Como forma de protesto, produtora vende 320 espigas de milho em feira na região de Balsas (MA)
Como forma de protesto, a produtora rural Adriany Dalzoto, vendeu recentemente 320 espigas de milho em uma feira na região de Balsas (MA). O preço ficou definido em R$ 1,00 por quatro espigas e o produto foi comercializado rapidamente.
Segundo a produtora, essa foi a maneira encontrada para manifestar contra a falta de ações por parte do governo para a agricultura. “O país está enfrentando um momento delicado com o impeachment e deveriam dar mais atenção para o agronegócio. As empresas ditam os preços que obrigam os produtores a entregarem a terra, precisamos de incentivos para produzir, estradas e investimentos”, ressalta Adriany.
Nesse momento, a saca do milho é cotada próxima a R$ 50,00 no Porto de Itaqui, em São Luís. “Tivemos uma proposta de uma empresa do Ceará oferecendo R$ 26,00 por saca do grão e pagando apenas 10% do contrato antecipado. E no mínimo deveriam ser negociadas 30 mil sacas de milho. Os juros são elevados, então, às vezes é melhor deixar o nome negativado e colher o grão para depois negociar e colocar as contas em dia”, explica.
A agricultora ressalta que esse é um movimento que começou na safrinha do ano passado. “Em 2015, tínhamos preços de R$ 18,00 a saca e eu não vendi. Achei um absurdo comparar com as despesas e o desgaste para produzir. Depois de um mês, essa mesma empresa me ofereceu R$ 24,50 a saca com pagamento antecipado e retirando na fazenda. As empresas testam muito e tentam se aproveitar desse momento em que o produtor precisa de um apoio e foi isso que me levou ao manifesto”, diz Adriany.
Safra de milho
Ao contrário da situação de muitos produtores da região, que sofreram com a seca e registraram perdas severas, a produtora ressalta que as condições das lavouras de milho são boas. Nesse instante, com a falta de chuvas que já ultrapassa os 16 dias, as plantações estão resistindo, conforme sinaliza a agricultora.
“Essa semana, a lavoura está sentindo um pouco, mas não tanto. Trabalhamos com plantio direto, o que tem ajudado a manter a umidade. E nos próximos dias já temos previsões de chuvas para a região. Por isso, temos uma perspectiva de colheita ao redor de 110 sacas de milho por hectare. Mas se não tivéssemos tido problemas com o clima e da minha fazenda ter sido invadida, poderíamos colher cerca de 130 sacas por hectare”, acredita a produtora.
Já em relação ao aparecimento de pragas, Adriany pondera que a lagarta do cartucho atacou as lavouras, mas os agricultores conseguiram fazer o controle da praga. “O ataque da lagarta não chegou afetar as espigas”, completa.
2 comentários
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Jocelino ribeiro da silva Aguas Belas - PE
As dificuldades são muitas, mas somos trabalhadores maranhenses e sabemos trabalhar.
JACQUELINE GUADAGNIN PRIMAVERA DO LESTE - MT
Outro abuso das grandes empresas é a inclusão de multas contratuais apenas para o produtor. Os contratos são redigidos pelas empresas, que não admitem alterações, e caso elas não cumpram o contrato não há um centavo de multa. E quando questionadas ou solicitado a inclusão de clausula com multa para a empresa, elas preferem não fechar o negocio a gerarem um contrato de igual teor quanto a punição para ambas as parte. Ou seja, se não pagarem no tempo correto, não terão multas alguma. Um grande exemplo deste caso é a Bunge, que impõem um contrato com 50% de multa para o produtor e não admite um centavo de multa para ela.
Concordo plenamente , eu e a Bunge não mantemos bom relacionamento por abuso da trade bem no momento que mais precisei . Entraram com arresto de uma conta que não estava vencida e me tiraram a maior parte da soja da lavoura, por conta própria e ainda dizem não ser suficiente. Eles que executem o seguro penhor rural que anexaram pra ganhar essa liminar e me deem a quitação da dívidas . Essas multinacionais deveriam ter regras minuciosas para serem aceitas em nosso país .
Sem falar que trabalham todas na mesma linhagem , um monopólio para não dizer cartel. Entre eles já se comunicam pra não aceitar determinado cliente e ditam as normas, quero ver essas multinacionais produzirem . Eles injetam o dinheiro,pegam garantias , juros altíssimos e querem apenas grãos e nada mais .
As multinacionais querem ditar os preços e fazer do agricultor seu escravo. Do jeito que vai o Brasil ainda perde todas as terras para multinacionais.
Essas trades roubam o agricultor de todas as formas! Desde cláusulas que só beneficiam elas até na hora de entregar o produto alegando os rotineiros "descontos" de impurezas e outras desculpas mais. O país deveria ter uma normativa pra que elas se adequassem ao agricultor e não ao contrário
SENHORES... Essa empresas multinacionais são das "famílias dinásticas", ou seja, as melhores "cabeças" das áreas de ciências humanas, biológicas e exatas das melhores Universidades do mundo são contratadas para fazerem prognósticos do que vai acontecer daqui a 10,20, 50 anos e, quais as atitudes para se manter no "poder de mercado". Veja o caso das famílias Cargill, Bunge. Há quantos anos você escuta esses nomes mantendo a ordem no agronegócio. Num certo tempo são produtores de sementes, noutro são incentivadores do sistema integrado de frango e suínos, donos de frigoríficos de bovinos, produtor de adubos químicos, enfim SEMPRE ESTÃO AJUDANDO OS PRODUTORES RURAIS !!!
Pelo código civil , um contrato não pode ser leonino, ou proteger uma das partes somente. Tem que ser equilibrado. Contrato como o que dizem acima é facilmente contestado e derrubado.
No direito temos essa percepção, porém a área jurídica e a rural não se misturam , todos os prazos , burocracia. Se o agricultor não paga multa logo tem o nome negativado e não consegue trabalhar com linhas de crédito para manter a lavoura . Infelizmente o judiciário não possui uma área específica para casos da agricultura.
Sr Carlos obrigado pela ideia---O contrato e' padrao, entao e' preciso so' um
pequeno boi de piranha, isto e' alguem pequeno com menos risco entrar na justiça e criar jurisprudencia---Ai todos os demais serao garantidos----E" PRECISO
SE ORGANIZAR---
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