O ser humano sempre buscou por uma ordem, por um controle da natureza... O Professor de física e astronomia na Universidade Dartmouth (EUA), Marcelo Gleiser, cita em seu artigo na Folha (15/7), cujo título é "A Beleza Oculta da Imperfeição".
"Mais corretamente, devemos dizer que a natureza funciona não por ser perfeita, mas por ser tanto perfeita quanto imperfeita. A assimetria traz o desequilíbrio, que é a raiz de todas as transformações. Em vez de coroar a perfeição como a essência da realidade, o mais correto é usar uma complementaridade das duas na descrição de como a natureza funciona.
Como nas artes, que há mais de um século romperam com os ideais de perfeição do passado, a física precisa reconsiderar seu caminho atual. Uma estética da natureza baseada na imperfeição é tão essencial quanto uma baseada na perfeição. Precisamos de ambas.
Afinal, somos produto de inúmeras imperfeições e perfeições, de simetrias e assimetrias, todas elas, parte da essência do cosmos. Somos capazes de desvendar algumas delas, e é este o objetivo central da ciência.
Por outro lado, devemos, também, aceitar que somos parcialmente cegos para muito do que ocorre no mundo. Precisamos de humildade para aceitar que a essência da realidade permanece incognoscível. A ciência nos conta apenas parte da história, fornecendo um mapa incompleto do mundo.
Não somos nós que decidimos como a natureza funciona. A última palavra é sempre dela, sua essência revelada na tensão entre o perfeito e o imperfeito".
O ser humano sempre buscou por uma ordem, por um controle da natureza... O Professor de física e astronomia na Universidade Dartmouth (EUA), Marcelo Gleiser, cita em seu artigo na Folha (15/7), cujo título é "A Beleza Oculta da Imperfeição".
"Mais corretamente, devemos dizer que a natureza funciona não por ser perfeita, mas por ser tanto perfeita quanto imperfeita. A assimetria traz o desequilíbrio, que é a raiz de todas as transformações. Em vez de coroar a perfeição como a essência da realidade, o mais correto é usar uma complementaridade das duas na descrição de como a natureza funciona.
Como nas artes, que há mais de um século romperam com os ideais de perfeição do passado, a física precisa reconsiderar seu caminho atual. Uma estética da natureza baseada na imperfeição é tão essencial quanto uma baseada na perfeição. Precisamos de ambas.
Afinal, somos produto de inúmeras imperfeições e perfeições, de simetrias e assimetrias, todas elas, parte da essência do cosmos. Somos capazes de desvendar algumas delas, e é este o objetivo central da ciência.
Por outro lado, devemos, também, aceitar que somos parcialmente cegos para muito do que ocorre no mundo. Precisamos de humildade para aceitar que a essência da realidade permanece incognoscível. A ciência nos conta apenas parte da história, fornecendo um mapa incompleto do mundo.
Não somos nós que decidimos como a natureza funciona. A última palavra é sempre dela, sua essência revelada na tensão entre o perfeito e o imperfeito".
Palavras de um "doutor no assunto"!