Fala Produtor

  • HAROLDO FAGANELLO Dourados - MS 05/01/2014 23:00

    Meus amigos produtores do Notícias Agrícolas, nessa entrevista feliz do Cardeal Bergoglio, quando ainda não era PAPA, vemos a prova cabal de como pensa na verdade a Igreja Católica e a maioria de seus Bispos - porque seguem à risca os ensinamentos e as doutrinas do PAPA - sobre, por exemplo, o PT e o governo brasileiro atual que segue a cartilha de Fidel.

    Fica claro também, o que diria nosso PAPA, sobre os desmandos da FUNAI, CIMI, CNBB, ETC... sobre a questão indígena no Brasil. Portanto, se cuidem CNBB E CIMI...O PAPA NÃO COMPARTILHA E NEM TOLERA O COMUNISMO DISFARÇADO DE SOCIALISMO....

    Espantoso é como essa matéria nos arremete de imediato ao modo de agir do governo petista no Brasil!!!

    Comentário referente a notícia: [b]"Tiro pela Culatra", sobre entrevista com Cardeal Bergoglio (antes de ser ordenado Papa)[/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=133257

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  • HAROLDO FAGANELLO Dourados - MS 05/01/2014 23:00

    Caro Heber Rogerio Gracio, na minha humilde maneira de pensar não podemos condenar nossos antepassados colonizadores e agricultores porque aquela era a maneira de pensar da época. Para julgar o passado temos que sair do presente e nos colocar no passado. A agricultura que precisa produzir altos volumes de alimento em cada vez menos terra, para matar a fome do mundo, se orgulha de seus acertos e vem corrigindo seus erros paulatinamente para se adequar as exigências das ciências modernas e dos anseios da humanidade.

    Porém, não concordamos que os agricultores de hoje, que pagaram por um bem de produção, a terra, desenvolvem suas atividades dentro da legalidade; hoje se cumpre legislações ambientais em relação a defensivos, fauna e flora, (o produtor não é mais um predador, hoje ele zela pela terra), seja despejado de suas terras como se fosse um intruso.

    Entendemos que os indígenas tem seus direitos conquistados, mas entendemos tambám que não é tudo isso não, que as interpretações da funai, cimi, ministerio da justiça, Gilberto Carvalho, Paulo Maldos, sobre a constituição estão equivocadas. Assim vamos lutar dentro da lei, para tirar das mãos da Funai essa prerrogativa de demarcar sozinha, fazer uma cpi para punir os exageros cometidos, inclusive por não cuidar dos indígenas como se deveria....resumindo, não concordamos com a política indigenista no Brasil e vamos mudá-la sim dentro da lei e da democracia....Tiramos as ideologias do centro da questão e as coisas se resolvem facilmente.

    Comentário referente a notícia: [b][/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=133056

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  • alexsandro peixoto leopoldino Canarana - MT 05/01/2014 23:00

    NO BRASIL PERDOA-SE TUDO.... MENOS O SUCESSO.

    PARTINDO DO PRESSUPOSTO QUE ESSA OU AQUELA 'PORÇÃO DE TERRA' É DE FATO INDÍGENA........................

    ENTÃO....................

    QUAL PEDAÇO DO BRASIL NÃO É TERRA INDÍGENA?

    IMAGINE SALVADOR? RIO DE JANEIRO? RECEBENDO TURISTAS BRASILEIROS OU ESTRANGEIROS E TENDO QUE PAGAR PEDÁGIOS, COMO É FEITO PRA SE VISITAR O PRISÃO DE ALCATRAZ OU O GRAND CANYON, NOS ESTADOS UNIDOS...

    SOU GOIANO E TENHO AMIGOS QUE MORAM PRÓXIMO AO DISTRITO FEDERAL, E EM SUAS PROPRIEDADES RURAIS, SÃO COMUM ENCONTRAR RESTOS DE CERÂMICA, COMPROVANDO QUE ALI TAMBÉM FOI OCUPADO POR COMUNIDADES INDÍGENAS...

    IMAGINE, NOSSOS REPRESENTANTES AO ''VISITAREM BRASÍLIA'', SERÃO OBRIGADOS A PAGAREM PELA PERMISSÃO DE INGRESSO?

    E NOSSOS ''PRECÁRIOS'' PORTOS, TAMBÉM SERÃO PROPRIEDADES DAS COMUNIDADES INDÍGENAS?

    E, PRA FINALIZAR, QUAL A PORCENTAGEM MÍNIMA DE GENÉTICA INDÍGENA, NECESSÁRIA PARA QUE EU TAMBÉM TENHA DIREITOS??

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  • Lino Gaspar Rocha Aguiar Rio Paranaíba - MG 05/01/2014 23:00

    Nota de apoio a posição de Edwar Luz e repudio à posição dos antropólogos da Universidade Federal de Tocantins. Senhores Odajr Geraldin, Heber Gracio, André Demardi, Odilon Moarais, Rejare Pinheiro e Suiá Omim.

    1. O povo brasileiro possui : cultura , DNA, culinária, língua ,a herança indígena - e isso é conquista única que é um orgulho para nós.

    2. Acolhemos todos os povos desertados do mundo, judeus, árabes, europeus e asiáticos e africanos, que juntamente com os nativos, todos se fundiram num só povo. Isto é a grande nação brasileira e isto é bom. vide Gilberto Freyre - Casa Grande & Senzala.

    3. O Brasil, realmente, tem uma dívida com os nossos índios, e temos que reparar, mas é com saúde, alimentação, energia elétrica, ensino e não deixando-os como eles viviam há 500 anos atrás. (os próprios índios não querem isto);

    4. Criar grupos étnicos no Brasil é deixar vulnerável a interesses internacionais e isto é perigoso.

    5. Os Senhores antropólogos da UF de Tocantis, estão cometendo um crime lesa pátria, com conivência de ongs, que o próprio nome ongs já é uma mentira, pois se trata de apoio dos países ricos contra a nossa soberania nacional.

    Mais cedo ou mais tarde a verdade prevalecerá.

    Conclamo novamente, os grupos étnicos, que vencemos a maior potencia do munda da época a expulsarem os Holandeses, que aí sim, se estes "donos do mundo" tivessem vencido, cometeriam um genocídio no solo sagrado do Brasil (dizimando os índios como o fizeram nas suas colonias.

    Pois bem que estes, hoje grupos étnicos, que formaram o povo brasileiro, expulsem as mesmas ongs holandesas, que vem aqui nos ensinar e lá no seu país, cometem aborto, eutanásia e atendam contra a nossa formação étnica. VIVA O BRASIL, VIVA O POVO BRASILEIRO, VIVA O DIREITO DE VIVER COM O SUOR DO SEU ROSTO E APROPRIAR DAS NOSSAS RIQUEZAS.

    Comentário referente a notícia: [b]ÍNDIOS poderão tudo... ATÉ O DIA EM QUE A SOCIEDADE DIZER, CHEGA!!![/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=133056

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  • Telmo Heinen Formosa - GO 05/01/2014 23:00

    Se o processo desta reserva iniciou-se ainda no tempo do FHC, porque NUNCA as nossas entidades fizeram nada antes?

    Triste mesmo, ver mais uma vez nossa turma chorar apenas quando o leite já está derramado.

    Comentário referente a notícia: [b]Na Folha: Kátia Abreu rebate Paulo Maldos, que acusou lavradores do Maranhão de plantarem maconha[/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=133259

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  • LUIZ CARLOS SOBRINHO Aparecida de Goiânia - GO 05/01/2014 23:00

    - Já sabia do resultado desta situação. E tenho certeza que 33 índios é pouco para muita terra.

    - Na verdade daqui a 05 a 10 anos vamos conhecer os verdadeiros responsáveis por esta desapropriação.

    - Na hora de colocar as minas de ouro e outras riquezas em atividade é só aguardar.

    - Este Brasil precisa mudar e criar um partido novo.

    - Precisamos criar uma lei para proibir reeleição para vereador, deputados estaduais, dep. federais, governadores e presidentes.

    - Precisamos inovar e criar um pais melhor com novos valores.

    Comentário referente a notícia: [b]Na Folha: Kátia Abreu rebate Paulo Maldos, que acusou lavradores do Maranhão de plantarem maconha[/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=133259

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  • Telmo Heinen Formosa - GO 05/01/2014 23:00

    Deputado pediu para a FUNAI "baixar a bola" e olha a resposta do Pres. da FUNAI que disse numa Comissão na Câmara dos Deputados que não abaixará a cabeca para Coronel, nem deputado etc... Ouça:

    http://www.youtube.com/watch?v=ZG5fPwW65EM#t=0

    Comentário referente a notícia: [b]Voz do Brasil avisa que operação em S. João do Carú já começou[/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=133256

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  • Edmeu Levorato Uberaba - MG 05/01/2014 23:00

    Com todo respeito ao antropólogo Heber Rogério Gracio e outros - O que não compreendemos são as dimensões dos direitos indígenas e não os seus direitos. Enquanto um militante do MST revindica 10 ha de terras, 33 supostos índios recebem 160 mil ha. E se formos reparar todas as injustiças humanas, teremos que indenizar os povos escravizados pelos romanos, etc, etc.. Na época do descobrimento, a visão humanitária era outra, o que imperava era a força bruta e quem se opusesse, morria. Chamemos os Portugueses para reparar o morticínio indígena então. E as pessoas desalojadas irão para onde? Para a criminalidade, mendicância, etc. Bela justiça.

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  • Heber Rogerio Gracio Palmas - TO 05/01/2014 23:00

    Senhor Edson, conforme denunciamos, uma das principais estratégias usadas por quem defende posturas como a assumida pelo senhor é negar os fatos históricos. O senhor alega que os antropólogos fajutos roubam terras dos agricultores. O senhor só não lembra que essas terras já tinham donos muito antes dos colonizadores chegarem. Outro detalhe. O senhor também usa uma estratégia bastante simplória e infeliz ao afirmar que são os antropólogos que tiram as terras dos agricultores. Para tratar desse assunto temos que ser honestos e sérios. Os procedimentos de regularização fundiária de terras indígena são atribuições da União e realizadas pelo Poder Executivo. Os direitos fundiários dos povos indígenas são estabelecidos pela Constituição Federal de 1988 e por tratados, acordo e convenções internacionais. Há outro ponto que é necessário comentar. A agricultura é uma prática milenar. Praticamente toda sociedade humana a pratica, inclusive os povos indígenas. Todavia, há uma diferença conceitual entre agricultor, aquele que exerce uma prática milenar, e uma nova modalidade de produtor que tem suas práticas ligadas à ação predatória de deletéria. O senhor poderia mostrar sua honestidade e apresentar aqui os dados relativos à degradação ambiental promovida pelo agronegócios? Por favor, evidencie sua seriedade e apresente os dados relativos à contaminação dos soles e das fontes de água pelo agrotóxico. E os dados sobre a grilagem de terras, por favor, nos apresente.

    Comentário referente a notícia: [b]ÍNDIOS poderão tudo... ATÉ O DIA EM QUE A SOCIEDADE DIZER, CHEGA!!![/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=133056

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC 04/01/2014 23:00

    Concordo com tudo o que o Papa disse nessa entrevista. Ele està absolutamente certo.

    Comentário referente a notícia: [b]"Tiro pela Culatra", sobre entrevista com Cardeal Bergoglio (antes de ser ordenado Papa)[/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=133257

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  • R L Guerrero Maringá - PR 04/01/2014 23:00

    Não faz sentido dizer que temos uma relação "colonial” com a China. A produção de soja requer muito mais tecnologia do que a maioria dos produtos industriais importados de lá. Afirmar isso é preconceito contra os agricultores.

    Comentário referente a notícia: [b]No Estadão: Chineses desistem de plantar e agora financiam e exportam soja brasileira[/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=133165

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  • Heber Rogerio Gracio Palmas - TO 04/01/2014 23:00

    Nota de repúdio às declarações de Edward Luz na reportagem “Índios poderão tudo até que a sociedade dizer chega”, publicada pelo referido autor no site “Notícias Agrícolas”: -- Antes de entrar no tema proposto pela reportagem acima, cabe resolver um equivoco que as manifestações do senhor Edward Luz têm gerado. A Antropologia é uma Ciência e como tal é desprovida, pelo menos em tese, de orientação ideológica ou comprometimento com demandas de povos e segmentos sociais específicos. Ou seja, o antropólogo não é formado para defender os povos originários ou qualquer outro segmento social. Ele é formado para produzir conhecimentos sobre as formas de viver em sociedades.

    As manifestações do senhor Edward Luz, propositalmente, simplificam e reduzem o campo de atuação dos antropólogos e atribuem a esses profissionais uma conduta norteada por motivações ideologias simplórias, guiada por princípios rasos e por interesses mesquinhos. O ponto central de nossas formações acadêmicas está direcionado para o que se convencionou chamar de diferença cultural. A antropologia produz conhecimentos cientificamente sistematizados sobre as distintas formas de organização social e sistemas culturais. No caso brasileiro, o exercício profissional dos antropólogos enquanto pesquisadores e produtores de conhecimento acadêmico e científico confere certa ênfase aos estudos dos povos originários. Mas é importante destacar que a antropologia brasileira é formada por vários campos de investigação e que a etnologia indígena é somente um dos seus ramos.

    Também é importante frisar que o antropólogo não opera somente no campo acadêmico. Atua nas mais diversas áreas onde o conhecimento antropológico é requisitado, entre elas, como enfatiza o senhor Edward Luz, na assessoria de comunidades e organizações indígenas. Todavia, temos antropólogos trabalhando em grandes corporações, em instituições públicas e com os mais diferentes temas.

    Implícita ou explicitamente nas alegações do senhor Edward Luz, está a ideia de que os antropólogos defendem os índios. Essa afirmação, embora não válida para todos os profissionais da área, tem um fundo de verdade e é guiada por fatores teóricos atinentes à Antropologia. No decorrer de nossas formações acadêmicas recebemos informações cientificamente respaldadas que nos mostram de forma muito clara as relações de poder que caracterizam as interações entre a sociedade nacional e os povos originários. Conhecemos os dados históricos que evidenciam como as populações que estavam na região hoje ocupada pelo Brasil foram massacradas. Lemos autores que nos mostram de forma muita clara e academicamente irrefutável qual é a natureza das relações que se estabeleceram entre os povos originários e os chamados colonizadores, mas que sempre agiram como conquistadores dos corpos, almas, terras e riquezas antes possuídas pelos povos indígenas.

    Também temos acesso a farta bibliografia que nos indicam e elucidam as diferenças culturais e sociais que caracterizam os povos originários. Nossa formação nos mostra como esses povos representam a profunda complexidade social e cultural dos seres humanos e o quanto essa diferença é essencial para compreender a real magnitude do que é o humano.

    Assim, quando se trata dos estudos antropológicos desenvolvidos atualmente junto aos povos originários, trabalhamos com dois eixos teóricos básicos: um que analisa a natureza das relações de poder que historicamente se estabeleceram entre povos colonizados (conquistados) e colonizadores (conquistadores) e o modo como essas relações repercutem nos dias atuais e, no segundo eixo, lidamos com o conceito de diferença cultural e social para compreender as sociedades originárias nos seus planos históricos, políticos, culturais e sociais.

    O sr. Edward Luz, por outro lado, nega as evidências históricas e a natureza das relações de poder que foram instituídas pelo processo de colonização e se perpetuaram ao longo do processo de contato entre os povos originários e a sociedade nacional. No mesmo sentido, ele nega a profundas diferenças culturais e sociais que caracterizam os povos originários. Seu projeto, conforme fica claro no final de seu texto, é claramente integracionista, ou seja, sua proposta consiste em fundir os povos originários e sociedade nacional em um só corpo, desconsiderando todas as diferenças culturais e sociais que os separa e também as diferenças agregados pelo processo histórico de contato. Sua proposta, nada mais é do que um retorno ao projeto dos governos militares para os povos indígenas que, por sua vez, nada mais foi do que uma adaptação ao contexto brasileiro do Evolucionismo Cultural, doutrina travestida de pensamento científico que preconizava no final do século XIX e início do XX que as diferenças entre as sociedades humanas eram somente o reflexo dos distintos níveis de evolução e aprimoramento em que cada uma delas se encontrava. Deve-se destacar que essa forma de pensamento foi banida da cena científica na década de 20 do século passado em decorrência de seu caráter etnocêntrico e de suas fragilidades, impertinência e equívocos teóricos.

    Com os esclarecimentos colocados acima pretendemos descolar a nossa prática profissional atual do nível mesquinho e raso no qual o senhor Edward Luz nos coloca. Agora vamos partir para algumas afirmações mais pontuais da reportagem propriamente dita.

    O senhor Edward afirma que o povo Xerente, apesar de não ter suas terras afetadas pela UHE Luis Eduardo Guimarães, recebeu farto recurso do empreendedor e que não soube aplicá-lo. A verdade honesta sobre esses fatos indicam que os Xerente tiverem sua subsistência afetada pela hidrelétrica. Eles tinham roça de vazante, plantavam nas áreas férteis deixadas pela cheias do rio Tocantins. Com a construção da UHE o regime hídrico do rio mudou e afetou diretamente o modo de subsistência dos Xerente. Para compensar esse dano inestimável, os empreendedores, em obediência à legislação brasileira, foram obrigados a custear programas de mitigação e compensação. Logo, ao contrário do que tenta afirmar o senhor Edward, não estamos lidando com índios que não sabem aproveitar os recursos dados pelos brancos empreendedores. Estamos falando de uma população que teve sua subsistência afetada por ações de segmentos específicos da sociedade nacional. Os Xerente não estão ganhando dinheiro, eles receberam uma compensação por danos profundos que a UHE provocou na sua subsistência.

    Análises mais honestas mostram que os programas propostos para compensar e mitigar os impactos gerados não conseguiram devolver aos Xerente as suas condições que a UHE lhes tirou. A leitura respeitosa dessa ocorrência indica que no lugar de simples e irresponsáveis exploradores, como pretende o senhor Edward, os Xerente foram, mais uma vez, vítimas de um processo desenvolvimentista que não lhes atende em nada e que afetou diretamente suas condições de sobrevivência. Tal processo, não custa lembrar, é provocado pelo próprio Estado brasileiro.

    Deve-se registrar que o entorno da Terra Indígena Xerente vem sendo paulatinamente ocupado por grandes empreendimentos, como plantio de soja e cana-de-açúcar pela empresa BUNGE, sem os devidos estudos de licenciamento e de impacto ambiental. Da mesma forma, a renovação da licença de funcionamento da UHE Luis Eduardo Magalhães foi emitida sem que novos estudos fossem realizados para verificar se os impactos provocados pela UHE haviam sido mitigados pelas ações realizadas nos primeiros dez anos, como estava previsto na primeira licença emitida no começo do funcionamento dela em 2001.

    Outra inverdade emitida pelo Sr. Edward Luz refere-se a informação de que o território indígena Xerente é ocupado somente por velhos e crianças em idade não produtiva e que a metade da população indígena já deixou a área para viver nas cidades mais próximas. Esta informação não corresponde a verdade pois a maioria da população continua vivendo nas aldeias e trabalhando em suas roças, na produção de artesanatos e realizando atividades produtivas de subsistência, pois a lógica de mercado não é seguida pela maioria dos Xerente, nem pela maioria dos povos indígenas que vivem no Brasil. E essa inverdade demonstra o desrespeito desse senhor para com o povo que o acolheu em seu período de trabalho de campo para a realização de sua dissertação de mestrado em Antropologia, título com o qual ele agora utiliza para tentar dar ares de notoriedade ao seu discurso. Se ele fosse minimamente sério, respeitaria o povo que o acolheu, de forma que somente os Xerente sabem acolher.

    O senhor Edward se aventura a emitir opinião sobre o processo de demarcação de Terras Indígenas. Cabe esclarecer que esse processo encontra lastro na Constituição Federal de 1988 e que o reconhecimento dos direitos fundiários dos povos originários remonta ao início do processo de colonização e formação do Brasil. Logo, as afirmações do senhor Edward assumem o tom de mera bravata quando deixa de considerar a real natureza desses procedimentos e dos direitos fundiários dos povos originários. Ao fazer isso, não reconhecendo que a Constituição é o marco maior do “contrato social” estabelecido no Brasil em 1988, o Sr. Edward Luz, junto com outros sujeitos e setores sociais no Brasil, esbarram na ilegalidade e na posição condenável de desrespeito às leis existentes.

    Uma análise séria, pode até concluir que os procedimentos de regularização fundiária do indigenato sejam soluções paliativas e incompletas para os problemas relativos aos embates entre povos indígenas e segmentos da sociedade nacional. Todavia, esses embates não serão resolvidos com a supressão dos direitos fundiários indígenas e com a inclusão dessas populações na lógica de mercado como parece indicar as críticas da reportagem acima. O reconhecimento dos direitos fundiários dos povos indígenas representa uma conquista histórica profundamente importante que foi decidida em fóruns altamente qualificados e que contaram com a presença marcante de grandes expoentes e lideranças dos povos originários.

    O Brasil de hoje vive um momento político intensamente desfavorável aos povos originários. Uma das principais estratégias políticas e ideológicas desse momento é a desconstrução da ideia de diferença cultural que esses povos representam. O senhor Edward limita a sua atuação profissional à criação de um discurso falso e frágil, voltado à legitimação de um processo político totalmente avesso ao respeito às particularidades sociais, culturais e históricas dos povos originários. A boa notícia é que outros tantos já tentaram atingir o mesmo objetivo e por pura falta de lastro não progrediram. A fragilidade das informações divulgadas acima indicam que a

    história do senhor Edward não será exceção. Trata-se de um profissional que recebeu formação teórica em uma grande universidade brasileira, mas isso não foi suficiente para desconstruir seu posicionamento ideológico e fundamentalista religioso que o leva para a discriminação e desrespeito às diferenças, contrariando toda a ética da profissão de antropólogo, o que levou à sua expulsão da Associação Brasileira de Antropologia. Seus argumentos são desprovidos das informações básicas e elementares para exercer sua profissão e são guiados por valores politicamente claudicantes e etnocêntricos.

    Assinam essa nota os antropólogos e professores da Universidade Federal do Tocantins:

    Odair Giraldin

    Heber Gracio

    André Demarchi

    Odilon Morais

    Reijane Pinheiro

    Suiá Omim

    Comentário referente a notícia: [b]ÍNDIOS poderão tudo... ATÉ O DIA EM QUE A SOCIEDADE DIZER, CHEGA!!![/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=133056

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  • Delismar Marques Pires Monte Carmelo - MG 04/01/2014 23:00

    Quanta decepção com a senadora Ana Amélia Lemos, eleita pelo Rio Grande do Sul mas que agora se vira a favor do governo para coibir as manifestações durante a copa do mundo... Ela se esqueceu que tanto manifestações como eleição fazem parte de um sistema democrático. Para mim ela é uma grande decepção.

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  • Silvio Marcos Altrão Nisizaki Coromandel - MG 04/01/2014 23:00

    Caro colega Victor Angelo, chegamos a um "denominador comum", nós cafeicultores estamos largados à própria sorte desde 2001 (alongamentos das dividas), depois disso nada mudou, o domínio do mercado continuou NAS MÃOS DAQUELES QUE DEVERIAM LUCRAR COM O SUCESSO DO CAFEICULTOR E NÃO COM SUA ESCRAVIDÃO... CARO VICTOR ANGELO, VAMOS ABRIR OS OLHOS, POIS AQUELES QUE SE DIZEM NOSSOS REPRESENTANTES, NA VERDADE SÃO VAGABUNDOS QUE NOS TRAEM SEM O MENOR PUDOR QUANDO ESTÃO LA EM BRASILIA DISCUTINDO NOSSA SITUAÇÃO.

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  • Alex Baum Montevidiu - GO 04/01/2014 23:00

    A propaganda superou o produto. Mentira tem perna curta. A conta está chegando. É sempre assim, fazem burrada e não assumem, agora querem encontrar um bode expiatório para colocar a culpa que é deles. IncomPTentes ! Mobilização é a solução !

    Comentário referente a notícia: [b]NO GLOBO: ‘O humor de Dilma’, por José Casado[/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=133258

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