Alessandra Mello: Mercado financeiro começa a projetar novas altas nas taxas de juros até o final do ano

Publicado em 18/01/2021 15:08 e atualizado em 18/01/2021 16:27
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi

Mercado eleva perspectivas para economia e inflação neste ano no Focus

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SÃO PAULO (Reuters) - O mercado elevou as projeções tanto para o crescimento econômico quanto para a inflação neste ano, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira.

Segundo o levantamento semanal, a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto em 2021 aumentou a 3,45%, de 3,41%, permanecendo em 2,50% para 2022.

A mudança ocorre na esteira da melhora do cenário para a produção industrial, cujo aumento neste ano passou a ser calculado em 5,0%, de 4,78% antes.

Já a perspectiva para a inflação em 2021 passou a 3,43%, de 3,34% no levantamento anterior, com a alta do IPCA em 2022 ainda calculada em 3,50%.

O centro da meta oficial para 2021 é de 3,75% e para 2022 é de 3,50%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Neste caso o aumento acompanha a expectativa de alta mais acentuada dos preços administrados este ano, de 4,20% contra a elevação de 4,02% esperada na semana passada.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a taxa básica de juros, atualmente na mínima histórica de 2,0%, deve terminar este ano a 3,25% e o próximo a 4,75%, sem alterações.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anuncia na quarta-feira a primeira decisão do ano sobre a Selic.

O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, elevou a perspectiva para os juros básicos este ano a 3,50% de 2,88% antes, enquanto para 2022 a perspectiva subiu a 5,0%, de 4,0%.

Na semana passada, o BC anunciou uma ampliação do horizonte das projeções macroeconômicas coletadas junto ao mercado para o seu relatório Focus, e uma mudança específica nas sistemática das expectativas colhidas para o câmbio. As novas sistemáticas entrarão em vigor para as projeções coletadas a partir da terça-feira.

Economia da China ganha velocidade no 4º tri e termina 2020 em boa forte após choque da Covid-19

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PEQUIM (Reuters) - A economia da China ganhou velocidade no quarto trimestre, com o crescimento superando as expectativas ao encerrar um ano de 2020 marcado pelo coronavírus em boa forma e pronta para expandir ainda mais este ano.

O Produto Interno Bruto cresceu 2,3% em 2020, mostraram dados oficiais nesta segunda-feira, tornando a China a única grande economia do mundo a evitar contração no ano passado uma vez que muitos países tiveram dificuldades para conter a pandemia de Covid-19.

E a expectativa é de que a China avance à frente de seus pares este ano, com o PIB expandindo no ritmo mais forte em uma década a 8,4%, de acordo com pesquisa da Reuters.

As fortes medidas de contenção do governo chinês permitiram ao país conter o surto de Covid-19 muito mais rápido do que a maioria dos países, enquanto os estímulos do governo e a aceleração da produção nas fábricas para fornecer produtos a muitos países ajudaram a aumentar a força.

O PIB expandiu 6,5% no quarto trimestre na comparação com o mesmo período do ano anterior, mostraram dados da Agência Nacional de Estatísticas, contra expectativa em pesquisa da Reuters de 6,1%, e após sólido crescimento de 4,9% no terceiro trimestre.

"O número do PIB acima do esperado indica que o crescimento entrou em zona de expansão, embora alguns setores permaneçam em recuperação", disse Xing Zhaopeng, economista do ANZ.

Diante das rigorosas medidas de contenção do vírus e de estímulo do governo, a economia se recuperou continuamente da queda de 6,8% nos três primeiros meses de 2020, quando o surto de Covid-19 na cidade de Wuhan se tornou uma epidemia.

Ainda assim, destacando o forte impacto da Covid-19 em todo o mundo, o crescimento do PIB da China em 2020 foi o mais fraco desde 1976, último ano da Revolução Cultural que durou uma década e afetou a economia.

Na comparação trimestral, o PIB aumentou 2,6% entre outubro e dezembro, contra expectativa de alta de 3,2% e ganho revisado para cima de 3,0% no trimestre anterior.

Destacando a fraqueza do consumo, as vendas no varejo caíram 3,9% no ano passado, na primeira contração desde 1968, segundo registros da agência de estatísticas. O crescimento das vendas no varejo em dezembro ficou abaixo das expectativas dos analistas e enfraqueceu a 4,6% de 5,0% em novembro.

Entretanto, o vasto setor industrial da China continuou a ganhar tração, com a produção aumentando a uma taxa de 7,3% no mês passado na comparação com o ano anterior, acima do esperado e no nível mais forte desde março de 2019.

 
 
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Fonte:
Notícias Agrícolas/Reuters

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