Com colheita do feijão em andamento, produtores devem investir na cultura da soja na safrinha em Ponta Grossa (PR)

Publicado em 22/12/2017 09:57
Confira a entrevista com Gustavo Ribas Netto - Presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa - PR
Preços e liquidez de mercado influenciam decisão dos agricultores. Adapar ampliou plantio da oleaginosa no estado até 14 de janeiro de 2018. Produtores negociaram a saca de feijão entre R$ 70,00 a R$ 80,00, já a soja está próxima de R$ 70,00 a R$ 73,00 a saca. Colheita da soja deve ser finalizada até o dia 15 de maio no Paraná.

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Após a divulgação da portaria nº 345,  pela a Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), que amplia o plantio da soja, no estado do Paraná, até 14 de janeiro de 2018. Na região de Ponta Grossa/PR, os agricultores já pensam em trocar a cultura do feijão pela a soja na safrinha.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural do município, Gustavo Ribas Netto, faltam politicas agrícolas que defendem o cultivos de feijão pois os produtores que plantam milho é por uma questão agronômica.”Como o negocio anda muito ruim pela a politica de preços mínimos governamentais, o Brasil vai se tornando cada vez mais um produtor de soja. Com isso, os produtores vão trocar o feijão pela a soja”, explica Netto.

Na região, o plantio da soja da safra de verão já foi concluído, sendo que no inicio da temporada ocorreu um atraso na semeadura devido a falta de chuvas, mas com o auxílio dos maquinários os produtores conseguiram avançar nas lavouras com mais eficiência. Além disso, a colheita da soja deve ser finalizada até o dia 15 de maio no estado. 

“Com os dados que o produtor tem, com os estoques antigos e com as perspectivas não tão boa para a melhora de preços. O produtor, certamente, vai se encaminhar para a soja, pois no milho e no feijão as comercializações estão lentas”, ressalta o presidente.

Feijão

Neste instante, os produtores rurais estão preocupados com as condições climáticas, que indicam volumes de chuvas mais expressivos para os próximos dias. Contudo, em agosto algumas áreas que foram plantados feijão que já foram finalizadas a colheita e comercializadas, em que a saca estava cotada entre R$ 70,00 a R$ 80,00.

“Já para as lavouras que fizeram a semeadura em outubro, a colheita está prevista para o começo de janeiro. A atual safra foi 40% menor, se comparado  os anos anteriores. Com isso, os preços estão girando em torno de R$ 70,00 a R% 75,00 a saca, que não remunera o produtor”, comenta.

Para a soja, as comercializações estão por volta de R$ 70,00 a R$ 73,00 por saca. Já os produtores que estão ligados as cooperativas os valores da saca giram  em torno de R$ 68,00 a R$ 69,00. “Neste ano, nós vamos ter uma perda na produtividade e eu acredito que os produtores não vão ter muito lucros, pois vamos entrar em um ciclo de baixa”, finaliza o presidente. 

Confira na íntegra da entrevista de Inácio Kroetz: 

>> Safra 2017/18: Portaria da Adapar estende calendário de plantio da soja no Paraná

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Por:
Fernanda Custódio e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Elton Szweryda Santos Paulinia - SP

    Nunca plantei feijão, e talvez nunca o faça. Porém vejo os produtores de feijão meus vizinhos investirem tudo o que possuem, e até o que não possuem, na produção de feijão, desesperados, à beira de um infarto..., mas por que plantam? Sera que não existe nenhuma possibilidade de prever tal situação? Acho que deveriam ter mais cautela.

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