trabalho de atenção para monitorar o procedimento na compra de animais... Nós não vamos permitir manipulação de preços e abuso do poder econômico deles, que terão uma concentração de unidades em região de um rebanho muito grande e específico”.
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Fonte:
Redação
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