As chuvas previstas para os próximos 2 dias nas lavouras de soja dos EUA ainda não são suficientes para consolidar produção

Publicado em 25/07/2017 17:30
Confira a entrevista com Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado
Inicio do dia com alta em Chicago e elevação do dólar trouxe oportunidade de venda para produtor brasileiro com soja negociada por até R$73,00/saca. Mas mercado perdeu força e cotações no Brasil recuaram para R$71,00 no final do dia

Em função do clima, o mercado da soja encerrou em queda na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta terça-feira (25), após iniciar a manhã com altas expressivas.

Vlamir Brandalizze, analista de mercado da Brandalizze Consulting, destaca que a redução da qualidade das lavouras em 4% teve impacto no pregão noturno. Entretanto, na parte da tarde, as novas previsões climáticas apontaram para chuvas nas regiões que estão sofrendo com a seca, o que levou o mercado a fazer liquidação e fazer uma corrida baixista.

Ontem, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontou 57% das lavouras em condições boas ou excelentes. No momento, são 20,6 milhões de hectares com potencial de colher 3460kg por hectare, portanto. No ano passado, eram 61% das lavouras neste momento e 74% em agosto.

Se as condições se mantiverem, a safra norte-americana será de 111 milhões de toneladas. Dentro de três semanas, todas as lavouras estarão com vagens. O risco, assim, cai para as perdas em decorrência de clima.

Outros fatores ainda podem influenciar na formação de preço para a soja, como a forte demanda que estão tendo e as novas demandas que podem aparecer. Assim, "o produtor não precisa se apavorar que vai ter prejuízo com a soja", diz Brandalizze. "Mas o produtor não pode ficar apostando que vai quebrar a safra norte-americana, porque o risco de ele perder é grande".

Se vierem boas chuvas a partir de amanhã, ainda não será possível equilibrar as lavouras norte-americanas nos mesmos patamares que o último ano, mesmo que elas se recuperem. Apenas chuvas regulares, bem distribuídas e temperaturas amenas elevariam as condições.

No Brasil, houveram algumas oportunidades de negócio entre R$72,50 a R$73,50 nos melhores momentos, mas os volumes de venda foram pequenos. Ao final do dia, os preços estão em R$71 a R$72, mas sem oferta.

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Márcio José Gasparelo Rio Verde - GO

    Todo ano é mesma coisa... é seca, inundações, furacões, ... e num piscar de olhos as lavouras americanas se recuperam, eles vendem bem a produção deles e os produtores da América do Sul só se lascam... ..

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