Trajetória de queda do dólar pode chegar ao final do ano entre R$ 3,60 e R$ 3,50

Publicado em 18/07/2019 15:54
Jason Vieira - Economista Chefe da Infinity Asset
Ajustes na aprovação da reforma da previdência no Brasil e o recuo dos juros nos EUA vão determinar a intensidade da queda da moeda americana

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Entrevista com Jason Vieira - Economista Chefe da Infinity Asset sobre a Economia

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A tendência é que a queda do dólar deve ser consolidada a partir de setembro e pode chegar ao final do ano cotado entre R$ 3,65 até R$ 3,50 em função da reforma da previdência no Brasil e a queda dos juros nos Estados Unidos.

O economista chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, ressalta que a liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é um movimento importante do governo e é um dinheiro da população. “Essa injeção de recursos vai impactar em curto prazo e podemos ter um final de ano melhor com menos pessoas endividadas”, afirma.

É importante dar um impulso na economia já que a atividade econômica não conseguiu preencher o vácuo que o governo cumpria antigamente. “O governo fazia esse estimulo da atividade econômica com os gastos através do endividamento. Porém, o setor privado ainda não conseguiu preencher esse vazio e existem muitas expectativas em relação à política”, comenta.

Além do recurso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço também tem o PIS/PASEP que totaliza um volume de 60 bilhões de reais. “Geralmente, esse tipo de recurso tem um impacto trimestral e é importante que as pessoas que recebam esse dinheiro fiquem o menos endividado possível”, destaca.

A aprovação da Reforma da Previdência deve proporcionar mais investimentos e volta do investidor ao Brasil. “Se neste período os juros americanos estiverem caindo, há uma possibilidade que isso aconteça em setembro, e países como o Brasil se torna o alvo preferencial em termos de investimentos globais”, pontua.

Possibilidade de juros menores nos EUA empurra dólar a mínima em 5 meses ante real

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou no menor nível em cinco meses ante o real nesta quinta-feira, com investidores se desfazendo da moeda norte-americana em meio a expectativas de que a divisa caia mais conforme os Estados Unidos caminham para reduzir os juros.

Quanto menor os juros nos EUA, mais atrativas se tornam as aplicações em outros mercados, como os emergentes, o que potencializa chances de fluxo de capital a países como o Brasil. Com maior oferta de dólares, o preço da moeda tende a cair.

O real foi uma das moedas de melhor desempenho na sessão. O dólar à vista caiu 0,86%, a 3,7293 reais na venda, no menor patamar de fechamento desde 20 de fevereiro (3,728 reais).

No exterior, o índice que mede o valor do dólar frente a uma cesta de divisas, cedia 0,52%.

O dólar teve oscilações mais moderadas mais cedo. Por volta das 15h passou a cair mais intensamente, após comentários de autoridades do Fed no sentido de necessidade de ação mais rápida do para conter desaceleração da maior economia do mundo.

O presidente do Fed de Nova York, John Williams --também vice do Fomc--, disse que os formuladores de política monetária precisam adicionar logo estímulos para lidar com inflação muito baixa quando as taxas de juros estão próximas de zero e não podem esperar que ocorra um desastre econômico.

O vice-presidente do Fed, Richard Clarida, praticamente repetiu as palavras de Williams ao dizer que as autoridades podem precisar agir logo para estimular a economia dos EUA como uma apólice de seguro contra crescentes riscos.

"As falas de John Williams de forma inequívoca indicam um afrouxamento da política monetária em julho, e a probabilidade de corte de 0,50 ponto percentual subiu significativamente", disse Marc-André Fongern, chefe de pesquisa de câmbio da MAF Global Forex, consultoria de comércio internacional em Londres.

"Isso sem dúvida resulta numa sustentada depreciação do dólar", completou.

Índices de Wall St sobem após comentários de Williams consolidarem expectativa de corte de juro pelo Fed

NOVA YORK (Reuters) - Os mercados de ações dos Estados Unidos fecharam em alta nesta quinta-feira, depois de um começo de pregão mais lento, com declarações do presidente do Fed de Nova York, John Williams, ajudando a consolidar expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve no fim deste mês.

Williams disse que quando juros e inflação estão baixos, os formuladores de política monetária não podem se segurar e esperar que potenciais problemas econômicos se materializem.

"Ele está seguindo a linha do Fed, basicamente sugerindo que um corte de juros como seguro é a coisa certa a se fazer para a economia neste momento", disse Chris Zaccarelli, diretor de investimentos da Independent Advisor Alliance.

Antes dos comentários da Williams, os índices de ações estavam em baixa. Os papéis da Netflix Inc <NFLX.O> caíram 10,3%, após os resultados trimestrais mostrarem que a companhia não alcançou suas metas de novos assinantes fora dos EUA.

As perdas da Netflix ditaram baixa de 0,9% no setor de serviços de comunicação <.SPLRCL>, um dos de melhor desempenho do S&P 500 neste ano.

O índice Dow Jones <.DJI> subiu 0,01%, a 27.223 pontos, enquanto o S&P 500 <.SPX> ganhou 0,36%, a 2.995 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq <.IXIC> avançou 0,27%, a 8.207 pontos.

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Por:
Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas/Reuters

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