Chuvas continuam irregulares e plantio da soja chega a 50% na região de Sinop (MT)
As chuvas permanecem irregulares no Centro-Oeste do país, fator que tem dificultado o avanço do plantio da soja da safra 2015/16. Em todo o estado de Mato Grosso, cerca de 19,6% da área projetada para essa temporada foi cultivada até o momento, conforme dados do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). E, por enquanto, a previsão indica a continuidade do padrão climático para a região.
Em Sinop, em torno de 50% da área foi semeada com a oleaginosa, mas em lugares como Cláudia e Feliz Natal, o cultivo do grão não ultrapassa os 10%. “Em anos anteriores nós já tínhamos finalizado a semeadura da soja. Tivemos chuvas entre 10 mm até 40 mm na noite desta segunda-feira, mas continuamos com a insegurança de colocar ou não a semente no solo”, afirma Antônio Galvan, presidente do Sindicato Rural de Sinop.
Além disso, a liderança também ressalta que os produtores estão saindo da melhor janela ideal de cultivo para a cultura, que termina no final de outubro. “O que pode complicar a produtividade das lavouras. Até o momento, o produtor está fazendo uma análise crítica sobre a necessidade de replante, temos muitos problemas com a qualidade das sementes”, completa.
Em contrapartida, o atraso na soja também irá se refletir na janela ideal do cultivo do milho safrinha. “A janela para fazer uma boa safrinha já está comprometida em volume alto dentro do estado. No ano passado também tivemos o mesmo problema, porém, as chuvas se alongaram e beneficiaram as plantações. Mas o custo benefício do milho não compensa, temos altos custos de produção para obter uma produtividade de 100 sacas por hectare e os preços giram em torno de R$ 16,00 a R$ 17,00 em Sinop”, diz.
Já a saca da soja é negociada a R$ 60,00 no mercado futuro da região. “Contudo, temos os custos de produção elevados e com um rendimento médio entre 50 sacas a 55 sacas por hectare não conseguimos cobrir os custos de produção. Faltam liquidez e rentabilidade no campo”, acredita Galvan.