Soja: Em Paracatu (MG), produtores se preparam para o plantio de olho nos custos e no atraso na entrega dos fertilizantes
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Entrevista com João Alves da Fonseca - Produtor Rural de Paracatu - MG sobre o Acompanhamento de Safra da Soja
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Diante de tantas incertezas, os produtores de Paracatu (MG) se preparam para o início do plantio da soja, na temporada 2018/19. O vazio sanitário da soja termina no próximo domingo (30) no estado e os agricultores estão atentos ao clima, custos de produção e no atraso na entrega dos fertilizantes.
Segundo o produtor rural da região, João Alves da Fonseca, as chuvas ainda não foram suficientes para o início da semeadura do grão nas áreas de sequeiro. Já nas áreas irrigadas, a preocupação é decorrente do baixo nível de reservatórios, uma vez que os índices pluviométricos ainda não recuperaram os mananciais, depois de 7 anos com chuvas abaixo da normalidade.
Com isso, a perspectiva é que os trabalhos nos campos ganhem ritmo a partir do dia 15 de outubro, após a consolidação das precipitações. Além disso, os agricultores estão atentos ao clima previsto entre o final de janeiro e fevereiro, já que a previsão é de veranico.
Outro fator que está no radar dos produtores é o atraso na entrega dos fertilizantes. "Temos agricultores que compraram agora, com dólar mais alto, e o produto só chegará depois da melhor janela de cultivo para o grão. Por outro lado, alguns agricultores ainda nem compraram os insumos e, em uma tentativa de baixar os custos, poderão reduzir os investimentos nesta temporada", afirma Fonseca.
Em contrapartida, os negócios com a soja permanecem lentos e poucos volumes foram fixados antecipadamente nesta temporada. Alguns produtores conseguiram fechar negócios entre R$ 70,00 a R$ 71,00 a saca. "Além dos fretes, temos as incertezas em relação à política e ao dólar, que deixaram os negócios lentos", pondera o produtor.
Milho
A região de Paracatu também é conhecida tradicionalmente pela produção de sementes de milho. A perspectiva é que 20% da área cultivada na localidade seja destinada ao cultivo do cereal. "No caso do cereal, os produtores também estão atentos ao que irá acontecer nos próximos dias que será crucial para determinar os investimentos", destaca Fonseca.
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