Fala Produtor - Mensagem

  • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR 19/07/2018 06:02

    De tempos em tempos a realidade bate em nossas portas... Essa frase, sozinha é incompreensível, mas no contexto político ela é facilmente compreendida.

    Vejamos, qual é a situação do país no momento? Todo mundo está esperando o que vai acontecer nas eleições, para ver o que vai fazer.

    Quando digo "todo mundo", refiro-me aos agentes que administram os grandes volumes de dinheiro. Esse "dinheiro" que faz os investimentos necessários para que a máquina gire e, muitos possam conseguir o seu bem-estar.

    Aí entra o que temos de pior no país. Não existe uma política de Estado consistente, com objetivos voltados ao desenvolvimento. Governos que se revezam, mudam "politicamente" os objetivos, conforme suas conveniências. E, nós somos chacoalhados, nessas mudanças garantidas pela "Ditadura da maioria", pois aquele que obter a maioria dos votos válidos será eleito. Veja que o eleito para nos governar, não necessariamente representa a maioria da população, mas sim dos votos válidos. Essa é a Democracia que os letrados e togados amam de paixão!

    Sinceramente, sou de uma geração, onde, segundo os "guerreiros que lutaram pela democracia" era impossível de se viver. Ocorre que você tem fases em sua vida, mas resumindo, identifico duas de suma importância. A fase das conquistas e a fase das perdas. Quando você se encontra na segunda, você vira um saudosista, ou seja, sente saudades daquele tempo bom. O meu tempo bom foi durante a época da Ditadura, que muitos reclamam, mas para um projeto de matuto, menino do interior e, haja interior. Naquele tempo, televisão e telefone era para poucos. Carro então, nem falar. Desprovido de todos esses bens imprescindíveis, vivi feliz com meus sonhos de menino. A cada nova conquista me sentia um "filho de Deus" e, lógico agradecendo ao Pai.

    Hoje vejo, meninos em número bem maior, pois a população saltou dos 90 para mais de 200 milhões, sem perspectiva em realizar seus sonhos, devido a essas constantes "mudanças políticas". Será a política sem freios o mal maior de um país?

    Muitos dizem que a escolha de seu representante é que vai mudar as coisas, mas não seria mais correto mudar a maneira de escolher nossos representantes?

    Nós devemos mandar nos nossos representantes e não sermos mandados por eles!

    A nossa sociedade poderia ser representada por uma colcha de retalhos, sendo cada retalho uma corporação, que luta para protagonizar as mudanças junto ao poder central. Assim o país torna-se uma "colcha esfarrapada de retalhos", pois todo "retalho" quer satisfazer suas circunstâncias.

    Bem, essa voz rouca é, só mais um som perdido nos ventos que o tempo levou.

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