Fala Produtor

  • Idemar Henrique Tozatti Erechim - RS 22/07/2008 00:00

    O governo tem interesse que o agricultor não tenha solução para as suas dívidas, porque quanto mais individado ele for mais ele produz, sempre foi assim, ou será que a história não nos mostra isto?

    Tudo é a lei da oferta e procura: se não quer que os fertilizantes suba, não compre; se não quer que as máquinas e implementos suba; não compre, ou será que não podemos chegar a uma conclusão única e incontestável: somente a união de todos os que estão diretamente atingidos é que trará alguma solução para os produtores do Brasil.

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  • SINDICATO DOS PRODUTORES RURAIS DE VILHENA-RO(DIRETORIA) VILHENA - RO 22/07/2008 00:00

    Marcha Rumo a Roraima

    Integrantes da Associação dos Produtores de Juína (Apraju) estão organizando a "Marcha a Roraima", prevista para acontecer no dia 11 de agosto. Segundo o presidente da Apraju, Aderval Bento, o objetivo da marcha é manifestar a indignação dos produtores rurais, contra o processo de demarcação em área contínua da reserva indígena Raposa Serra do Sol, localizada no noroeste de Roraima, que deve ser votada pelo Supremo Tribunal Federal (S TF) nos próximos meses.

    De acordo com Aderval, a caravana também servirá de protesto contra a presença e interferência de Ongs internacionais na política brasileira para os povos indígenas. "Queremos ir para a região para deixar claro que a Amazônia pertence aos brasileiros e que a presença dessas ongs internacionais só servem para tornar ainda mais difícil a vida dos produtores rurais brasileiros", enfatizou. Devem aderir ao movimento diversas regiões do Estado, principalmente Sindicatos Rurais do norte de Mato Grosso.

    As caravanas saíram de suas cidades no dia 11 de agosto com destino a Vilhena que seguirão para Porto Velho. A previsão de chegada em Manaus está marcada para o dia 14, no dia seguinte seguem para Boa Vista e de lá para Ipacaraima onde concentrará a marcha. Ipacaraima é um dos municípios existente dentro da área de reserva indígena que poderá desaparecer caso o STF mantenha a demarcação. Estão ameaçados também, cerca de 17 propriedades rurais de cultivo de arroz irrigado que produz aproximadamente 100 mil toneladas de arroz por ano. Isso representará desemprego e queda na arrecadação do Estado.

    O diretor-secretário da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Valdir Correa, esteve na região juntamente com presidentes de federações de outros estados e sobrevoaram a região e também mantiveram contatos com os produtores locais. "Eu fiquei indignado e revoltado com a situação. Não dá para entender o que o governo pretende com as ações adotadas contra os produtores da região da Raposa Serra do Sol e contra o estado de Roraima como um todo, um estado que tem um potencial extraordinário na agricultura e na pecuária e que está sendo penalizado pela miopia do governo federal", desabafou Correa.

    Fonte : Ascom Famato

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  • Marcela Andreoze Palmital - SP 22/07/2008 00:00

    Olá João Batista tudo bem? As coisas aqui no interio de São Paulo não andão nada bem. As cooperativas que dizem que querem ajudar o a produtores, querem é afundar ainda mais nos. As trocas que elas propõem são absurdas, sem noção. Para se plantar soja qurem 47 sacas por alqueire da produção, e do milho ainda não sei dizer quanto é. Apenas sei te dizer que desta manedira que está indo não teremos condições de plantar. E se plantar vai trabalhar pras cooperativas. Não endendo porque nosso presidente, não vê como estão as coisas realmente, e não faz nada pra ajudar. E pra completar, os bancos estão dizendo que vão executar os produtores. Não sabemos o que fazer. Estamos totalmente desprevinidos e desenformados com toda esta situação. E como vão ficar os custos desta safra? será que ficaremos a ver navios outra vez? Iremos trabalhar para o governo e para os donos das terras se formos arrendatários? As coisa aqui estão indo de mal a pior. Não chegamos a nenhum lugar desta maneira. Não consigo imaginar como o Lula não estas coisas. Acho que ele precisa é de óculos e uma boa dose de vergonha na cara e semancol. Atenciosamente,

    Marcela Andreoze filha e neta de produtores rurais

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  • Renato Ferreira Dourados - MS 22/07/2008 00:00

    João Batista!!! Somos marionetes diante da alta e baixa dos preços, sendo que os fornecedores de insumos, não participam desta oscilação.

    O produtor tem várias explicações sobre a prostituição dos preços dos insumos, troca de governo, guerra no Iraque, alta do barril, alta e baixa do dólar, risco Brasil, aftosa, seca e chuva, enfim inúmeros argumentos que somente justificam e andam em direção oposta preços de insumos versos preço do que o produtor produz.

    É difícil entender, em hora que o estoque de grãos esta baixo, produtividade americana comprometida, aumento do consumo mundial de alimentos, geada na safrinha, menor investimento na próxima safra em virtude da alta do custo de plantio; os preços além de não se manter, caem!!!

    É difícil!

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  • Sérgio Manoel da Costa Bueno Guaraí - TO 21/07/2008 00:00

    Boi pirata,

    Meus amigos, estive em São Felix do Xingu no Pará esse final de semana e fiquei indignado.

    Aquele gado apreendido está morrendo de fome, eram 3500 animais, só restam 3000, 500 morreram de fome porque estão em uma área de 20 alqueires, urubu lá está trombando um no outro. E vou falar uma coisa, nenhum pecuarista da região vai comprar esse gado, e particularmente acho que nenhum do país.

    Nosso amigo Daniel Dantas arrematou quase 100 mil reais em touro registrado em um leilão, a agropecuária santa bárbara está cada vez mais crescendo.

    Amigos, onde está a imprensa para mostrar essa barbárie?? Deixar animais morrerem de fome. Da maneira que está lá o ministro Carlos Minc não vai conseguir fazer churrasco para o fome zero.

    Um abraço

    Sérgio

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  • marcio percoski santarém - PA 21/07/2008 00:00

    Olá, gostaria de comentar o seguinte fato: entrei na agência do banco da Amazônia em Santarém no Pará e solicitei informações sobre como proceder em caso de renegociação devida a MP 432, obtive a seguinte resposta: até o momento a única informação que temos é sobre os contratos que já venceram, e como os meus contratos só vencem em outubro, os funcionários não saberiam como fazer neste caso.

    Pergunta se é necessário que eu faça a solicitação formal ao banco vou deixar para a última hora?

    Quando será que receberam estas normas?

    O que e como de agir para solucionar o meu problema e de vários outros agricultores?

    Até mais e um abraço

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  • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR 18/07/2008 00:00

    Gostaria de fazer uma pergunta aos advogados da Lybor Landgraf , e peço que a resposta seja dada para todos os agricultores, aqui neste site.

    O Dep. Heinze afirma que conseguiu algumas vantagens na prorrogação para os agricultores de Rio Grande do Sul, Mato Grosso e alguns municípios atingidos pela seca. Pois bem, muitos outros agricultores de outros estados tiveram problemas com a estiagem, ferrugem da soja, preços baixos, etc... e vão ficar de fora desta nova renegociação.

    Li em algum lugar que todos são iguais perante a lei, etc...Minha pergunta é a seguinte: quem se sentir excluído, pode entrar na justiça para ter os mesmos direitos daqueles outros agricultores que citei acima?

    Ora, se nossos deputados e senadores são uns inúteis, nós mesmos agricultores temos que tomar providências.

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  • Telmo Heinen Formosa - GO 18/07/2008 00:00

    Prezado Sr. Guto,

    o fator determinante para a sua escolha deve ser o da aptidão produtiva.

    Se plantar mamona proporciona um ótimo retorno produtivo, não se preocupe o que farão dela os compradores.

    O óleo de mamona é péssimo para fazer biodiesel. Ainda não chegou na vez para fazer lubrificantes. Ele tem outras mil e uma utilidades...

    Por ora a mamona está com preço bom.

    A sua decisão passa pela escolha entre lavouras anuais ou perenes. Sempre é melhor o potencial produtivo de culturas perenes, não obstante o mesmo não seja verdade em relação ä retorno econômico.

    Outro fator de peso importante é a mão-de-obra para acolheita. Examine http://www.pinhaomanso.com.br veja também em http://www.orgadem.org.br

    Visite o nosso site http://www.noticiasagricolas.com.br e "Pergunte ao Telmo" (Divulgue isto para os seus amigos).

    Att, Telmo.

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  • Guto Rêgo Alagoinhas - BA 18/07/2008 00:00

    Olá Telmo Heinen. Venho acompanhando os teus comentários e como notei que você tem bastante conhecimento, gostaria que me desse uma orientação, se possível.

    Tenho uma terra de 60 hectares no interior da Bahia, em Alagoinhas, e gostaria de saber se é viável investir numa cultura para o bio-diesel ou se é preferível plantar mamona para a produção de óleo lubrificante?

    E nestes casos para quem vender aqui na região ou até em outros estados?

    Abraço.

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  • Ademir Joao Baldasso nova andradina - MS 18/07/2008 00:00

    Assisto o programa todos os dias, queria parabenizar todos pelo incentivo e pela maneira que tratam os produtores rurais. Gostaria de saber a opinião de voces sobre o que vai acontecer com o mercado fisico do soja, nas proximas semanas.

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  • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR 17/07/2008 00:00

    Parabéns aos agricultores de Mato Grosso e Rio Grande do Sul, pois eles tem deputados que trabalham por seus interesses. Eles conseguiram mais 02 anos para a prorrogação de seus custeios e um aumento de 30 para 60% da carteira de investimento dos bancos a serem prorrogados.

    Nós do resto do Brasil, ao que parece aos nossos "nobres"representantes, estamos em um mar de rosas, pois podemos prorrogar somente 10% da carteira dos bancos nos investimentos. Agora eu gostaria de perguntar: e o que for superior a este percentual? Vai ter sorteio?

    Se nossos deputados trabalhassem mais ao invés de tomarem wisky 12 anos em leilão de gado numa quinta feira á noite, como eu vi aqui em Campo Mourão, talvez tivéssemos conseguido algo de positivo.

    Então, vamos em frente, não é mesmo Deputado do DEM, grande criador de gado aqui no Paraná??

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  • Cristiano Zavaschi Cristalina - GO 17/07/2008 00:00

    Concordo plenamente com o que disse Dario Magnani. Ao invés de acertar as contas e consolidar o seu negócio, muitos agricultores preferem expandir as suas áreas sem ter estrutura física e financeira para tal. Contribuem para inflacionar os custos de produção e depreciar o valor de seus produtos, investem na alta e vendem na baixa. Depois o governo tem que vir varrer os cacos.

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  • Cristiano Zavaschi Cristalina - GO 17/07/2008 00:00

    Gostei da reportagem que Telmo Heinen enviou sobre a proteção de preços que a indústria de fast food está fazendo com seus fornecedores. Agora, bem que estes contratos poderiam ser feitos permanentemente para regualar nossa cadeia de produção e não apenas usados como instrumento de conter custos na hora do desespero.

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  • Douglas Ricardo Philippsen Honório Serpa - PR 15/07/2008 00:00

    olá João Batista! primeiramente quero te parabenizar por vestir a camisa da nossa agricultura, e segundo lugar quero te dizer que meu pai e eu somos telespectadores assíduos e não perdemos um só programa no canal terra viva. João, se possivel mande um alô pro sr. Onival Philippsen de Honório Serpa-PR.

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  • Telmo Heinen Formosa - GO 14/07/2008 00:00

    Atenção... Vejam essa notícia: Varejo de alimentos faz hedge contra altas. (Isto não se chama de hedge, são contratos a termo....)

    A disparada dos preços dos alimentos leva o varejo a rever seus contratos e buscar novas fórmulas com os fornecedores. Assim como algumas companhias aéreas fazem "hedge" para comprar combustível - contratam por um longo período a um preço fixo -, varejistas tentam "travar" preços, alongar prazos e até mesmo estocar mercadorias.

    Com 330 lojas espalhadas em todo o país, a rede de fast-food Habibs fechou, em agosto do ano passado, um contrato com a Cargill, maior empresa de agronegócios do mundo, a compra de 1 milhão de quilos de gordura vegetal para fritura. Devido ao grande volume, o Habibs impôs como condição uma cláusula estabelecendo um preço fixo durante 12 meses. A Cargill, por sua vez, replicou a operação junto aos seus fornecedores de soja e algodão para fornecer ao Habibs. O contrato, muito usado por multinacionais como a Cargill, foi o primeiro do gênero feito pela brasileira Habibs e gerou a esta uma economia de R$ 2 milhões.

    "Entre agosto de 2007 até hoje a diferença de preço já atinge 45%. Já nos primeiros três meses de contrato, economizamos 13%", diz Roberto Muniz, gerente de compras do Habibs, que está negociando com a Cargill a renovação do contrato. "Essa foi a nossa primeira parceria e provavelmente será difícil outro acordo de um ano. Estamos pleiteando seis meses, mas eles querem três", diz Muniz.

    Além da Cargill, o Habibs está conversando com Sadia, Perdigão e outros fornecedores de carnes para fechar contratos de cerca de três meses. Atualmente, a compra de carne do Habibs é feita semanalmente, quando são compradas 150 toneladas. "Queremos mudar essa periodicidade porque é uma batalha toda semana", diz o executivo da rede que vende 7,5 milhões de esfihas por semana.

    Para os hortifrutis, uma das soluções encontradas foi ir direto à plantação. A rede firmou uma parceria com dois grandes agricultores de tomate e cebola, do interior de São Paulo. O Habibs ajuda o agricultor com fertilizantes ou outros insumos e em contrapartida compra semanalmente 200 toneladas de tomate e cebola com 15% de desconto. "Para o agricultor essa parceria também é vantajosa porque o ganho dele ao vender para nós é o dobro em relação ao valor que ele consegue vendendo a um intermediário", afirma Muniz. Outra operação do Habibs para escapar da alta das commodities foi uma compra de farinha da Argentina, há quatro meses, com custo entre 15% e 18% inferior ao do mercado interno.

    Mesmo com essas operações de "blindagem" contra a disparada de preços dos alimentos, o Habibs deixou o seu cardápio de 5% a 7% mais caro. "Estamos absorvendo a maior parte do impacto da alta dos alimentos. Não dá para repassar tudo porque corremos o risco de perder clientes. Na primeira semana de reajuste, chegamos a ter uma retração de 2% a 3% nas vendas, mas já recuperamos", disse Mauro Saraiva, diretor de produção e logística do Habibs, cujo faturamento este ano deve chegar a cerca de R$ 650 milhões.

    A rede Giraffas, especializada em pratos executivos e lanches e com 270 unidades no país, exige de seus novos fornecedores um preço fixo durante seis meses.

    Na área de varejo alimentar, o McDonalds é uma das redes que trabalham há algum tempo com contratos de "hedge" junto a fornecedores como a FSB Foods, que produz pão para hambúrguer. Mas o McDonalds não detalhou como funciona a sua operação.

    Conhecida pelos pratos recheados com muita carne, a rede americana de restaurantes Outback está negociando contratos de prazos mais estendidos, de três e seis meses. "Com compras trimestrais e semestrais, estabilizamos os preços e ajudamos, por outro lado, a estruturar a cadeia fornecedoras com contratos garantidos", diz Salim Maroun, vice-presidente da rede.

    Em 2007, o Outback serviu 170 toneladas de carne bovina nos seus 19 restaurantes no Brasil. Em outra frente, a rede está fazendo uma espécie de "engenharia de cardápio", dando destaque a outros tipos de carnes mais baratas. "Não são todas as proteínas que aumentam e, dessa forma, podemos ampliar a participação das carnes suínas e de frango e dos pescados para contrabalançar a elevação dos preços da carne bovina", afirma Maroun.

    Em Porto Alegre, a Churrascaria Barranco, uma das mais tradicionais da cidade, mantém acordo com o frigorífico Mercosul não para "travar" preços, mas para garantir o fornecimento de carne bovina mesmo no período de entressafra do setor, durante o inverno. Segundo o sócio-proprietário Élson Furini, o consumo mensal de carne no restaurante é de oito toneladas.

    A alta dos alimentos não está batendo só na porta dos restaurantes. Ao ver a disparada dos preços, a rede de supermercados maranhense Mateus está estocando mercadoria para driblar a alta.

    "Já voltei a trabalhar com o pensamento dos tempos de inflação alta. Estou fazendo estoques", diz Ilson Mateus, dono do grupo com 12 lojas no Maranhão. Ele está comprando mensalmente mercadorias em dobro, para estocar. Os principais produtos armazenados são açúcar, óleo, arroz e feijão. Segundo ele, os fornecedores não têm sido receptivos às contrapropostas de preços dos varejistas.

    "O duro dessa história é que preciso usar todo meu dinheiro para fazer estoque, enquanto podia usar para expansão das lojas", reclama Mateus. Ele diz que, em alguns casos, tem sido vantajoso até mesmo tomar dinheiro emprestado para antecipar as compras. "Os juros que vou pagar são menores do que os aumentos de preços de alguns alimentos." Além disso, segundo ele, a estratégia tem sido necessária para manter a clientela. "Se os preços sobem muito, as pessoas vão comprar menos porque não vão ter dinheiro para tudo."

    Beth Koike, Carolina Mandl, Danilo Jorge e Sérgio Bueno, De São Paulo, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre

    14/07/2008

    Marisa Cauduro/Valor Econômico

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