Clima na América do Sul e demanda forte vão balizar preços da soja em Chicago, mesmo após entrada da oferta americana

Publicado em 15/09/2017 16:21
Confira a entrevista com Miguel Biegai - Analista da OTCex Group
Soja em Chicago encerra a sexta-feira em queda com movimento de realização de lucros mas pode voltar a subir nos próximos dias

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Clima na América do Sul e demanda forte vão balizar preços da soja em Chicago, mesmo após entrada da oferta americana

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Nesta sexta-feira (15) o mercado da soja encerrou a semana na Bolsa de Chicago (CBOT) com queda de 6 a 7 pontos nos principais vencimentos.

Miguel Biegai, analista de mercado da OTCEx Group, destaca que o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na terça-feira surpreendeu o mercado e trouxe a maior safra de todos os tempos, em 120 milhões de toneladas. Na quarta-feira, o mercado se recuperou e voltou aos mesmos números de antes, em cima de notícias de grandes compras por parte dos asiáticos, sinal de que a demanda responde quando os preços caem.

Ontem, o mercado já voltou aos níveis da última semana por conta da confirmação de que a demanda está bastante forte e, também, o NOA mudou sua expectativa de La Niña para 55% a 60%, fator que gerou uma preocupação no mercado. Com isso, hoje ocorreu uma recomposição técnica depois de duas boas altas.

O mercado já não olha tanto o clima norte-americano e volta seus olhos para a América do Sul. O cenário é de poucas chuvas em várias regiões do Brasil, o que pode atrasar o plantio e ser um suporte para os preços.

A demanda, a curto e a médio prazo, "está e continuará forte". Entretanto, se faltar chuva na América do Sul, o mercado deverá ficar comprador na bolsa e deve ter suporte para subir mais.

Existe também um movimento de retenção de oferta por parte dos produtores norte-americanos, fator que tem ajudado na sustentação dos preços, já que os atuais patamares não são atrativos. O produtor brasileiro também aguarda por preços melhores. Na Argentina e no Paraguai essa situação também é observada. O mercado se torna mais vendedor entre os patamares de US$10/bushel a US$10,40/bushel.

A indicação de Biegai para os produtores é que estes fiquem atentos ao cenário de clima e também a níveis de contrato que são interessantes, como o patamar de US$9,78/bushel para novembro.

Ele recomenda uma participação, portanto, nesses momentos de alta que o mercado pode ter ou venderem um pouco e participarem da alta na Bolsa com as operações de call, comprando um direito de participar da alta do patamar vendido em diante ou então pelas operações de put, que é uma proteção contra a queda do preços.

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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