Cenários para os preços da soja em 2021 no Brasil dão indicações de que será mais um ano de boa rentabilidade para o produtor

Publicado em 22/07/2020 17:19 e atualizado em 22/07/2020 18:09
Ênio Fernandes - Consultor em Agronegócio da Terra Agronegócios
Mercado climático nos EUA começa a perder força e sem mudanças efetivas no clima nos próximos 15 dias, safra americana vai se consolidando

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Entrevista com Ênio Fernandes - Consultor em Agronegócio da Terra Agronegócios sobre o Fechamento de Mercado da Soja

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O mercado da soja operou durante quase todo o pregão na Bolsa de Chicago em campo negativo, mas conseguiu retomar pequenos ganhos e encerrar a quarta-feira (22) do lado positivo da tabela. Os futuros da oleaginosa terminaram o dia com ganhos de 2 a 3 pontos nos principais contratos, levando o agosto a US$ 8,99 e o novembro a US$ 8,95 por bushel. 

"Essas altas são importantes porque mantêm os preços, que trabalharam em queda durante o dia, próximos dos US$ 9,00 por bushel", explica o consultor em agronegócios Ênio Fernandes, da Terra Agronegócios em entrevista ao Notícias Agrícolas. 

O mercado, mais uma vez, recebeu bem o anúncio de fortes vendas de soja dos EUA para a China e mais destinos nesta quarta-feira, o que acabou por neutralizar, ao menos em partes, a pressão trazida pelo acirramento das tensões entre os dois países. As notícias são do fechamento de uma embaixada americana na China e de uma chinesa nos EUA, o que sinaliza que qualquer avanço em acordos estão bastante distantes. 

De acordo com o informe, os EUA venderam 453 mil toneladas da oleaginosa para a nação asiática, sendo 66 mil da safra 2019/20 e 387 mil da safra 2020/21. Há ainda o reporte de 262 mil toneladas também para a China, da safra nova. 

Uma outra venda de 211,3 mil toneladas de soja para destinos não reveladas também veio no anúncio diário, e todo o volume refere-se à nova temporada. 

Com as operações desta quarta, o total de soja vendida dos EUA para a China e mais destinos - que o mercado especula ser o país asiático - passam de 1,3 milhão de toneladas, confirmando a presença mais frequente no mercado norte-americano. 

"Mais importante do que essa venda é a curva, que mostra a solidez da demanda chinesa", diz Fernandes. No entanto, o consultor afirma ainda que a China não deverá se posicionar na ponta compradora de forma tão incisiva, mas comprando só o necessário até que chegue a nova oferta brasileira. 

No paralelo, a oferta também continua sendo monitorada, com o mercado climático dos EUA, aos poucos, perdendo a importância diante de condições favoráveis para o desenvolvimento das lavouras. 

MERCADO BRASILEIRO

No Brasil, a soja que ainda resta da safra velha para ser negociada continua sendo bastante disputada, com tanto a exportação, quanto a demanda interna seguem dando boas margens de remuneração. "As duas pontas estão ofertando margem, com um volume disponível muito pequeno", explica. 

Da mesma forma, Fernandes afirma também que para 2021 as perspectivas são bastante positivas para os preços da oleaginosa brasileira, que já tem entre 40% e 50% da nova safra vendida. Ou seja, ao chegar efetivamente no mercado, a nova oferta brasileira disponível para a comercialização e novos negócios será menor. 

 

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Por:
Aleksander Horta e Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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