Brasil deve importar o triplo do normal de milho em 2021 e preços internos serão pressionados, afirma analista

Publicado em 27/07/2021 11:01 e atualizado em 27/07/2021 14:28
Roberto Carlos Rafael - Germinar Corretora
Analista aponta que Argentina e EUA entregam milho nos portos brasileiros entre R$ 90,00 e R$ 91,00; momento para o produtor brasileiro é de participar do mercado

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Brasil deve importar o triplo do normal de milho em 2021 e preços internos serão pressionados

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Normalmente o Brasil importa algo entre 1 e 1,3 milhão de toneladas de milho ao longo de um ano, mas em 2021 este volume deve saltar para 3,5 milhões de toneladas, de acordo com a avaliação do analista de mercado da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael. Até o momento, os dados da Secex relatam 1,1 milhão de toneladas já importades no ano.

Entre os principais motivos para este movimento de importação estão o atual preço do milho no Brasil, superior à paridade de importação, e possíveis problemas com a qualidade dos grãos que serão colhidos nesta safrinha após os problemas climáticos enfrentados.

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As contas de Rafael apontam que, neste momento, o milho da Argentina e dos Estados Unidos chega aos portos brasileiros entre R$ 90,00 e R$ 91,00, o que mesmo adicionado do frete, passa a compensar para indústrias que se localizam no Sul do Brasil e próximas aos portos.

Esse movimento deve atuar para pressionar os preços do cereal internamente, o que configura um cenário propício para a buscar de novas oportunidades de negociação por parte dos produtores, diz o analista.

O que poderia mudar este quadro seria uma possível elevação do dólar ante ao real ou problemas com a safra norte-americana, que elevariam os preços internacionais subindo novamente a paridade de importação.

Confira a íntegra da entrevista com o analista de mercado da Germinar Corretora no vídeo.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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5 comentários

  • Geovani Salvetti Ubiratã - PR

    Com produção em baixa e custos estratosféricos a tendência é o preço do milho subir muito, não tem pra onde correr... insumos como fertilizantes, sementes e defensivos triplicaram de preço, fora o diesel e máquinas que não param de subir.

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  • Marcus vinicius Maracaju - MS

    Analista do que sera ? A maioria dos produtores nao vão cumprir com seus contratos por falta de grãos, imagina se 30 navios vai impactar os preços aqui no Br!

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  • João Lemos

    Vai importar 3,5 MT sendo que a quebra no Brasil ficará em torno de 20 a 30 MT.. me engana q eu gosto

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  • Geovani Salvetti Ubiratã - PR

    Até esses dias o milho chegava nos portos brasileiros a 107 reais a saca, ... lá fora está caro também... e mais o frete,... me engana que eu gosto...

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  • Cleverson Aguiar Vacaria

    Dá para acreditar que vai chegar milho dos EUA a 92 reais?... notícia tendenciosa.

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    • Rodrigo Polo Pires

      Pode até ser, mas aí tem que descarregar do navio, jogar pro armazém, carregar em carretas, subir uma serra desgraçada de ingrime no lombo de caminhão até campinas, e eu pergunto, fazem isso com 10 reais?

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    • Marcos Araujo Curitiba - PR

      As contas do Roberto refletem a realidada atual do mercado, profissional e sem viés político. Injusto tais comentários citados aqui, o milho da Argentina negociado a $277,40 por t CFR Brasil + $11 por t descarga x R$5,18 dólar + frete...isso se traduz a R$89,65 por saca sobre rodas Porto e R$93,85 por saca no interior.

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Marcos Araújo, voce está falando aí sobre descarregar milho direto nos caminhões, tá aí uma coisa que eu gostaria de ver ao vivo e em cores. E mais, por esse custo aí que voce falou.

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      E sem falar Marcos Araújo, que tem o MEU não é> Ou não vai ter atravessador nessa empreitada aí. Falar é fácil. E também tem mais um negócio, prá carregar os portos são bem equipados, prá descarga nem tanto.

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      E eu digo mais, que a JBS vá lá na Argentina comprar mais 30 navios, e depois nos conte se pagou o mesmo preço que pagou nos 30 primeiros.

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    • Marcos Araujo Curitiba - PR

      Rodrigo, basta você ir cotar nos terminais em Imbituba e Rio Grande, estes são preços atuais praticados hoje. Estou aqui abrindo os preços reais praticados pelo mercado, mas você pode e tem o direito de checar na prática para checar a conclusões realistas e não ficar em dúvidas. Abraço

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    • Marcos Araujo Curitiba - PR

      O milho é descarregado no porto, vai para o armazem no terminal portuário e depois embarca em caminhões. Mas há casos, a exemplo do fertilizante, que pode ser tirado do navio e posto nos caminhões. No youtube você pode ver tais vídeos.

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Tudo bem Marcos, eu falei que queria ver ao vivo e em cores, foi mais uma brincadeira, o porto de Rio Grande eu conheço, e não vai milho de Rio Grande ao oeste de SC por 10 pila nem a pau.

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Embora eu não conheça o porto, nunca entrei em Imbituba, sei onde fica, e lá talvez fique melhor para os granjeiros catarinenses pq tem também essa questão de icms, que não como é do RS para SC.

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      ...que não sei como é...

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Também, Marcos, nós temos uma outra coisa a ser observada, os agentes do mercado falam em um piso de 53 mi de ton a safrinha, e o milho ruim vai ser colhido daqui para a frente, e tem muito milho ruim no MT, maior produtor, então pode ser que esse piso esteja bem abaixo dessas 53 mi de ton. Como dizem no mercado financeiro, no fundo do poço pode ter porão.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Gente como e' util esse espaço do NA!!!, a troca de informaçoes entre pessoas que conhecem o assunto, beneficia a conhecimento de milhares de leitores... OBRIGADO NA.

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    • Álvaro Henrique Mello de Souza Ponta Porã - MS

      Marcos, estas suas contas não batem e estão mesmo assim muito apertadas, a realidade uma só, eles não estão querendo ser compradores no nosso mercado e querem ganhar tempo e pressionar o produtor a vender mais barato sua produção conforme vence as contas dele, simples Jajá tem conta pro produtor pagar e se a coisa começar subir agora eles não baixam estes preços, produtor tá numa naba e vai se defender que a turma se defensa mas está história aí é pra boi dormir!!!

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    • Marcos Araujo Curitiba - PR

      Caro Álvaro, quais seriam os números corretos para que as contas possam bater?

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