DA REDAÇÃO: Oferta menor e anúncio de reabertura Russa elevam preços do suíno
No Paraná, o suíno esteve cotado a R$2,60 na sexta-feira (15 de Julho) e a tendência é que até o final desta semana feche entre R$2,80 e R$2,90. A elevação do preço ocorre junto do anúncio de que a Rússia vai reabrir o mercado de importação para o Brasil e também junto à falta de suíno no mercado.
Passados os dias de crise da suinocultura, o presidente da associação paranaense de suinocultores, Carlos Francisco Geesdorf, analisa que “houve mais boato do que qualquer outra coisa”. Segundo ele, com o rumor de que iria sobrar carne no mercado devido ao embargo da Rússia e aos preços dos insumos altos, principalmente do milho e da soja, o produtor se apavorou e vendeu os animais a qualquer valor.
A preocupação agora é com as conseqüências negativas da formação da BRFoods para os produtores independentes, que, no estado paranaense, se concentram nas regiões Centro Sul e Norte. Esses criadores precisam de mecanismos fortes para protegê-los. Geesdorf cita um deles, o projeto de lei de regulamentação das integrações, que está no congresso nacional, além de algumas outras medidas como “uma cláusula contratual que garanta o preço de custo, mais um percentual”, sugere.
De um modo geral, Geesdorf vê a fusão entre Sadia e Perdigão de forma negativa, tanto para produtores como para consumidores finais. Para ele, nas fusões que criaram mega empresas, como foi o caso da AMBEV, quem sempre pagou o preço é o consumidor. Os criadores individuais serão igualmente prejudicados, uma vez que “em torno de 50% da produção de integrados vai ficar nas mãos deles (BRFoods) ”, afirma.