Soja tem fortes altas em Chicago com melhora da demanda e impacto amenizado da guerra comercial China x EUA

Publicado em 12/04/2018 17:03
Compras feitas pela Argentina nos EUA renovaram o sentimento de força pela demanda pela soja americana e favorece a escalada das cotações na CBOT. No Brasil, destaque continua sobre os prêmios - ainda muito elevados - e na mudança de patamares dos preços.

LOGO nalogo

Nesta quinta-feira (12), os preços da soja voltaram a subir na Bolsa de Chicago (CBOT), com ganhos de dois dígitos nos principais vencimentos.

Mário Mariano Junior, analista de mercado da Novo Rumo Corretora, destaca que os ganhos foram motivados pelas informações de demanda que se fazem presentes no mercado, já que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sinaliza novas vendas - inclusive para novos destinos, como a Argentina.

O movimento de compras por parte da Argentina também é visto como algo importante, já que a produção neste país se mostra em queda - a Bolsa de Comércio de Rosario estimou uma produção de 37 milhões de toneladas. Contudo, a Argentina também detém o maior volume de estoques. Há uma especulação de que as compras advindas dos norte-americanos também poderiam servir para frear o avanço das cotações da soja no mercado local.

No acumulado da temporada, quase 53 milhões de toneladas dos Estados Unidos já foram comprometidas com a exportação, faltando 3 milhões de toneladas para bater a meta do USDA. A demanda interna, por sua vez, também "dá as cartas" para a tendência de preços no mercado norte-americano.

No Brasil, os estados do Centro-Oeste já registraram vendas de 71% a 75% da soja com antecedência. Assim, não somente os produtores, bem como o lado industrial, terão de avançar no mercado nos próximos dias. A restrição de oferta, como visualiza o analista, poderá ser importante para o produtor decidir como e quando vender, embora muitos temam realizar compromissos avançados.

Os estados do Sul e do Sudeste, por sua vez, venderam cerca de 14% a 15% da soja. Assim, Mariano Júnior recomenda que, enquanto os produtores do centro-oeste precisam fazer contas para dosar as vendas de soja, os produtores do Sul e do Sudeste se encontram em um bom momento para realizar vendas - sempre de olho no dólar que, com o cenário político-econômico local, deverá ser um fator importante.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Por:
Carla Mendes e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário