Com clima favorável, região do Oeste paranaense já semeou 5% da área e deve concluir o plantio até 20 de outubro
Com clima favorável, região do Oeste paranaense já semeou 5% da área e deve concluir o plantio até 20 de outubro
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Os produtores de Assis Chateaubriand, no Oeste do Paraná, já iniciaram a safra de soja 2025/26, com 5% da área plantada até o momento. O plantio deve se estender até 20 de outubro, aproveitando as condições climáticas favoráveis, com chuvas regulares e boa umidade do solo após o fim do vazio sanitário, encerrado em 31 de agosto.
Segundo Valdemar Melato, presidente do Sindicato Rural do município, a área plantada deve permanecer estável em relação ao ano passado. “Praticamente, não varia de um ano para o outro a área de soja, já que a maioria dos produtores cultiva apenas soja na safra verão”, afirma.
Segundo o meteorologista Celso Oliveira, da Tempo OK, a umidade do solo segue abaixo do normal na maior parte dos estados, o que pode comprometer o estabelecimento inicial das lavouras. “Atualmente, apenas o Rio Grande do Sul e o oeste e sul do Paraná apresentam níveis de umidade suficientes para dar início ao plantio”, alerta o meteorologista.
O plantio neste momento é considerado ideal pelos produtores, que lembram que no ano passado o atraso das chuvas prejudicou as lavouras. “Estamos acompanhando, e ainda que em setembro as chuvas possam ser irregulares, em outubro e novembro podemos ter médias melhores. Porém, há preocupação com possíveis veranicos em dezembro e janeiro, que têm ocorrido nos últimos anos”, destaca Melato.
Além disso, a perspectiva de La Niña para a região não favorece uniformemente as lavouras, com chuvas mais concentradas no Centro-Oeste e carência no Sul do Brasil. Plantar mais cedo também ajuda a garantir a janela ideal para o milho safrinha, evitando que o plantio ocorra entre o final de janeiro e início de fevereiro, período em que há risco de geadas. “Plantamos a soja pensando também no milho safrinha”, ressalta o presidente do Sindicato Rural.
Apesar dos desafios, a expectativa é de uma safra dentro da média, com condições adequadas para a produção e planejamento estratégico para minimizar riscos climáticos.
Um dos principais desafios apontados para a temporada é o aumento dos custos de produção. “Houve incremento nas taxas de juros de financiamentos agrícolas e também nos insumos. Sementes de soja e fertilizantes tiveram reajustes em relação ao ano anterior”, destacou Melato.
Quanto à comercialização, a região não costuma realizar vendas antecipadas. Os produtores geralmente travam os preços junto às cooperativas, mas a maior parte ainda não realizou acordos, especialmente no início do plantio. Atualmente, os preços da soja giram em torno de R$ 120 por saca para a próxima safra, embora estes valores sejam pontuais.
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