Suíno no RS esboça reação mas ainda está abaixo do custo de produção. Expectativa é de melhora da demanda e recuo nos custos
Após um período de pressão, as cotações do suíno vivo no mercado independente do Rio Grande do Sul esboçaram leve reação no início desta semana. A bolsa de suínos do estado divulgou o preço médio em R$ 2,96/kg posto indústria, indicando valorização de R$ 0,03 em relação à referência anterior.
Porém, os suinocultores ainda trabalham com resultados ajustados. De acordo com o presidente da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), Valdecir Folador, atualmente os produtores gastam de R$ 3,80 a R$ 3,85 por quilo de animal produzido.
Mesmo com a recente queda nos preços do milho [sendo cotado a R$ 41,00 a saca], Folador lembra que os suínos comercializados agora, são frutos de alimentações onde o cereal chegou a custar R$ 60,00 a saca no estado. Assim, "o alívio do custo só terá reflexo nos animais que serão abatidos no final do ano/início de 2017."
No entanto, o setor tem perspectiva positiva para os próximos meses. A aproximação com as festividades de final de ano, pagamento de décimo terceiro e a tendência de permanência nos bons volumes exportados ao longo de todo o ano, poderá trazer alivio a cadeia.
"Temos a perspectiva de que no segundo quadrimestre do ano teremos recuperação dos preços", acrescenta Folador. Para ele, é preciso "ocorrer uma subida nos preços, para que os produtores comecem a recuperar pelo menos ficando acima dos custos de produção."
Em termos de oferta, mesmo com o crescimento em torno de 6% a 8% na produção gaúcha deste ano, o presidente afirma que a disponibilidade de animais está ajustada a demanda, principalmente em função do bom desempenho das exportações.
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