Preços da mandioca a R$ 214,00/ton têm recuperação em relação à janeiro do ano passado mas ainda estão abaixo do custo de produção

Publicado em 25/01/2016 11:00
Ano começa com oferta restrita por menor produtividade de mandioca e demanda firme com recomposição de estoques nas indústrias além de maior competitividade em relação ao amido de milho

O excesso de chuvas neste inicio de ano impediu os trabalhos de campo envolvendo a mandioca em praticamente todas as regiões produtoras do país, restringindo também o processamento das indústrias de fécula.

No entanto, a melhora do clima na última semana possibilitou o andamento dos trabalhos de colheita, e aqueceu a demanda das fecularias com necessidade de recomposição dos estoques.

Segundo o pesquisador do Cepea, Fábio Isaias Felipe, "a oferta de mandioca segue bastante ajustada com a demanda industrial, o que tem mantidos os preços bastante firmes neste inicio de ano", explica.

Outro fator de incremento na demanda é a melhor competitividade do amido de mandioca frente ao milho. Os altos preços do cereal praticados neste inicio de ano, tornaram o amido de milho menos atrativo as indústrias. Além disso, o cenário positivo para as exportações também será um fator benéfico para a composição dos preços.

Na sexta-feira (22) a média Cepea/Esalq fechou em R$ 214,94/t um avanço de 0,8% na referência semanal, e se comparado com o igual período de 2015, esse valor é 2,2% superior.

Ainda assim, apesar da melhora no cenário de preços, a remuneração ao produtor ainda está abaixo dos custos de produção. Além disso, "por conta da maior oferta ainda podemos ver alguma pressão neste primeiro trimestre, como sempre ocorre, mas para o segundo semestre esperamos uma oferta mais justa, possibilitando a recuperação nos preços", explica Felipe.

De acordo com ele, devido a vários fatores - clima, doenças e pragas -, a perspectivas de que produtividade agrícola poderá ser menor. As primeiras áreas colhidas têm mostrado grande quantidade de podridão radicular, sinalizando uma redução na produção neste ano, e um cenário favorável para os preços.

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Tags:
Por:
Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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