Fala Produtor - Mensagem

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC 15/10/2018 20:18

    Se não houver fraude nas urnas Bolsonaro vai ser eleito... Mas não quero falar de eleição nesse comentário, vou falar sobre as instituições de maneira geral. Vai ser preciso escrever outros comentários para tentar deixar mais claro o pensamento que pretendo passar para a escrita. Começo com a premissa de que toda instituição possui uma ideologia, um sistema de idéias devidamente organizado. Podemos observar isso em todas as entidades, organizaçoes, instituições, onde há sempre uma página escrito...institucional. Ali normalmente estão descritos os objetivos, a forma de organização, estrutura interna, etc... Quase sempre nos objetivos é onde está inserida a ideologia, ou de outra forma, quais são os interesses do grupo que formou essa instituição, organização, entidade, ou o que seja. Junto com isso sempre há uma descrição da forma escolhida para atingir esses objetivos pré determinados. Acontece amigos que dentro da organização, dentro da estrutura interna vamos dizer assim, invariavelmente há um tipo de discurso, uma maneira de falar, diferente da que é apresentada ao público externo e isso ocorre também em relação aos integrantes menos graduados que não fazem parte da elite dirigente que no fim das contas determina os rumos que as instituições vão tomar. Eles chegam a desenvolver até uma linguagem própria, entendida somente por aqueles que estão nos cargos de comando. Isso permite que essa elite dirigente, usando um discurso construido dialeticamente, um discurso feito através do diálogo para quem não entende o que é dialética, façam com que a instituição tome na prática, um rumo diferente do apontado pelo discurso. Para cada desvio de conduta, fazem uso de apologistas, propagandistas, midia, artigos, com explicações, justificativas de que os desvios afinal estão dentro do que é pretendido pela organização, que pode ser chamada social. O seguro agricola, auxilios na renda para produtores em dificuldades causadas por intempéries, problemas na produção, etc... não são resolvidos por que o discurso adotado pela elite dirigente e por grandes multinacionais é estruturalmente falso. E esse é um assunto que também pretendo voltar outras vezes. Vou finalizar esse comentário voltando à politica, e afirmando que é somente através da participação, não importa se for de um pequeno grupo, disposto a enfrentar esses problemas e as pessoas responsáveis, ou a causa direta da falta de um debate sério a respeito de tais assuntos, para finalmente um dia chegarmos à uma resolução, amparados por lideres que tenham compromisso e não façam da falsidade e da mentira uma maneira de viver e progredir na vida. Uma das coisas que mais ouvimos é a fala de que as lideranças precisam estar em Brasilia para resolver os problemas, só isso já deixa evidente que a estruturação interna das instituições estão formadas e organizadas de maneira errada pois os problemas são locais, complexos e distintos uns dos outros. Esse tipo de ideologia, de discurso exige que as forças produtivas e criativas nacionais sejam destruidas nesse processo, já que quem determina a forma, o método, as normas, os regulamentos são os burocratas, bem como, e isso é ainda pior, os métodos e formas com que projetos vindos de cima para baixo serão financiados e administrados. Esse método também faz com que pessoas sem capacidade consigam postos de comando, bem como dinheiro para tocar projetos como o da BRF foods por exemplo. Não faltam exemplos de medalhões nacionais que já ocuparam diversos cargos importantes em diferentes áreas, mestres em apresentar as mais variadas desculpas. Imagino que o objetivo de tais pessoas seja dinheiro e poder a qualquer custo e por isso precisamos trabalhar para remove-los do comando, colocando em seus lugares pessoas que tenham uma visão mais verdadeira da realidade dos produtores e da sociedade brasileira, não dá mais para ficar somente assistindo produtores que entram na politica e que enriquecem rapidamente, enquanto o país se atola em um lamaçal de crimes e corrupção.

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    • Ezequiel Dutra Durandé - MG

      (Me permitam...) Pelo que entendí corremos sempre o risco de acreditar em palavras vazias, ditas por especialistas na arte de enganar, mas o que faz a diferença é nossa disposição ou não em lutar pelo que desejamos - demasiadamente abstrato... Consultando o Aurélio: Dialética: substantivo feminino- "A arte do diálogo ou da discussão"

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Sr. Ezequiel, "fazer a diferença" é que é um chavão demasiadamente abstrato..., assim como o uso de palavras como "fazer acontecer".... O que coloco em palavras é que é preciso compreender a situação na qual estamos metidos. Estou me referindo aqui ao modo como são conduzidas as instituições, compreender o seu funcionamento interno separando as incongruencias com o discurso para uso externo. Não é apenas uma questão de disposição, é preciso entender a situação e o modo como são conduzidas as instituições internamente junto ao poder central. Quanto ao dicionário, se estudarmos a dialética de Platão, de Aristóteles podemos facilmente entender que a dialética é um conceito muito mais abrangente e complexo que essa simples definição Aureliana, mas isso não vem ao caso aqui. Dessa forma e através da simplificação exagerada dos conceitos e definições é que podemos sim ser enganados. Não é fácil entender uma realidade quando sempre fomos bombardeados por um discurso que quer falsificar, distorcer essa mesma realidade. Portanto, antes de tomar qualquer atitude é preciso conscientizar o maior numero possivel de pessoas, fornecendo a elas uma linguagem adequada que descreva a mais verdadeiramente possivel essa mesma realidade, essa sim, camuflada com discursos vazios e sem sentido.

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    • Ezequiel Dutra Durandé - MG

      Rodrigo, quando eu escreví "demasiadamente abstrato" eu estava me referindo a minha "tentativa" de passar a mesma mensagem em poucas e incompreensíveis palavras. Para você saber do que eu estou falando você precisaria observar o uso de "(Me permitam...)", e a explicação para isso você não encontraria nessa seção de comentários. Quanto ao Aurélio, confesso: precisei consultá-lo. Faço isso o tempo todo, embora nem sempre concorde totalmente com ele. Não foi uma crítica ao seu comentário, pelo contrário...

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