Venda de leite de laticínios e cooperativas menores para indústrias com SIF evita queda de preços e desperdício de produto

Publicado em 06/04/2020 18:22 e atualizado em 07/04/2020 12:55
Geraldo Borges - Presidente da Abraleite
Leite spot comercializado por laticínios menores que estavam tendo dificuldade durante período de isolamento social é canalizado para produção de leite UHT e em pó, mais demandados no momento

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Venda de leite de laticínios e cooperativas menores para indústrias com SIF evita queda de preços e desperdício de produto

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Desde o dia 30 de março vigora uma medida tomada em conjunto pela Associação Brasileira de Produtores de Leite (Abraleite) com o Ministério da Agricultura, Pesca Pecuária e Abastecimento (MAPA) que permite pequenos laticínios e cooperativas venderem o leite spot para laticínios que tenham o selo de Serviço de Inspeção Federal (SIF), com maior capacidade de armazenamento e produção do leite UHT e em pó.
 
De acordo com o presidente da Abraleite, Geraldo Borges, essa medida foi tomada para que estes laticínios e cooperativas que têm o selo de Serviço de Inspeção Municipal (SIM) ou Estadual (SIE), e estavam com dificuldades de comercializar seus produtos, pudessem continuar captando dos produtores e dando continuidade aos negócios.
 
"Essa medida vale para o Brasil inteiro por tempo indeterminado, enquanto durar essa questão do isolamento social causado pela pandemia do coronavírus", disse.
 
Esta medida evita que haja desperdício do leite que não seria comercializado e evita a queda nos preços. 
 
Segundo Borges, o leite spot teve uma demanda maior nos últimos dias para a produção dos leites UHT e em pó, mais demandados por terem maior tempo de prateleira do que outros lácteos, mas o setor ainda aguarda os desdobramentos sobre a duração do tempo de confinamento para poder afirmar quais serão os reflexos na demanda por parte dos consumidores.
 
"A coleta do leite está sendo feita normalmente pelos estabelecimentos com SIM ou SIE e repassando para os que têm SIF, mas ainda não temos um número fechado de quanto foi canalizado para essa produção", disse.
 
O presidente da Abraleite afirma que o setor produtivo não parou, "até porque os animais precisam ser alimentados e ordenhados", e não prevê desabastecimento, a não ser caso haja problemas logísticos. 
 
 
PREÇOS
 
De acordo com Borges, se há relatos de preços altos nas gôndolas de supermercados, o produtor, por sua vez, não recebeu repasse algum, continua com preços pagos nos patamares da normalidade. 
 
"Não queremos que o produtor sofra baixa, mas não podemos querer que a indústria e varejo aumentem os preços para a população sem repassar ao produtor", disse.
 
Segundo ele, os custos de produção, principalmente com a alimentação dos animais, já que farelo de soja e milho estão em patamares altos, representam mais um desafio que afeta desde o pequeno até o grande produtor de leite.
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Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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