DA REDAÇÃO: Preços da mandioca reagem diante da falta de raiz de segundo ciclo para a indústria
Segundo o pesquisador do Cepea, Fábio Isaías Felipe, o clima desfavorável para colheita, com picos entre tempo chuvoso ou muito seco, bem como a retração dos produtores de algumas regiões, que aguardam preços maiores, são fatores que refletem diretamente a alta dos preços atualmente. "O baixo teor de amido nas raízes fez diminuir ainda mais o interesse de colheita por parte dos produtores que seguem sem entregar o produto para a indústria", completa.
Na última sexta-feira, o fechamento da média Cepea foi de R$ 248,68 por tonelada, uma alta 2,3% em relação a semana anterior. Segundo o analista, os preços remuneram o produtor e cobrem todos os custos de produção.
Para novembro, espera-se um acréscimo na oferta já que muitos produtores tendem a vender parte de sua produção a fim de fazer caixa para o final do ano. No entanto, a demanda por parte da indústria, que segue crescente principalmente no setor de fécula, deve neutralizar uma possível retração nos preços.
De acordo com o analista, informações preliminares e não oficiais apontam para uma diminuição na área plantada com mandioca na safra 2011/12, porém ainda não foi possível quantificar o decréscimo. Para ele, o desestímulo para o investimento na cultura se dá, principalmente, em função dos elevados custos de produção, do aumento dos gastos com mão de obra e do crescimento do interesse por outras culturas mais rentáveis.