Café: O contrato da Bolsa de Nova York encerrou as operações com alta de 95 pontos

Publicado em 21/06/2013 18:27

Na última terça-feira, 18 de junho, o CMN - Conselho Monetário Nacional, através do voto agrícola nº 5 (a íntegra do voto pode ser acessada através de link na seção Extra de nosso site) definiu a distribuição dos recursos do FUNCAFÉ - Fundo de Defesa da Economia Cafeeira para a safra 2013. O valor total a ser distribuído é de R$ 3,160 bilhões. É o maior orçamento liberado pelo FUNCAFÉ até hoje e atenderá a todos os elos da cadeia produtiva. Pela primeira vez as cooperativas de produção são incluídas no orçamento através da linha de capital de giro.

O anúncio oficial da distribuição de recursos do FUNCAFÉ, que abre a possibilidade de retirada de até 10 milhões de sacas de café do mercado, foi ignorado pelos operadores.

Muitos cafeicultores também não se mostraram animados com a divulgação. A razão é que sem a certeza da realização de leilões de opções de venda ao governo federal, que poderia dar um norte ao mercado e uma possibilidade mais consistente dos preços reagirem, cresce a insegurança em tomar dinheiro das linhas do FUNCAFÉ para estocagem, mesmo a juros favoráveis.

Lastreados nas estimativas de safra e estoques brasileiros divulgados pelo USDA –Departamento de Agricultura dos EUA e não considerando os números de safra do governo brasileiro e o anúncio da distribuição de recursos do FUNCAFÉ, os operadores internacionais continuaram derrubando o mercado esta semana. Contribuiu com a queda a recuperação da economia americana e a perspectiva de fim dos estímulos monetários nos EUA. A consequente valorização do dólar nesse quadro levou fundos de investimento a liquidar posições de compra em todo o mercado de commodities. Nas agrícolas, as “softs” commodities, o café entre elas, foram as mais afetadas. O clima tenso e os protestos em todo o Brasil também pesaram no cenário dos negócios de café.

Merece registro o fato da Bolsa de Nova Iorque (ICE Futures US), na última terça-feira, dia 18, ter certificado os primeiros cafés do Brasil. Foram 320 sacas de 60 kg, depositadas em armazém de Nova Iorque. É um lote pequeno e deve ser um teste sobre os critérios de classificação que serão adotados, pois nas cotações atuais não é bom negócio entregar café brasileiro certificado na Bolsa de Nova Iorque.

Demorou para vencer as barreiras no Brasil e dentro da ICE, mas finalmente aconteceu e é um fato importante. Com o tempo, poderá se tornar mais um mercado para o café brasileiro (teremos de trabalhar por um deságio menor). Em nossa opinião, nos primeiros anos o ganho maior será de imagem junto aos traders e consumidores do hemisfério norte.

A “Green Coffee Association" divulgou que os estoques americanos de café verde totalizaram 5.147.916 em 31 de maio de 2013. Um aumento de 280.239 sacas em relação às 4.867.677 sacas existentes em 30 de abril de 2013.

Até o dia 20, os embarques de junho estavam em 839.013 sacas de café arábica e 71.293 sacas de café conillon, somando 910.306 sacas de café verde, mais 47.918 sacas de café solúvel, contra 913.694 sacas no mesmo dia de maio. Até o dia 20, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em junho totalizavam 1.705.860 sacas, contra 1.589.301 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 14, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 21, caiu nos contratos para entrega em setembro próximo, 450 pontos ou US$ 5,95 (R$ 13,37) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em setembro próximo na ICE fecharam no dia 14 a R$ 350,94 /saca e hoje, dia 21 a R$ 354,28 saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em setembro, a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 95 pontos.

No mercado calmo de hoje, são as seguintes cotações nominais por saca, para os cafés verdes, do tipo 6 para melhor, safra 2012/2013, condição porta de armazém:

R$300/310,00 - CEREJA DESCASCADO – (CD), BEM PREPARADO.
R$300/310,00 - FINOS A EXTRAFINOS – MOGIANA E MINAS.
R$290/295,00 - BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS.
R$280/285,00 - DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS.
R$275/280,00 - RIADOS.
R$270/275,00 - RIO.
R$265/270,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA.
R$260/265,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADAS.

                                                  DÓLAR COMERCIAL DE SEXTA-FEIRA: R$ 2,2450 PARA COMPRA.    

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Fonte:
Escritório Carvalhaes

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