Caso de Peste Suína Africana na República Dominicana acende 'luz amarela' ao Brasil, aponta pesquisador

Publicado em 30/07/2021 12:00 e atualizado em 30/07/2021 16:26
Luizinho Caron - Pesquisador da Embrapa Aves e Suínos
Protocolos que já são adotados pelo MAPA são eficientes, diz especialista, mas é preciso reforçar os cuidados

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Entrevista com Luizinho Caron - Pesquisador da Embrapa Aves e Suínos sobre a Peste Suína Africana nas Américas

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A confirmação da detecção de um caso de Peste Suína Africana (PSA) na República Dominicana nesta quinta-feira (29) fez soar o alerta para o setor produtivo no Brasil. Segundo o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Luizinho Caron, o caso foi confirmado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), mas não há detalhes de como a doença possa ter chegado à América.

"Como a República Dominicana fica em uma ilha e faz fronteira terrestre com o Haiti, é possível que o Haiti também esteja contaminado com o vírus. Então, além dos protocolos que já são adotados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), as pessoas que viajam para áreas onde a doença existe não podem trazer produtos que contenham carne suína, muito menos ir conhecer áreas produtivas destes países", afirmou. 

De acordo com o pesquisador, em 2017 a Embrapa Suínos e Aves realizou um estudo, tomando por base a produção de suínos dos Estados Unidos, para saber qual seria o impacto de um surto da doença no Brasil. 

"Em 2017, o prejuízo estimado para o Brasil no primeiro ano de um surto hipotético de PSA era de U$S 5,5 bilhões. Esse valor hoje em dia é muito maior, já que a produção de suínos no Brasil cresceu, as exportações aumentaram, e o investimento em uma suinocultura de ponta, com boa genética e tecnologia também foi ampliado", explicou. 

Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou nesta sexta-feira (30) que "os rígidos procedimentos de biosseguridade adotados pelo setor produtivo foram atualizados e divulgados aos associados pela diretoria técnica, com foco especial na movimentação de pessoas intrassetorial". 

A ABPA também pontuou que "em caráter emergencial, a entidade também convocou o Grupo Especial de Prevenção à Peste Suína Africana (GEPESA) – formado por técnicos e especialistas das organizações associadas – para a discussão de novas ações no âmbito privado, em suporte ao trabalho de defesa agropecuária desempenhado pelo Ministério da Agricultura". 

No Brasil, já houve casos da doença, sendo que o primeiro foi detectado no Rio de Janeiro em 1978. Entretanto, segundo dados do MAPA, a PSA foi erradicada no país desde o final de 1984. 

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Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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