Fala Produtor

  • Renato G. Ferreira Itajubá - MG 24/03/2009 00:00

    Esta seria uma pergunta ou uma indagação ao Jornalista João Batista Olivi: Agora pouco, ouvi o ministro da Justiça Tarso Genrro falando sobre a retirada dos arrozeiros da reserva indígena Serra do Sol, ele dizia que toda a mobilização necessária por parte do governo seria feito e os arrozeiros serão retirados utilizando-se todos os meios legais cabíveis..., que seja, afinal a questão foi julgada e decidido a favor da retirada... o que é estranho, é que para retirar os arrozeiros o governo prontamente se mobiliza, mas na hora de reintegrar posse em áreas invadidas ilegalmente pelos sem terra oque se vê é uma morosidade infinita... mas, não seriam ambas questões de justiça? Por quê então uma agilidade enorme no primeiro caso e lentidão ou mesmo falta de ação no segundo?

    0
  • Clovis Wazilewski santa cruz de la sierra - SC 24/03/2009 00:00

    Desirée Brandt: Na ultima vez em que pedi uma previsão foi sobre La Niña... Agora, aqui em Sta. Cruz, na Bolivia, estamos em tempos de colheita e a chuva não está deixando... tem partes que aqui na região de Santa Cruz que a soja está com perdas por excesso de umidade. Até quando vai a chuva? Em abril teremos uma folga para a colheita???. Obrigado; coord..16°26’ 99” S 63°28’ 44”

    0
  • Silvio Marcos Altrão Nisizaki Coromandel - MG 24/03/2009 00:00

    olá boa tarde amigos cafeicultores de todo o Brasil, estou hoje agradecendo ao espaço de ontem João Batista.

    João Batista gostaria de fazer aqui uma proposta para todos os cafeicultores deste meu Brasil, tivemos o SOS café em Varginha, algo espetacular o que mostra que podemos sim unir os cafeicultores e trabalhadores envolvidos no negócio café. Entretanto, acredito que a coisa esta esfriando pois nosso presidente e demais amigos do ministério da fazenda e agricultura estão preocupados com outras coisinhas como:

    Ministério da Fazenda e Casa civil que representa os interesses do LULA, estão preocupados em calar a boca do senhor delegado federal PRÓTOGENES, pois se ele abrir a boca acredito que a republicva cai!!!!

    O ministério da agricultura esta preocupadop com os frigoríficos e pecuaristas, que estão sem receber pelo produto que venderam.Alias, sou natural da cidade de Junqueirópolis -sp, la no interior se SP, divisa com o mato grosso do sul. Para quem não sabe o nosso Lulinha comprou algumas fazendinhas por la, coisa pequena, acredito que o amigo zeca do PT ajudou e muito, mas isso me leva a crer que a bola da vez é o BOI!!!

    Então nós cafeicultores não devemos deixar a sopa esfriar, proponho que montemos uma reunião entre lideres cafeicultores de cada cidade ou região, algo independente de sindicatos, politica e cooperartivas, não querendo revolucionar nada, mas sim colocarmos no papel e na pratica as açoes que devemos tomar se nada ocorrer em Brasilia com a Carta de varginha.

    Poderíamos tomar decisões em conjunto, tanto nós do cerrado, mogiana, sul de minas , espeirito santo, parana etc

    0
  • Renato Archile Martini Cascavel - PR 23/03/2009 00:00

    Conhecimento, fonte da liberdade - Amigos do Notícias Agrícolas, assisti à entrevista do Sr. Polan Lacki, onde ele fala sobre o conhecimento, ou melhor, da falta de conhecimento. No último dia 31/12/2008, postei uma mensagem falando sobre o SENAR, aqui no Paraná, que presta um serviço excelente na aprendizagem rural, e é de graça, mas infelizmente é muito pouco procurado. Para se ter uma ideia, aqui em Cascavel é dificíl formar uma turma de 20 a 25 pessoas para fazer um dos cursos oferecidos pelo SENAR, e quando se consegue uma turma, metade desiste no decorrer do curso, sempre com as mesmas e esfarrapadas desculpas. Concordo plenamente com o sr. Polan Lacki, só o conhecimento pode melhorar a vida do agricultor, seja ele (o conhecimento) profissional ou politico. Temos a obrigação de aprender, estudar, conhecer, aprimorar o nosso intelecto... chega de comodismo, vamos buscar o que de fato nos interessa. É importante dizer que o SENAR está em todo o Brasil para auxiliar o produtor rural no que ele precisa, só falta mostrarmos mais interesse e se for o caso cobrar do sindicato a presença do SENAR na sua região. João Batista, coloque mais vezes pessoas como o sr. Polan Lacki falando sobre esse assunto, pra ver se o agricultor toma consciência do seu papel, levanta a cabeça e pára de choradeira. Um abraço a todos e

    "vamos em frente".

    0
  • Horacio Guillermo Canova Spelling San Alberto (Paraguay) - PY 23/03/2009 00:00

    Estimados srs., fiquei impactado com as palavras do sr. Polan Lacki. Concordo absolutamente com ele. É impressionante o sobredimensionamento das maquinas. Tratores excessivamente potentes com semeadeiras pequenas. Colhedeiras excessivamente grandes para as áreas. Agroquímicos em excesso para controlar mato que podia ser controlado com uma boa cobertura invernal. Adubos foliares que custam caro e não dão nenhum retorno, a não ser um verde bonito. Pulverizadores de altissimo volume que obriga a dispor de caminhões para transportar água. As empresas revendedoras em uma área como a minha (600 hectares) nos recomendam dois pulverizadores de 2.000 lts., portanto dois tratores ect. ects. Eu pulverizo com um tanque de 2.000 lts e um trator de 65 cavalos modelo 70, (cabinado) consumindo 4.5 lts-hora de diesel.

    É impressionante a pressão de vendas das empresas. Sabedor através do NOTICIAS AGRICOLAS dos riscos de seca e geadas precoces, consegui resistir à pressão para a planta de milho safrinha; que foi impressionante. Mas muita gente cai na conversa de desconhecidos. Hoje estamos sofrendo rapidas perdas no Paraguay pela já anunciada falta de chuva. Pelos cuidados que tomei, meus custos foram baixos e apesar de uma quebra de 55% da produçao de soja pagarei as contas e sobrará alguma coisa.

    Por favor Srs do Noticias Agricolas: Insistam em reportagens como a feita com o Sr Polan. É preciso abrir os olhos de muitos agricultores, (por favor se poderiam reenviar este e-mail para êle). Pessoas assim devem ser incentivadas com essa espinhosa missao. Obrigado.

    Horacio Canova, San Alberto, Paraguay. (Desculpem meu português).

    0
  • Juliano Hermes Missal - PR 23/03/2009 00:00

    Olá amigos, gostaria de fazer uma colocação a respeito dos contratos de opção de compra de milho que o governo esta colocando à disposicao dos amigos agricultores: não podemos nos esquecer que esse preço de R$ 18,84 não é limpo. Ainda temos de descontar R$ 1,50 de estocagem e mais 0,30 centavos de premio para podermos fazer a opção. A propaganda é uma, mas a realidade é outra. Um abraço.

    0
  • Maria Celina de Lara Aguiar Pres. Prudente - SP 23/03/2009 00:00

    Quero comprimentar o sr. Marcos da Rosa, pelo recado que mandou... acho que precisamos nos unir e fazer com que estes governos nos respeitem, pois somos uma das partes da sociedade que mantem este País. Mas somos tratados como bandidos.

    0
  • Helder Devos Ferreira Sacramento - MG 23/03/2009 00:00

    João Batista, gostaria de cumprimentar o meu amigo Marcos da Rosa pela sua opinião (postada abaixo). Concordo com ele em genero, numero e grau!!! Realmente, não precisamos de ajuda de governo, o que precisamos é que ele não diga nada para não falar besteira. Ficar de boca fechada é bem melhor; assim ele nos ajuda bem... eu gostaria que nós, agricultores, parassemos de plantar só por um ano, ai voce iria ver como nós teriamos valor. João, voce tem os numeros de quanto a agricultura responde pelo PIB direto e indireto, agora eu pergunto: sabes porque o setor automobilistico consegue todas as vantagens do Governo?? porque são organizados... e nós??? desorganizados ao extremo.

    0
  • Silvio Marcos Altrão Nisizaki Coromandel - MG 22/03/2009 00:00

    Srs. cafeicultores, postei semana passada um pedido e um alerta: os bancos estão nos chamando para assinar o pedido de prorrogação das CPRs de café vencidas. Essa prorrogação está na lei 117775. Por isso,pergunto: o que fazer??? Esperar o resultado dos pedidos do SOS-Cafeicultura, ou assinar??? A data limite é dia 27 de março, sexta-feira. Nosso pessoal não está dando muita atenção para este tema, mas, vejam, essa prorrogação pode salvar ou acabar de afundar muitos cafeicultores. Vamos discutir urgente??!!

    0
  • Cristiano Zavaschi Cristalina - GO 22/03/2009 00:00

    Olá meu amigo Joäo Batista, gostaria que vc fizesse uma pergunta aos analistas de mercado, mas näo àqueles que, no ano passado, diziam que os agricultores seriam os donos da energia, que seriam os novos milhonários e todas aquelas mentiras que se configuraram. Nem àqueles que agora säo os mensageiros do apocalipse e que dizem que a crise irá perdurar por muitos anos, que é a maior da história, que näo há luz no fim do túnel etc,etc,etc. Gostaria que vc perguntasse se esta emissäo violenta de pape-moeda pelos Bancos Centrais ao redor do mundo para dar liquidez aos mercados näo estaria sendo feita à moda do "Milagre Economico" brasileiro dos anos 70?? Näo seria a hora dos produtores, ao invés de escutarem apenas boatarias sobre crise, por que näo se prepararem para uma súbita arrancada de preços ao menor sinal de arrefecimento desta tal crise de que tanto falam? Digo isto pois existem "milhares de toneladas" de dólares no mundo à espera de lucratividade. Iräo aguentar esperando por muito tempo?

    0
  • Silvio Marcos Altrão Nisizaki Coromandel - MG 22/03/2009 00:00

    UM CAFEZINHO COLOMBIANO - Olá caros amigos cafeicultores de todo o Brasil, passei a semana pensando no questionamento que nosso grande amigo João Batista fez ao vivo, me perguntando qual a explicação para o café colombiano ser vendido com base NY sempre com maiores ganhos quando comparado com os preços do café brasileiro.

    Tudo que colocarei neste texto são explicações simples e práticas, que fogem do blablablá de exportadores, analistas de mercado, representantes de cooperativas etc,. são palavras do dia-a-dia do cafeicultor, aquilo que vemos e sentimos durante todos estes anos de crise. Mas, são todas explicações com embasamento em textos publicados e reportagens sobre o assunto café.

    Caro amigo João Batista, não sou um expert no assunto de preço de café, talvez por isso ainda continue na atividade tendo prejuízo, pois se nós, cafeicultores, soubéssemos da realidade de como são formados os preços da saca de café nas bolsas, nós cafeicultores nos sentiríamos tão revoltados e teríamos vergonha de bater no peito e dizer que somos ou pretendemos ser empresários produtores de café.

    Os preços físicos do café são formados pela bolsa de Nova York (NY), algo que ainda não consigo entender até hoje, pois se somos os maiores produtores de café do mundo e a segunda nação que mais consome café (EUA é o maior consumidor), o ideal seria que o preço fosse determinado pela bolsa de nosso país, mas infelizmente com a política do fim do IBC, acabamos também com os nossos estoques públicos e repassamos estes estoques para os países consumidores, principalmente os EUA. Desta forma, eles ditam os preços e detém o poder de especular com a previsão de safra de todos os países produtores do mundo, provocando assim estas ondas especulativas que vivemos hoje.

    VAMOS À EXPLICAÇÃO:

    1º - O preço do café Colombiano pode variar normalmente de $17 a $30 cents ACIMA do preço de NY (Nova Iorque). Este é o preço pago como prêmio ao café colombiano.

    2º - O preço do café Brasileiro pode variar normalmente de $17 a $30 ABAIXO do preço de NY. Este é o desconto que temos em nosso café em relação a NY e não em relação à Colômbia.

    Vejam bem, quando existe muito café no mercado (excesso de oferta) o diferencial tende a diminuir para Colômbia, e tende a aumentar para o Brasil. Ou seja, a Colômbia recebe um prêmio menor e o Brasil recebe um desconto maior (normalmente na faixa de 17 a 30 dólares por saca).

    Quando ocorre falta de café no mercado, o diferencial tende a aumentar para a Colômbia, e tende a diminuir para o Brasil. Ou seja, nesta situação de falta de café paga-se um prêmio maior para a Colômbia que pode chegar até a 30 dólares acima NY. E no Brasil desconta-se menos em relação a NY.

    De qualquer forma sempre estaremos recebendo menos que à Colômbia, mesmo em situação de excesso ou de falta de café no mundo.

    Por que os cafés Colombianos sempre possuem prêmios acima NY, enquanto o Brasil maior produtor e penalizado? Quais são os fatores explicativos para esta situação?

    1º Fator - Qualidade do café - Sem sombra de duvida não podemos negar que a Colômbia é uma ótima produtora de café, produzindo cafés de altíssima qualidade. Entretanto, isso não quer dizer que nosso café (Brasileiro) não seja tão bom quanto aos Colombianos, muito pelo contrário, nossos cafés têm sido reconhecidos mundialmente pela sua qualidade, não perdendo em nada para o café Colombiano.

    Então o que faz o café Colombiano ser tão famoso pela sua qualidade?

    – A qualidade do café Colombiano se dá em primeiro lugar pela forma com que ele é colhido, os grãos maduros são colhidos um a um separadamente dos verdes e imaturos proporcionando assim bebidas suaves, livres de contaminação por grãos verdes e imaturos que mascaram todo o sabor e aroma da bebida.

    Este tipo de qualidade só é possível graças à legislação trabalhista Colombiana que permite ao cafeicultor contratar colhedores com maior facilidade, sem medo das leis trabalhistas que assolam o produtor Brasileiro.

    Assim, na Colômbia a colheita é feita varia vezes durante o ano podendo-se colher somente o fruto maduro, pois o custo com a mão de obra é menor.

    No Brasil esse tipo de colheita se torna impossível, pois necessitaríamos de muitos trabalhadores para colher um hectare de café e com as normas trabalhistas seria inviável este tipo de colheita. Assim, esperamos a planta atingir um nível de aproximadamente 70 a 80 % de grãos maduros e começamos a colheita, misturando muitas vezes grãos maduros, verdes e secos que posteriormente serão separados nos lavadores, mas mesmo assim perdemos qualidade quando comparados com o tipo de colheita Colombiana.

    Perdemos também no custo da colheita, pois apesar da nossa colheita parecer menos trabalhosa, pois entramos na lavoura para colher o café todo de uma vez só e muitas vezes utilizando maquinas, o custo das leis trabalhistas tornam nossa colheita muitas vezes inviável. Onde muitos produtores preferem deixar talhões de café com pouca produtividade sem colher.

    2º Fator- (fator EUA) - Sim caro amigo João Batista, os EUA não impuseram este diferencial de prêmio para a Colômbia simplesmente pela qualidade de seu café, mas sim como uma forma de subsidiar a lavoura de café Colombiana, fazendo com que está se torne rentável para o produtor, e que este possa também empregar pessoas em suas lavouras.

    Assim os Americanos evitam que os produtores de cafés Colombianos fiquem livres de crises na cafeicultura como essa que o Brasil está passando e não erradiquem suas lavouras substituindo-as por cultura de coca (cocaína), e evitando que os trabalhadores sejam recrutados para trabalhar para o narcotráfico. Por isso que sempre assistimos nos telejornais que os combatentes das FARCS e narcotraficantes estão agindo juntos e seqüestrando os cafeicultores da Colômbia. Pois o café tanto para a Colômbia como para os EUA é uma arma social contra o narcotráfico. Mas este subsidio, através do prêmio pago ao café Colombiano não é gratuito, ai é que entra a grande jogada de MARKETING DO CAFÉ COLOMBIANO, também auxiliado pelos EUA.

    3º Fator MARKETING - A Colômbia pode-se dizer, esta há mais de 1.000 anos à frente do Brasil em se tratando de marketing de seu café, e isso graças a ajuda dos EUA, maior interessado na manutenção dos cafezais colombianos como já explicamos anteriormente. Quando comparamos a estratégia de marketing do governo colombiano com a do Brasil, levamos uma lavada vergonhosa. A Colômbia possui uma estratégia de marketing para o seu café desde a década de 60. Fazendo uma comparação de gastos (investimento) com marketing entre Colômbia e Brasil, chegamos a conclusão que a Colômbia gasta $1,25 em marketing para cada saca de café produzida, enquanto que o Brasil gasta $0,075 em marketing para cada saca de café produzida.

    De forma mais clara, no ano de 2004 a Colômbia gastou aproximadamente $15.000.000,00 em marketing de seu café, enquanto o Brasil no mesmo ano gastou $3.000.000,00.

    Além de investirmos pouco no marketing, a forma de como ele é feito esta totalmente errada. A Colômbia criou a marca café da Colômbia, o que determinou que todos os cafés produzidos nesse pais são por sua excelência de ótima qualidade dispensando qualquer comentário, enquanto no Brasil partimos para OS CAFÉS DO BRASIL, onde separamos o café do cerrado, sul de minas, zona da mata, montanhas etc...., esta estratégia de marketing apenas favorece os atravessadores que sobrevivem do suor de nossos cafeicultores.

    O café Colombiano em qualquer lugar do mundo vale na xícara muitas vezes o dobro do café Brasileiro (especiais), assim é pago o marketing e o prêmio (subsídio) que os EUA oferecem aos Colombianos.

    João Batista e amigos Cafeicultores de todo o Brasil, isso não significa que não possuímos cafés de altíssima qualidade como os da Colômbia, muito pelo contrário, nosso café é muito melhor e muito mais encorpado, produzimos bebidas de qualidade incomparável, sendo consideradas entre as melhores do mundo. O único que não percebeu isso foi o cafeicultor Brasileiro.

    João, o nosso café é tão bom, que diz a história que a Colômbia utilizou durante muito tempo o café Brasileiro como catapulta para o marketing do café colombiano. Antigamente, no início da estratégia de divulgar o café Colombiano para o mundo, o Governo Colombiano comprava os melhores cafés do Brasil, torrava, moia e repassava para as empresas de aviação que partiam da Colômbia para o Mundo, levando passageiros de todas as nacionalidades, durante o vôo era servido o “cafezinho colombiano” para estes passageiros, mas de colombiano somente a xícara com o burrito e o produtor (marketing), pois lá dentro estava o nosso melhor café. Mas para o europeu, asiático, russo, etc. que bebeu o cafezinho, aquilo era produto COLOMBIANO.

    Mas por que não podemos nos tornar uma Colômbia e termos prêmios pagos pelos nossos cafés?

    1- A Colômbia produz 12.000.000 de sacas por ano, ocorrendo muito pouca variação em sua produção, o que os livra das especulações do mercado quanto ao seu potencial de produtivo. Destas 12000.000 de sacas, graças ao seu sistema de colheita e leis trabalhistas que lhes permite a colheita seletiva, grande parte desta produção são de cafés de excelente qualidade, garantindo ao mercado comprador um fornecedor confiável.

    Podemos superar esta diferença com a Colômbia se tivermos leis que punam estas empresas que fazem o levantamento de nossa safra de acordo com os interesses dos especuladores do mercado, e que a CONAB e IBGE entrem em um acordo para definirem um modelo único de levantamento de safra mais confiável e que não seja contestado e desacreditado pelo mercado.

    O governo rever as leis trabalhistas principalmente para os trabalhadores temporários na lavoura de café, permitindo assim que nós cafeicultores possamos empregar muito mais a mão de obra braçal em nossas lavouras, o que nos permitiria uma colheita de melhor qualidade e consequentemente uma melhor distribuição de renda.

    E que o Governo tome uma posição radical na comercialização deste café produzido de forma braçal no Brasil, pois se lá na Colômbia eles pagam um prêmio para evitar que produtor e que trabalhador se tornem traficantes, aqui no Brasil esse prêmio vai evitar que tanto os trabalhadores como os cafeicultores se tornem marginalizados nas grandes cidades, como desempregados e usuários de drogas.

    2- O Brasil produz café em muitas regiões: Mogiana, Cerrado, Sul de Minas, Paraná etc...Devemos acabar com estas diferenças e criar o Café do Brasil e não os Cafés dos Brasil, pois todas estas regiões produzem cafés de altíssima qualidade, o problema é que o produtor está dando este café a preço de banana para o atravessador, e este esta transformando esta mercadoria em ouro.

    COMO???

    Simples, quando vendemos uma saca de café para qualquer comprador (exportador) o preço é definido por NY como já verificamos anteriormente, este café é popularmente conhecido como Bica Corrida (café tipo 6 para melhor, bebida dura, com 15 de catação), qualquer catação (defeitos, cascas, verdes , imaturos, mal formados ) acima de 15 já começa os descontos. Depois vem a prova, se tiver muito verde, mal formado etc., já desvaloriza. Assim, um café que deveria ser vendido por R$ 260,00 hoje, se tiver 20 catação já cai para R$245,00.

    Bom, ai este café que esta com catação (verdes, imaturos, mal formados) devido ao nosso tipo de colheita que não é como a da Colômbia, além de perder no diferencial NY/Colômbia perde também na compra pelo exportador. Mas João Batista, lá dentro desta saca de café com esta catação de cafés verdes , imaturos e mal formados que estragam a qualidade do café, estão também os grãos de altíssima qualidade que o Brasil produz.

    Vamos a um exercício:

    60 Kg X15%, = 9Kg

    Bom estes 9 Kg, são de cafés verdes, imaturos, mal formados

    Sobram 51 Kg de café de altíssima qualidade (exportação)

    Bom, os exportadores são detentores de máquinas de rebeneficiamento, que conseguem separar estes defeitos, ou seja separam a catação.

    Esses 9 kg, são separados e vendidos para as torrefadoras nacionais que misturam com outros cafés (conillon) e vendem nas gôndolas como se fossem cafés de altíssima qualidade.

    Já estes 51 Kg que sobraram serão separados por peneira e exportados como cafés finos (especiais), vendidos a preço de ouro para a Europa, EUA, Japão etc.

    Assim caro amigo João Batista Olivi, o problema não é a Colômbia não, o problema é o cafeicultor que não esta vendo que esta entregando o que tem de melhor para estes exportadores que são cordeiros em pele de Lobo, como muitas Cooperativas que se utilizam dessa posição para captar o café do produtor e fazer todo esse processo acima citado, e ficando cada vez mais rica enquanto o produtor empobrecendo.

    O problema esta no governo, que não toma decisões para defender a cafeicultura nacional como fez a Colômbia, pois se lá a cafeicultura evita a criação de traficantes, aqui a cafeicultura evita a criação de consumidores de drogas e favelados.

    JOÃO BATISTA , CAFEICULTORES E Sr. OTTO, ESTA HISTÓRIA DE DIFERENCIAL NY NO CAFÉ BRASILEIRO SÓ ESTA VALENDO PARA FAZER O PREÇO PAGO PELO EXPORTADOR AO PRODUTOR, NÓS JÁ SABEMOS QUE DEPOIS DE TRABALHADO PELO EXPORTADOR ESTE CAFÉ É EXPORTADO MUITAS VEZES ATÉ SEM O DIFERENCIAL, OU COMO POUCO DIFERENCIAL.

    NÃO SEI SE RESPONDI A SUA PERGUNTA AMIGO JOÃO BATISTA, MAS GOSTARIA QUE VC PERGUNTASSE PARA OS EXPORTADORES, COOPERATIVAS DE CAFÉ, QUAL FOI O LUCRO QUE OBTIVERAM DURANTE ESTES ANOS DE CRISE EM QUE O CAFEICULTOR QUEBROU?????SERÁ QUE TERÃO CORAGEM DE RESPONDER COMO EU RESPONDI AQUI???????

    0
  • Idemar Henrique Tozatti Erechim - RS 22/03/2009 00:00

    Pratógenes para presidente, só assim poderemos ter a certeza que este bando de vagabundos e ladrões irão para a cadeia. Por que não iniciar uma campanha em favor da moralidade tal qual esta fazendo este delegado que na minha opinião é um exemplo para o país??!! Vamos torcer para que nada aconteça com sua vida, pois teremos muito mais informações sobre a podridão deste bando de ladrões que está no governo.

    0
  • Cyrdes Benassi Itabuna - BA 21/03/2009 00:00

    Gostaria que fossem publicados os preços do cacau e que se desse mais destaque ao produto. O cacau está em crise há 17 anos e ninguem tem feito nada pela região. Obrigado. Cyrdes Benassi.

    0
  • Marcio de Oliveira e Silva Carmo do Paranaíba - MG 21/03/2009 00:00

    É uma piada..., os supermercados não reduzem a margem de lucro na comercialização dos produtos essenciais como o feijão. Quanto será que ganham??? Quanto gastam?? ...ninguém sabe.., mas sempre ganham. É só observar: quando um supermercado compra e a mercadoria cai, ele não reduz o preço de venda, mas quando sobe 10% ao produtor, ele sobe 20% prevendo futuras altas... hoje o preço do feijão está por volta de R$ 2,30 na gôndola, R$ 1,1 para o produtor, e R$ 1,2 no atacado, e R$ 1,60 no empacotado. Todos tem suas despesas, além dos impostos. As margens são: produtor/atacado - 10%; atacado/empacotador 10%. Há que se ressaltar aqui que a margem real é muito menor, pois tem a quebra da industrialização. Agora vejam as margens do empacotador/supermercado: 43%!!! ...e só para distribuir o produto. Isto está correto??? Isto está certo?!!

    0
  • Hebert Pessoa Novais Silva Ibicoara - BA 21/03/2009 00:00

    João Batista, queria fazer um comentário... sempre acompanho seu programa e pego as cotações do café a todo instante. Vejo que a praça de Vitória da Conquista, aonde nós comercializamos, está com o preço bem abaixo das outras praças para o café arábica. Nós, da Chapada, produzimos um grão de ótima qualidade, pórem é pago um preço bem abaixo do esperado, chegando a diferença ser de R$ 30 por saca de café.

    0