Alta em Chicago e elevação dos prêmios no mercado interno trazem oportunidade para aqueles que ainda não venderam sua soja

Publicado em 08/02/2017 17:41
Confira a entrevista com Flávio Roberto de França Junior - França Jr Consultoria
Expectativas para relatório do USDA, volta da demanda chinesa e reposicionamento dos fundos deram fôlego para altas da soja em Chicago

Nesta quarta-feira (8), o mercado da soja apresentou altas de 2 dígitos nos principais vencimentos na Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com o analista de mercado Flávio França Jr., nesta semana o mercado se recupera parcialmente após queda nas duas últimas semanas.

Alguns fatores também estão em jogo, como a expectativa do mercado em relação à divulgação do relatório de fevereiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o que irá ocorrer amanhã. O mercado acredita que o USDA poderá reduzir os estoques mundiais e norteamericanos dessa temporada, assim como também apresentar um ajuste para baixo da safra de soja argentina, fundamentos que são positivos para os preços.

O movimento de demanda também faz parte dessa alta. Após o feriado do Ano Novo Lunar, os chineses voltaram para o mercado e "agitaram os preços". Um movimento de recompras por parte dos fundos de investimento depois de duas semanas também acrescenta o lado altista da CBOT. Desta foram, um bom andamento da safra brasileira é anulado, mesmo com a colheita avançando com resultados interessantes.

No Brasil, existe também certa lentidão em relação à entrada de safra nova, em função do atraso de desenvolvimento do ciclo das lavouras. A volta dos compradores aos Estados Unidos fornece suporte para os preços.

Também há uma postura, por parte dos produtores, de segurar vendas neste momento. Logo, o analista alerta para uma pressão nos preços com um avanço efeitivo na colheita, principalmente na segunda quinzena de fevereiro.

Para França Jr., os produtores que não participaram do mercado ainda deveriam entrar para cumprir compromissos para tirar um pouco da pressão. Já aqueles produtores que realizaram vendas ainda podem segurar mais um pouco.

Radar na América do Sul

A atenção, daqui em diante, deve ser voltada para a safra argentina. A estimativa do analista é em 53 milhões de toneladas para o país, enquanto estimativas privadas dão conta de estimativas que vão de 50 a 57 milhões de toneladas. Apenas em abril, quando ocorre a colheita argentina, será possível ter uma definição desses números.

O analista aposta em preços médios melhores em Chicago, uma vez que o aumento na safra da América do Sul, com as quebras previstas para os argentinos, deve ser "apenas modesto".

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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