Preço do milho na B3 a R$ 82,00 chega próximo da paridade de importação e isso deve frear as altas, diz analista

Publicado em 21/10/2020 11:26 e atualizado em 21/10/2020 12:58
Roberto Carlos Rafael - Germinar Corretora
Notícias de grandes importações de milho podem aparecer nos próximos dias e puxar cotações para baixo. Analista da Germinar Corretora destaca ainda que volume final das exportações brasileiras e clima para safras de verão e safrinha também podem mexer com o mercado

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Preço do milho na B3 à R$ 82,00 chega próximo da paridade de importação e isso deve frear as altas

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As cotações do milho estão em alta no Brasil tanto no mercado físico quanto no futuro na Bolsa Brasileira. Na última terça-feira, o Indicador Cepea fechou o dia valendo R$ 73,33 e a B3 opera com o contrato janeiro/21 à R$ 83,35 às 11 horas.

Para o analista da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, essas cotações podem subir ainda mais, com a B3 puxando o mercado físico, mas existe um limite para as altas e ele está atrelado à paridade de importação, que nos cálculos dele, já está próxima.

Na visão de Rafael, o milho importado dos Estados Unidos hoje, já sem a TEC de importação, chegaria aos portos brasileiros na faixa dos R$ 76,00 e às indústrias, já com o frete, por volta de R$ 82,00. Sendo assim, devemos ter registro de grandes importações do cereal norte-americano nos próximos 30 dias, o que atuaria para frear as cotações no Brasil.

O analista destaca que não há falta de milho no país, mas o vendedor que está capitalizado e acompanha a alta de preços e o clima para as próximas safras opta por não vender.  Neste caso, o atual patamar de preços pode ser interessante para novas comercializações.

Outro fator que pode mexer com o mercado é o volume das exportações. Até o momento, o Brasil já embarcou 23,072 milhões de toneladas pelos dados da Secex diante da projeção de 34,5 milhões para o ciclo todo.

Caso a exportação fique abaixo da projeção os preços internos podem ficar mais baixos com a sobra de volume no mercado. Já caso fique na meta ou supere, os preços podem voltar a subir com a diminuição dos estoques de passagem.

Confira a entrevista completa com o analista da Germinar Corretora.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Sabrielle Siqueira Foletto alta floresta - MT

    Alguns meses atrás li matérias de vocês dizendo que os bons ventos do milho estava passando e que era hora do produtor vender seus produtos e volte e meia vejo matéria relatando viés baixista do milho. Os fatos não mudam, não há milho suficientemente para todos quem quiser terá que pagar caro. Houve tufão na China diminuindo a produção e eles precisam urgentemente de milho devido a peste suína que devastou mais da metade de porcos e precisam criar e engordar novos porcos. Nos Estados Unidos teve tempestades que estragou muito as plantações, inclusive umas das mais afetadas foi Iowa a região que mais produz milho e neste dias que são dias da colheita começou a nevar, colheram 60 por cento os outros 40 estão cobertos de neve. Argentina esta enfrentando seca.. não podemos contar com grandes quantidades, demos um giro no mundo e voltamos para o Brasil, a região sul teve estiagem perdeu grandes quantidades das lavoras de milho, os outros estados produziram bem, porém venderam quase tudo, Mato grosso que é grande estado e que produz bem, estão em falta de milho e há temor que falte milho para a suinocultura e avicultura e há tbm as usinas de etanol que estão na briga pelo milho. pelos dados da meteorologia esse ano será de poucas chuvas, o que está atrasando a plantação de soja e tem grandes chances de atrapalhar a segunda safra do milho, isso em números é uma perca de 10 milhões de toneladas métricas, o que equivale a quase 400 milhões de bushels.

    O governo retirou a taxa de importação de milho e soja, como se fosse ajudar em algo, dólar em alto (5,61) e com estoques mundiais baixos o milho não custará barato. Precisa urgentemente de estímulos financeiros para os agropecuaristas do Brasil e segurança de cambio na compra insumos de produção.

    Que todos esses acontecimentos sirvam para os Governantes e a população em geral, como forma de valorizar o pecuarista e agropecuarista do nosso Brasil, pq sem comida ninguém vive.

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    • Leodir Vicente Sbaraine Terra Roxa - PR

      Sr. Foletto, na verdade não existe comida o suficiente no planeta, pois há nos estamos consumindo mais do que produzimos, ou seja, diminuindo os estoques, e, pelo andar da carruagem, cada vez ficará pior, com intemperies, aumento de consumo, ideologias retrogradas, etc..., Resumindo, alimentos em quantidade cada vez menor, será grande a chance de quem produz alimentos liderar a humanidade..., quem viver verá, não tenha Dúvidas... e o Brasil faz parte desse seleto grupo, por ser um grande produtor de alimentos....

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    • Elton Szweryda Santos Paulinia - SP

      Devemos escutar os analistas como escutamos o canto dos passaros, uns cantam bonito, outros nem tanto..., entrar por ouvido e sair pelo outro..., nao me lembro, desde que planto soja, um só analista que acertou...

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