Em São Gabriel do Oeste (MS), clima contribui para as lavouras de milho safrinha e expectativa é de produção recorde

Publicado em 08/05/2015 11:15
Em São Gabriel do Oeste (MS), clima contribui para as lavouras de milho safrinha e expectativa é de produção recorde. Produtores poderão colher até 80 sacas do grão por hectare. Saca do cereal é negociada a R$ 18,00 na região e produtores estão negociando o produto. Valorização do câmbio já impacta custos de produção para a próxima safra e agricultores estão preocupados.

O clima tem sido favorável ao desenvolvimento das lavouras de milho safrinha em São Gabriel do Oeste (MS). Com isso, a perspectiva é de uma safra recorde e a produtividade das plantações deve ficar próxima de 80 sacas do grão por hectare. Nesta temporada, os produtores reduziram em 5% a área destinada ao cereal.

O percentual ficou bem abaixo do projetado inicialmente, de 35%, conforme destaca o presidente do Sindicato Rural da cidade, Júlio César Bortolini. “A projeção de recuo na área era uma consequência dos preços mais baixos observados no final do ano passado e depois o atraso da soja. Porém, os agricultores acabaram investindo na cultura”, afirma.

Na localidade, cerca de 30% da produção foi cultivada fora da janela ideal. “Aqui, os produtores que precisam de recursos devem finalizar a semeadura do milho até os dias 15 a 20 de março. Mas, os agricultores capitalizados continuam o cultivo do grão e assumem o risco”, diz Bortolini.

Em relação à sanidade das plantações, o presidente ressalta que, a situação foi mais tranquila nessa temporada, já que os produtores fizeram aplicações preventivas nas lavouras. Já os preços estão ao redor de R$ 18,00 a saca na localidade.

“É difícil saber se cobre os custos de produção, uma vez que isso irá depender do nível de tecnologia aplicada por cada agricultor. Porém, queremos destacar que faz oito anos que vendemos a saca do milho entre R$ 18,00 a R$ 20,00 na região, em situação normal. Na soja, o valor fica em R$ 55,00 a saca, só que anteriormente, tínhamos custos mais baixos e agora tudo subiu, menos os valores dos produtos e as contas começam a não fechar”, alerta Bortolini.

Ainda assim, o presidente diz que, nesse patamar os produtores realizam alguns negócios. “Mas o dólar mais alto já preocupa os produtores. Com a valorização do câmbio, todos os produtos são reajustados e estamos vindo de uma safra com o câmbio a R$ 2,30 e vendendo a soja a R$ 55,00. Quem comprou os insumos para a próxima safra anteriormente está em uma situação mais tranquila, entretanto, quem deixou para adquirir agora terá o lucro corroído na aquisição dos insumos”, finaliza. 

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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