Fala Produtor - Mensagem

  • Eder Oliveira 03/07/2018 13:48

    A SOFRÍVEL FALA DE SÉRGIO MORO

    Fernanda Mambrini Rudolfo - Defensora Pública do Estado de Santa Catarina. Doutoranda e Mestre em Direito pela UFSC. Especialista em Direito Penal e Processual Penal pela EPAMPSC. Diretora-Presidente da Escola Superior da Defensoria Pública de Santa Catarina.

    Ao escrever sobre isso, sei que estou me submetendo à possibilidade de ser achincalhada ou mesmo alvo das piores agressões verbais, coisas que vemos com frequência na internet. Em tempos de críticas sem qualquer fundamento e discursos de ódio, não é fácil fugir da repetição irrefletida de frases de efeito como "o problema do Brasil é a impunidade". No entanto, vejo-me na obrigação de mostrar um outro lado, que alguns querem esconder, seja por má-fé, seja por ignorância.

    No último dia 25 de junho, o juiz Sérgio Moro esteve em Florianópolis para palestrar em um evento sobre a atuação do sistema de justiça no combate ao crime organizado. Na oportunidade, valeu-se de cerca de uma hora para proferir uma série de informações deturpadas, utilizando um português sofrível.

    Comecemos pelo fim. O magistrado não sabe sequer conjugar o verbo "haver", que, no sentido de existir, é impessoal e não deve ser flexionado. Esse é apenas um exemplo dos diversos erros cometidos durante sua fala. E isso é digno de críticas por se tratar de alguém que teve todas as condições imagináveis de estudar; que fez graduação, mestrado e doutorado em algumas das melhores instituições de ensino do país. Quando se tratava de Lula, por exemplo, pessoa que cresceu sem qualquer oportunidade, não apenas se criticava como se debochava, como se fosse sua obrigação ser autodidata ou aprender por osmose. Quando vemos pessoas de origem simples falar, sem acesso ao ensino formal, é frequente serem alvo de piadas por parte daqueles que se julgam "finos", "educados", "polidos". Enquanto isso, o juiz Sérgio Moro massacra a língua portuguesa e é ovacionado pela "nobreza".

    Além disso, deturpou deliberadamente informações para arrancar risadas e aplausos da sua plateia. Por exemplo, ao afirmar que vivemos tempos "curiosos" por haver críticas ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região em virtude de ser muito célere. Ora, tenho certeza de que o juiz não é ingênuo a ponto de acreditar nessa assertiva, mostrando-se tal colocação de absoluta má-fé. Todos sabem que a crítica não se dá em razão de uma celeridade do Tribunal, mas em virtude da seletividade de tal celeridade, que passou o julgamento de Lula na frente de tantos outros apenas para que pudesse iniciar o cumprimento de sua pena, na medida em que o Supremo Tribunal Federal vem ? absurdamente, diga-se ? relativizando a presunção de inocência. Fosse de Lula, fosse de Aécio, a Justiça é vendada para não ver quem julga e, portanto, também para que todos sejam processados no mesmo ritmo, sem que um seja mais rápido ou mais lento que outro. Curiosamente, alguém viu o processo do Aécio por aí? Nisso, acho que Moro está correto, vivemos mesmo tempos "curiosos"...

    Desejando tornar-se (ou manter-se) um ídolo nacional, entoa mantras de combate à impunidade, de que ninguém está acima da lei (aparentemente, só o próprio magistrado), de uso da prisão preventiva para salvação da humanidade. Enquanto isso, um auditório lotado de membros e servidores do Judiciário e do Ministério Público (o acesso ao evento era restrito) regozijava-se e entrava quase em estado de êxtase. A ideia de punir, de aplicar a força do direito penal ? seletivo por natureza ? e de afastar o respeito ao devido processo legal confere a muitos um gozo que não são capazes de obter por outros meios. Uma cegueira (moral e deliberada) toma conta de uma plateia elitista e alienada, preocupada unicamente em postar elogios ao palestrante nas redes sociais.

    Enquanto isso, Moro brada o combate à corrupção, recebendo mensalmente seu auxílio moradia que corresponde a mais do que o salário dos professores. Professores cujas greves são criticadas e magistrados que são colocados em pedestais. Reitero: Moro tem mesmo razão, vivemos tempos "curiosos"...

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Eder e Fernanda Rudolfo... coisa do MPF... preocupada com erros de português... igual chefe em Brasília... Só Balela que não resolve nada...em vez de ajudar a resolver os problemas do povo brasileiro...pergunto entenderam o que o moro falou??? Se entenderam ótimo...pois so o judiciário e que as letras do alfabeto são diferentes..o a vira x..o b vira z..de acordo com o interesse... Coisa da categoria a que pertencem... a lei esta escrita... a lei esta escrita em português... Como que membros do judiciário interpretam diferente.. me expliquem..

      A única categoria que pode omiTIR a verdade em nome do contraditório... Já viram um médico mudar o tratamento ou a doença em nome do contraditório???um agrônomo onde o produtor pede adubação pra soja e ele fornece pra alface...em nome do contraditório... Então diproma siooo não encurta oreia de ninguém...outra coisa já viram que belo exemplo da o judiciário...MPF etc..o cara mata ...rouba..e como prêmio e aposentado com salario integral..recebem borsa aluguel...borda iskola pros fio...7000 pau mês ate 24 anos..borda auxílio compra de livros...etc..uma vergonha...sem contar férias...pouco trabalho diário...etc...tem tempo pra ficar corrigindo erro de verbo....coisa de quem não tem nada pra fazer..

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      VEJAM MAIS UMA VEZ A COVARDIA DESSE COMENTARISTA, COMO SEMPRE NAO MENCIONA O PARADEIRO DE SUA RESIDENCIA, COLOCA COMO NOME **EDER** MAS NA REDAÇAO SE DESCUIDA E ESCREVE COMO SE FOSSE MULHER -----VERME É COVARDE---

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    • adegildo moreira lima presidente medici - SC

      Li atentamente o artigo, e não extrai nenhum conteúdo útil..., são comentários rancorosos de uma petista revoltada..., não a conheço mas isto ficou nítido..., estranho que, tendo formação jurídica, não saiba que o juiz sergio moro não pode julgar senador da república. Vá reclamar com os vassalos do lula -- das turmas... estes sim deveriam ter julgado não só Aécio como os renans e outros que estão parados no stf.

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