Com preços internacionais do açúcar em alta, Brasil registra cotações recordes acima de R$1.500,00/tonelada em julho
As incertezas sobre a interferência climática na safra brasileira e os entraves produtivos na Índia continuam a favorecer os contratos futuros de açúcar na bolsa de Nova York (ICE Futures US).
Refletindo o déficit global nas safras 2015/16 e 2016/17, desde o início do ano a cotação em NY saiu de US$ 15 cents/lb para ser negociado a US$ 21 cents/lb.
Ao contrário de outros produtos, os preços internacionais do cristal conseguiram superar a queda do dólar nos últimos meses. "Com isso, chegamos a registrar recordes acima de R$ 1.500,00 a tonelada no preço do açúcar no início de julho", explica o analista da FCStone, João Paulo Botelho.
E a boa rentabilidade do açúcar já tem alterado o comportamento das usinas brasileiras. Dados mais recentes da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) mostram que 47,1% da cana moagem no Centro-sul foi destinada a produção do adoçante natural.
Apesar do bom cenário, no curto prazo, Botelho acredita que as cotações já alcançaram um teto, mesmo porque, no Brasil o clima tem favorecido os trabalhos de campo em todo o Centro-Sul.
No longo prazo Botelho diz ser importante acompanhar os eventos de clima e demanda, que poderão promover novas altas na bolsa. "Na próxima safra alguns países devem ter recuperação na produção, mas ainda assim, os principais países da Ásia ainda tem muita incerteza quanto a produção", explica.
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