DA REDAÇÃO: Para diretor da Chinatex, macroeconomia não tem influência expressiva sobre o mercado da soja

Publicado em 17/10/2011 13:15 e atualizado em 17/10/2011 17:31
Soja: turbulência na economia de países da Europa não tira compradores asiáticos do mercado. A China detém atualmente 66% de compras do Brasil. Países se organizam e fecham acordos comerciais para fortalecer uma importante parceria no futuro.
Liones Severo, diretor de umas das maiores empresas estatais compradoras de Soja da China, a Chinatex, afirma que o peso da macroeconomia sobre o mercado é pequeno, pois a mesma “não tem essência suficiente para participar de uma política comercial de qualquer país ou de qualquer produto, principalmente a soja”, diz.

Assim, os problemas financeiros da Europa trazem “situações esporádicas de movimento financeiro e afeta as moedas”, contudo não têm consistência para prevalecer por muito tempo. Na realidade, as políticas comerciais de definição de compras e vendas do mercado de grãos são baseadas na microeconomia.

Na análise de Venilson Ferreira da Agência Estado, a China estaria tirando o peso da Europa na compra da soja brasileira e os obstáculos que o europeu têm colocado à oleaginosa funcionaria como uma “moratória”. Os dados revelam que, há 10 anos, o mercado europeu respondia por 60% da soja comprada no Brasil. Hoje, o continente é responsável por somente 19%, enquanto a China adquire 66% do total. A Europa se tornou auto-suficiente em grãos e tem se restringido à compra somente de farelo de soja brasileiro, cerca de 70%, produto que não vale tanto quanto o óleo bruto, cujo preço é 2,5 vezes superior.

Com seu conhecimento sobre a China, Severo diz que o país deve permanecer sempre no mercado. Neste ano, até o mês de outubro, o país comprou 52,3 milhões de toneladas da soja, número abaixo do esperado. Porém, houve aumento no consumo de carnes por lá. A explicação para isso está na compra de uma série de oleaginosas diferentes, como por exemplo, a Canola do Canadá.

De qualquer forma, é muito importante que haja um bom relacionamento entre brasileiros e chineses, pois, segundo o jornal Financial Times, esses países devem ser os grandes parceiros do futuro, apesar da distância geográfica e cultural entre eles.

Com relação a preços da soja, o mercado deve buscar o valor intermediário do padrão que é 13,50, já que o padrão fica entre US$12,50 e 14,50. “É normal acontecer nessa época”. Como os americanos colheram quase 70% da safra, eles devem negociam fortemente no mercado até a colheita de 50%. Depois disso, retiram-se do mercado, pois, se deixarem para vender o restante da soja no próximo ano, eles não terão de pagar imposto de renda este ano.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Por:
João Batista Olivi e Fernanda Cruz
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário