Soja: Semeadura chega a 55% em Ponta Grossa (PR) e lucratividade segue como desafio nesta safra

Publicado em 09/11/2018 10:00
Gustavo Ribas Netto - Presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa/PR
Chuvas excessivas estão no radar dos produtores da região. Referência para a saca futura da soja está próxima de R$ 75,00 a R$ 76,00, mas não cobre os custos desta temporada. Negócios seguem lentos em Ponta Grossa (PR). No feijão, atenção voltada ao clima. Plantio já foi finalizado na localidade.

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Entrevista com Gustavo Ribas Netto - Presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa/PR sobre o Acompanhamento de Safra da Soja

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Apesar das preocupações iniciais com as chuvas excessivas, os produtores rurais de Ponta Grossa (PR) têm conseguido evoluir com o plantio da soja da safra 2018/19. Até o momento, cerca de 55% da área prevista para essa temporada, de pouco mais de 575 mil hectares, foi cultivada, segundo último levantamento divulgado pelo Deral (Departamento de Economia Rural).

A expectativa é que os trabalhos nos campos sejam finalizados até o final do mês de novembro na região, dentro da melhor janela de cultivo para a oleaginosa. Paralelamente, os agricultores da localidade permanecem preocupados com os preços e a comercialização da soja.

"A comercialização está fraca, já que a insegurança continua. Com os atuais patamares de preços fica inviável ao produtor negociar o produto", reforça o presidente do Sindicato Rural do município, Gustavo Ribas.

Isso porque, no momento da compra dos insumos o dólar estava acima de R$ 4,00, fator que encareceu os custos de produção. "Chegamos a travar a soja até a R$ 90,00 a saca, mas agora os valores de referência estão entre R$ 75,00 a R$ 76,00 a saca. A conta não fecha, apesar de uma previsão de ano bom na produtividade", completa a liderança.

Feijão 1ª safra

Na região, o plantio do feijão primeira safra já foi finalizado e os produtores estão atentos ao clima. "Com o excesso de precipitações, as plantas não estão uniformes e precisaremos acompanhar o comportamento do clima para saber se teremos uma perda maior ou menor na cultura", afirma Ribas.

No caso do feijão, o preço também preocupa os produtores. A saca é cotada ao redor de R$ 100,00, mas como não há produto para negociar, o valor acaba sendo apenas uma referência. "É preciso que haja uma garantia de política mais ampla de preço mínimo para assegurar o produto mais barato para a população e preços aos produtores", completa o presidente.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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