Soja sobe bem em Chicago nesta 2ª aumentando preocupações sobre o La Niña e seus efeitos na América do Sul

Publicado em 04/12/2017 10:39
Confira a entrevista com Miguel Biegai - Analista da OTCex Group
Apesar de ainda não haver problemas sérios efetivos para a nova safra sul-americana, mercado já reage às expectativas diante de previsões mostrando menos chuvas para Argentina e sul do Brasil nos próximos 15 dias. Produtor brasileiro deve aproveitar os repiques e aproveitar ferramentas para proteger seus preços.

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Na manhã desta segunda-feira (4), o mercado da soja trabalha com altas expressivas nos principais vencimentos na Bolsa de Chicago (CBOT).

Miguel Biegai, analista de mercado da OTCEx Group, em Genebra (Suíça), destaca que o mercado abriu com força já no pregão noturno em função das preocupações com o clima na América do Sul, principalmente na Argentina.

Por enquanto, ainda não há problemas climáticos efetivos, mas o mercado aumenta suas expectativas em cima de projeções, já que a região sem chuvas lembra bastante o padrão de La Niña.

Neste momento, os mapas de dez a quinze dias mostram um padrão característico de La Niña, mas pode ser que isso não se solidifique. Contudo, se esses mapas seguirem expressando essa configuração, o fenômeno poderá ser confirmado.

O gráfico demonstrado por Biegai mostra que essa preocupação está fazendo com que o mercado se aproxime da linha de resistência do canal de alta, que está em US$10,10/bushel. O mercado teria que fechar hoje acima dessa linha e não trabalhar em momento nenhum abaixo dela na terça (5) para voltar a uma tendência de alta.

Mesmo que não estimule novas altas, a questão do consumo também ajuda a manter os patamares observados para a tela de janeiro/2018.

O produtor brasileiro, por sua vez, se mostra otimista por um lado, mas preocupado pelo outro, já que os produtores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná são afetados pelos efeitos do La Niña. Porém, quando o assunto é procura da soja, o mercado local se mostra em um movimento positivo, já que a soja brasileira tem um maior teor de proteína do que vem sendo mostrado pela norte-americana.

Ele aconselha os produtores a aproveitarem os repiques de preços oferecidos pela CBOT e pelo dólar e, para aqueles produtores que possuem condições, a comprarem uma operação de call na Bolsa para vender a soja física e participar de uma futura alta.

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Por:
Carla Mendes e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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