Pressão de baixa continua no mercado do leite, aponta Scot Consultoria
Mais um mês de queda no preço do leite pago ao produtor. Segundo levantamento da Scot Consultoria, considerando a média nacional, houve recuo de 1,6% na comparação mensal.
O recuo foi menor comparativamente com os meses anteriores, mas o cenário ainda é de pressão de baixa.
O produtor recebeu R$1,041 por litro, sem o frete, 8,2% menos que no mesmo período do ano passado.
A demanda não melhorou. A tentativa de aumentar os preços no atacado para melhorar a margem das indústrias não deu certo e as cotações dos lácteos e do leite longa vida voltaram a cair em novembro.
Do lado da produção, houve queda nos volumes captados no Sul do país e na região Nordeste, mas os incrementos no Brasil Central e região Sudeste compensaram e a média nacional aumentou 1,1% em outubro, em relação a setembro deste ano, segundo o Índice Scot Consultoria de Captação de Leite.
Para novembro, os dados parciais apontam para alta de 0,9%, na comparação mensal.
O pico de produção está previsto para dezembro/17 em importantes bacias leiteiras, como São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
No Sul do país, a captação deverá seguir entre estável e queda nos próximos meses. Este cenário de oferta mais ajustado no Sul deverá ajudar a diminuir, em parte, a pressão de baixa no mercado do leite, mas o viés ainda é de baixa para dezembro/17, com previsão de manutenção dos preços ao produtor em janeiro/18.
Para o pagamento a ser realizado em dezembro (produção de novembro), 62,0% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em manutenção dos preços do leite ao produtor, 30,0% falam em queda e os 8,0% restantes acreditam em alta nos preços do leite.
Para janeiro de 2018, o tom do mercado é de estabilidade, com alguns laticínios apontando para ligeiras altas para o produtor. Uma reação nas cotações do leite ao produtor está prevista para a partir do pagamento de fevereiro de 2018.
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