Café: Balanço semanal em NY fecha em alta, após cinco semanas de queda; preços no Brasil reagem

Publicado em 21/03/2015 07:00
Nos oito primeiros meses do ano safra 2014/2015, de primeiro de julho de 2014 a 28 de fevereiro de 2015, O Brasil embarcou 24,563 milhões de sacas de café (média de 3,07 milhões por mês) e consumiu 13,334 milhões de sacas de café (baseado em um consumo anual de 20 milhões de sacas). Portanto nestes primeiros oito meses usamos 37,9 milhões de sacas para atender nossas necessidades de exportação e consumo. Nos quatro últimos meses do ano safra, precisaremos de mais 6,7 milhões de sacas para atender o consumo interno e, se admitirmos um embarque médio mensal de 2,6 milhões de sacas, mais 10,4 milhões para completarmos nossas exportações. No final de junho próximo, quando termina o ano safra 2014/2015, teremos usado 55 milhões de sacas. É um volume bem maior que a mais otimista das previsões de safra 2014/2015. Só conseguiremos esse desempenho lançando mão de cafés remanescentes de safras passadas. 
 
Para nossos compromissos no próximo ano safra 2015/2016, que começa em primeiro de julho próximo, mesmo que o Brasil embarque menos café, no mercado alguns operadores arriscam 33 milhões de sacas, e o consumo interno permaneça no mesmo patamar de 2014, precisaremos de mais aproximadamente 53 milhões de sacas. Não nos lembramos de quadro igual a este. As contas não fecham mesmo com números de produção na safra 2015/2016 acima dos estimados primeiro pela CONAB, e na semana passada pelos agrônomos da Fundação Procafé. 
 
Depois de cinco semanas consecutivas fechando o balanço semanal em baixa, as cotações do café em Nova Iorque, na ICE Futures US, trabalharam esta semana em alta, impulsionadas pela recompra de posições por fundos e especuladores. Ajudados também pela valorização do dólar frente ao real em decorrência da crise política e econômica no Brasil, os preços no mercado físico brasileiro reagiram, principalmente para os lotes de café arábica de boa qualidade a finos, movimentando os negócios e aumentando o volume de vendas. 
 
Operadores bem informados parecem assustados com a rápida queda dos estoques de café nos armazéns brasileiros.
 
Hoje com a realização de lucros por parte de alguns grupos, os contratos em Nova Iorque fecharam em ligeira baixa. Depois da forte alta de ontem, a cotação do dólar frente ao real recuou, perdendo parte da alta do mês. No físico brasileiro os compradores diminuíram o valor de suas ofertas levando os vendedores a recuarem, paralisando os negócios. 
 
A "Green Coffee Association" divulgou que os estoques americanos de café verde totalizaram 5.151.552 em 28 de fevereiro de 2015. Uma baixa de 156.448 sacas em relação às 5.308.000 sacas existentes em 31 de janeiro de 2015.
 
Até o dia 19, os embarques de março estavam em 1.361.636 sacas de café arábica, 151.620 sacas de café conillon, mais 129.717 sacas de café solúvel, totalizando 1.642.973 sacas embarcadas, contra 1.504.704 sacas no mesmo dia de fevereiro. Até o dia 19, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em março totalizavam 1.962.391 sacas, contra 1.862.289 sacas no mesmo dia do mês anterior.
 
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 13, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 20, subiu nos contratos para entrega em maio próximo, 1355 pontos ou US$ 17,92 (R$ 57,61) por saca. Em reais, as cotações para entrega em maio próximo na ICE fecharam no dia 13 a R$ 558,71 por saca e hoje, dia 20, a R$ 609,64 por saca.
 
Hoje, nos contratos para entrega em maio a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 80 pontos. 
 
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Fonte:
Escritório Carvalhaes

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