Números do USDA pressionaram commodities em Chicago; soja teve pressão adicional da ausência da China
Números do USDA pressionaram commodities em Chicago; soja teve pressão adicional da ausência da China
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Os preços da soja fecharam o pregão desta terça-feira em baixa na Bolsa de Chicago, intensificando as perdas ao longo do dia, sentindo a pressão adicional do relatório dos estoques trimestrais norte-americanos que foi reportado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) hoje.
A baixa na soja acompanhou as perdas agressivas sentidas pelo milho e pelo trigo - os quais terminaram o dia perdendo mais de 1% - com os estoques do grão tendo vindo acima das expectativas do mercado. As perdas entre os principais contratos foram de 9,50 a 10 pontos, levando o o janeiro a US$ 10,20 e o maio a US$ 10,49 por bushel.
Além disso, o mercado segue pressionado também por seus fundamentos já conhecidos. A colheita avança nos EUA e o plantio evolui no Brasil e se mostra acima do mesmo período do ano passado, e estes são os dois fatores que exigem maior atenção neste momento.
Do mesmo modo, a ausência da demanda chinesa no mercado dos EUA continua também a ser um peso sobre Chicago, e as sinalizações ainda não indicam a possibilidade da nação asiática voltar a fazer suas compras nos EUA nas próximas semanas e com ainda as tarifas em curso.
"Primeiro, temos que olhar para a China realmente, que está bem coberta com a América do Sul nestes últimos tempos, inclusive pela Argentina nestes últimos dias, e até o final de novembro, possivelmente, a China já esteja coberta com soja", explica Yedda Monteiro, analista de inteligência e estratégia da Biond Agro.
Ela complementa dizendo que entre os fundamentos ainda não há fatores que possam promover uma recuperação dos preços, porém, isso não quer dizer que não há oportunidades no horizonte do mercado. O início do plantio no Brasil ainda traz muitas incertezas e pode ainda mexer com o comportamento das cotações, bem como um acordo entre China e EUA, caso seja firmado, também poderia mudar o rumo dos futuros na CBOT.
No mercado brasileiro, os preços têm ainda sendo pressionados por Chicago e pelo dólar em baixa, mas os prêmios continuam sendo o principal pilar de suporte para as referências. A preocupação ainda está sobre as vendas da safra 2025/26, que seguem ainda lentas e atrasadas em relação aos últimos anos.
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