Apesar do maior volume de moagem de cana-de-açúcar em relação ao ano passado, produtividade é menor por causa da ATR

Publicado em 24/11/2015 12:15
Apesar do maior volume de moagem de cana-de-açúcar em relação ao ano passado, produtividade é menor por causa da ATR

Apesar do relatório da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) apontam um aumento de 10,71% no volume cana-de-açúcar processado no Centro-Sul na primeira quinzena de novembro em comparação ao mesmo período de 2014, a produtividade tem sido menor nesta safra por conta do ATR (Açúcar Total Recuperável).

O analista da FCStone, João Paulo Botelho, apontou a alta umidade como o principal fator que influenciou no índice do ATR nesta temporada, e que tem diminuir as perspectivas de moagem total na safra.

Segundo levantamento da Unica, a moagem reduziu em 33% na primeira quinzena de novembro na comparação com a segunda quinzena de outubro, por conta das chuvas. Com isso, a expectativa é que "muitas usinas terão uma safra mais longa que no ano passado, principalmente nos estados de São Paulo e Paraná", explica Botelho.

Diante desse cenário, as projeções apontam para uma safra maior em volume, mas com a ATR total menos expressivo neste percentual. Botelho destaque que concentração de açúcares na safra 2015/16 está 2,8% abaixo da média na comparação com 2014/15.

De acordo com a União a produção total de etanol na primeira metade do mês foi de 1,19 bilhão de litros, ante 1,84 bilhão no período imediatamente anterior. Já a produção de açúcar no início deste mês atingiu 1,2 milhão de toneladas, ante 2,17 milhões na segunda metade de outubro.

Mercado

O açúcar bruto vem contrariando a tendência de queda das commodities apresentando valorização desde o final de agosto. Na bolsa de Nova York os contratos futuros encerraram em alta na segunda-feira (23), sendo cotado a US$ 15,41 por libra-peso, já o açúcar branco fechou a 413,4 dólares por tonelada.

Para as cotações em reais a valorização é uma das maiores desde 2011. Segundo Botelho "um dos motivos para essas altas foi esse aumento das chuvas para o sul o Brasil - que dificultou a produção - e, também o grande foco que as usinas têm dado a produção de etanol", ressalta.

Além disso, o fenômeno climático El Niño deve continuar trazendo chuvas às regiões produtores, por isso a expectativa do analista é que os preços estendam esse movimento de alta também em 2016.

"No caso do etanol, está começando a entressafra no Centro-Sul, com isso o preço também tende a subir', considera Botelho.

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Por:
Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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