Frangos: Nº de alojamentos nas granjas já vem em queda e abaixo de 6/ano a maioria quebra; indústria tem que ajudar os pequenos

Publicado em 20/04/2018 10:35
Fernando Cézar Ribeiro - Associação Brasileira dos Avicultores Integrados
Do pintinho ao fim do vazio (após o ciclo de 42/44 dias de apronto da ave), até novo lote ser alojado, já está em torno de 75 dias, nos integrados nas grandes agroindústrias, aumentando o espaçamento. Deverá piorar e dificilmente outros exportadores conseguem absorver a produção das 20 plantas embargadas pela UE. Mercado interno vai ficar mais ofertado e preços mais deprimidos.

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Granjeiros sofrerão com embargo europeu com Fernando Cézar Ribeiro - Associação Brasileira dos Avicultores Integrados

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Mesmo com a União Europeia proibindo de exportar a carne de frango de 20 frigoríficos brasileiros, os números de alojamentos nas granjas já vem em queda e abaixo dos seis por ano. Contudo, as indústrias precisam ajudar os pequenos produtores.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Avicultores Integrados, Fernando Cézar Ribeiro, a maioria das unidades foram surpreendidas com o anúncio de ontem (19). “Com isso, aqueles produtos que não são exportados, vão para o mercado interno. Por isso, as empresas vão diminuir os alojamentos para não ter mais impactos na economia”, afirma.

Ainda segundo a liderança, é importante que o produtor tenha seis lotes alojamentos por ano para os produtores possam obter lucro. Sendo que o ciclo de criação do frango costuma durar em torno de 60 dias, com o espaçamento no alojamento a criação demora 70 dias. “Se não fizer seis lotes por ano, a criação do frango acaba se tornando inviável devido aos custos operacionais. As indústrias tem se comprometido em ajudar os produtores”, ressalta.

Outro fator que tem prejudicado o setor é o aumento dos custos de produção, principalmente do milho. “O mercado interno diminui o preço do frango por conta da grande oferta e tem essa questão do aumento dos insumos. Eu acho que isso virou uma bola de neve”, comenta.

De acordo com as projeções do Ministério da Agricultura, Pecuária e abastecimento (MAPA), as exportações teriam um incremento anual em torno de 3,5 % na cadeia produtiva do frango. “Nós acreditávamos que o ano seria bom para o setor, mas tivemos problemas com os embargos e que resultou no aumento da oferta no mercado interno”, destaca.

Além de prejudicar as exportações, esta crise também afeta a imagem do setor brasileiro internacionalmente. Tendo em vista, que os outros países que fazem a importação podem utilizar o mesmo critério para fazer embargos com a carne de frango brasileira. “As entidades e o ministro Blairo Maggi estão trabalhando para mostrar que foi uma medida equivocada da comunidade europeia”, finaliza.  

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Por:
Giovanni Lorenzon e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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