Café: Clima estimulou cotações em NY e o mercado físico teve preços melhores e negócios

Publicado em 09/06/2017 19:51
A informação divulgada no dia 5, início desta semana, sobre a primeira frente fria do ano - com potencial de causar danos a cafezais brasileiros - subindo do sul do Brasil e chegando aos cafezais do sudeste neste final de semana, com chuvas e temperaturas baixas, ajudou a interromper uma série de quatro semanas de perdas nos contratos de café da ICE Futures US em Nova Iorque. A notícia interrompeu a queda, mas não impulsionou as cotações na ICE. Os contratos com vencimento em julho próximo somaram apenas 100 pontos de alta no período. 

Antes da entrada do inverno brasileiro, a primeira frente fria mais forte que sobe acaba sempre por servir de alerta aos operadores de mercado. Ainda mais em um ano como este em que pela primeira vez zeramos os estoques públicos de café e os que ainda restam em mãos da iniciativa privada serão usados, em sua maior parte, para suprir nosso consumo interno (precisamos de aproximadamente 1,7 milhão de sacas por mês) e os embarques finais do ano safra brasileiro 2016/2017 (que se encerra em 30 de junho próximo). 

A séria crise política e econômica brasileira também contribui com a pouca disposição de um grande número de cafeicultores em vender café nos preços atualmente oferecidos pelos compradores. Consideram esses preços abaixo do mínimo razoável, não confiam no quadro político e econômico e, portanto vendem apenas o necessário para cumprir os compromissos mais próximos. 

O anúncio da frente fria estimulou os compradores a melhorarem suas ofertas no mercado físico brasileiro e o volume de negócios fechados cresceu um pouco em relação às últimas semanas. 

Segundo a ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café o consumo brasileiro de café “gourmet” continua em alta e este ano deverá crescer até 7%, chegando a 800 mil sacas anuais. O mercado brasileiro de café em cápsulas deve crescer 24% este ano segundo pesquisa da Euromonitor (veja mais informações em nosso site). 

O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil informou que no último mês de maio foram embarcadas 2 437 823 sacas de 60 kg de café, aproximadamente 4 % (91 219 sacas) menos que no mesmo mês de 2016 e 10 % (220 989 sacas) mais que no último mês de abril. Foram 2 189 557 sacas de café arábica e 19 559 sacas de café conillon, totalizando 2 209 116 sacas de café verde, que somadas a 227 899 sacas de solúvel e 808 sacas de torrado, totalizaram 2.437 823 sacas de café embarcadas. 

Até dia 6, os embarques de junho estavam em 103.117 sacas de café arábica, mais 21.382 sacas de café solúvel, totalizando 124.499 sacas embarcadas, contra 159.715 sacas no mesmo dia de maio. Até o mesmo dia 6, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em maio totalizavam 417.848 sacas, contra 344.345 sacas no mesmo dia do mês anterior. 

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 2, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 9, subiu nos contratos para entrega em julho próximo 100 pontos ou US$ 1,32 (R$ 4,33) por saca. Em reais, as cotações para entrega em julho próximo na ICE fecharam no dia 2 a R$ 539,75 por saca, e hoje dia 9, a R$ 549,24 por saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em julho a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 20 pontos.

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Fonte:
Escritório Carvalhaes

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