Ciclo de alta da soja deve se consolidar a partir de 2020 com mercado repercutindo redução da oferta americana nos próximos anos

Publicado em 13/09/2019 17:52
Marcos Araújo - Analista da Agrinvest
Atuais patamares de preços garantem boa margem nos negócios para a safra nova do Brasil

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Entrevista com Marcos Araújo - Analista da Agrinvest sobre o Fechamento de Mercado da Soja

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O mercado da soja desta sexta-feira (13) fechou com altas de 2 a 3 pontos nos principais vencimentos, ainda repercutindo a trégua da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. De acordo com Marcos Araújo, analista da Agrinvest, além do adiamento de taxas tarifárias entre os dois países, novas compras de soja americana por parte da China foram confirmadas, o que animou o mercado.

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O analista diz que a China voltar a negociar com Estados Unidos é uma necessidade para atender sua demanda, ainda mais em um momento em que os estoques brasileiros para exportação estão chegando ao seu limite de capacidade. Além disso, haverá uma lacuna entre o fim de 2019 e início de 2020 em que o Brasil estará sem soja disponível para o mercado externo.

Por outro lado, os Estados Unidos finalizou seu ano comercial 18/19 com estoques finais de 27 milhões de toneladas. De acordo com cálculos feitos por Araújo, se o cenário de demanda continuar positivo, para o fim do ano comercial americano em agosto de 2020, os estoques finais devem cair para 17 milhões de toneladas. Nesse mesmo raciocínio, ao final do ano comercial 20/21, os estoques devem ficar abaixo de 5 milhões de toneladas. Isso ocorrerá por uma preferência do produtor americano em cultivar o milho no lugar da soja, o que iniciará um novo ciclo de alta para a oleaginosa caso a projeção se confirme.

Para a safra brasileira do ano que vem, o Brasil deve produzir 123 milhões de toneladas de soja. O analista estima que na proxima safra, o país exporte cerca de 80 milhões de toneladas e que a alta demanda fortaleça os prêmios. Já para o milho, a expectativa é que a próxima safra verão produza 26 milhões de toneladas e a safrinha 74,5 milhões de toneladas. Levando em consideração que o consumo interno deva ser de 66 milhões de toneladas e sejam exportados 38 milhões de toneladas, pode haver falta de milho principalmente entre os meses de fevereiro a abril de 2020.

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Por:
Aleksander Horta e Ericson Cunha
Fonte:
Notícias Agrícolas

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